ཻུ♡ 𝕰𝖘𝖈𝖔𝖑𝖍𝖆 ཻུ♡

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Após aquela situação, tudo pareceu ficar mais difícil de lidar, como se tivéssemos perdido a parte mais essencial do grupo, apesar de realmente termos perdido. A Emília sempre apoiou cada um de nós e não só eu, por isso que ela era um grande suporte do grupo. Olho o bebê que chorava alto, compreendendo o nosso sofrimento. Eu pouso o corpo de Emília e levanto-me, observando a sua cabeça de onde saía sangue, que confirmava que alguém realmente havia a alvejado. Eu não ia perguntar quem fora, porque eu sabia que a Emília estava em sofrimento naquela hora e que ela mesmo referiu que não queria se tornar um monstro como aqueles, então eu não irei julgar quem acabou com o seu sofrimento, já que apenas atendeu ao seu pedido.

- Vamos fazer-lhe um enterro e amanhã iremos continuar até ao topo, para conseguirmos ver como está a situação - ordeno, de costas para o grupo, pegando o bebê com o maior cuidado do mundo, olhando a Emília uma última vez, antes de me afastar para acalmar o bebê.

E assim fizeram. A Addison terminou de fazer o jantar, eu consegui acalmar o bebê e ele acabou por adormecer, nós comemos e logo após o jantar, o Johnny e a Addison fez questão de ajudar o Eugene e o Thomas a enterrar a Emília. Eu recusei-me a ir, já que sabia que ficaria abalada demais e não conseguiria permanecer lá por muito tempo e ficaria pior ainda do que já estava. Após o curto "funeral" para a Emília, nós fomos dormir e agora era um novo dia, mais um dia em que estaríamos a viver sobre o perigo e corríamos riscos. Acordo com o choro do bebê esfomeado e como não tinha como ninguém ali o amamentar, tivemos de usar leite em pó, mas não pareceu ter havido muita diferença para o Jonathan já que ele bebeu com gosto, enquanto eu permanecia sem fome, mas mesmo assim, eu comi um pouco de um pão que tínhamos mas que estava quase a acabar.

Assim que terminamos de comer, eu sabia que ainda nos esperava 9 quilómetros de subida até ao topo e eu sabia que ao saber o quão larga e alta que era essa montanha, então provavelmente levaria o dia inteiro para subir tudo e ainda proteger-nos de qualquer ataque de algum infectado que quisesse nos atacar, por isso que saímos logo de manhã cedo, pelas 6 da madrugada mais ou menos. O Augustus havia arranjado uma chupeta que neste momento estava na boca de Jonathan, e que por isso não fazia nenhum barulho, e enquanto ele estava ali tranquilo eu carregava-o pela toda a montanha, com os braços e ombros doloridos, cheia de calor e cansada. Lembrar que só tínhamos feito 4 quilómetros fazia todo o meu corpo doer em sofrimento e pior, estávamos no final da manhã e tínhamos de ir almoçar. Como eu mesma sabia disso, paro no caminho e viro-me para o grupo.

- Está na altura de pararmos um pouco para comer e descansar, ainda temos mais 5 quilómetros para percorrer - ouço um grunhido preguiçoso do Eugene. Nós saímos do carreiro feito para as pessoas seguirem a pé e vamos para um canto mais sossegado, sento-me no chão e cruzo as pernas, deitando o Jonathan lá. Retiro sua chupeta e ele olhou para mim uns minutinhos, quieto, e eu olhava para ele também em puro silêncio, confusa por aquele seu olhar inocente mas tão focado em mim, até que o meu coração derreteu-se ao ver o seu sorriso fofo e ouvir uma risadinha. Eu evito dar um grito, tapando a minha boca com a mão esquerda enquanto a direita apertava o meu casaco na zona do coração, para indicar o quanto que aquilo me deu impacto - Minha nossa senhora...eu vou morrer de infarto se vir isto novamente - murmuro para mim mesma.

- Ver o quê? - ouço uma voz do meu lado que me assustou bastante. Olho para o meu lado, arregalando os olhos ao ver apenas o olhar curioso de Johnny.

- Você....assustou-me bastante, sabe disso, certo? - suspiro de alívio e ele sorriu traquina, sentando-se do meu lado e olhando o bebê.

- Posso pegar? - observo-o por um tempo, até que o meu cérebro voltou a funcionar e eu olho para o Jonathan meio distraída.

- Ah...claro - pego o Jonathan com o máximo cuidado e estendo para o Johnny que o recebeu com o carinho e cuidado que eu não imaginava que teria. Esse lado do Johnny surpreendeu-me.