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✰*ૢ✧ ᴺᵒᵗᵃˢ ᵈᵉ ᴬᵘᵗᵒʳ : ✰*ૢ✧

Como havia avisado, aqui novamente o tal aviso de conteúdo sensível, já que isto é apenas a segunda parte do capítulo 45. Bem, boa leitura.

✰*ૢ✧  Capítulo : ✰*ૢ✧

Ignoro a Emília. Ela pode ter-me ajudado bastante estes dias, mas a última coisa que eu quero agora é olhares de pena ou algo do gênero. Aproximo-me da linha da frente, ajudando-os a livrarem-se dos mais insistentes.

- Vamos recuar lá para cima - exclamei numa ordem que fez os infetados vibrarem, mas o grupo obedecer-me imediatamente, juntando-se num só grupo, mais forte e mais rápido, mais próximo às escadas.

- Onde está a Kayla? - perguntei a Sue, ignorando o demónio que possuía o meu melhor amigo, que agora jogava o seu corpo contra as grades da sala de armas, na tentativa de pousar indelicadamente as suas mãos, agora carnívoras, em nós. Olho fixamente o rosto de Sue que por um momento parecia hesitante e os seus olhos desviavam dos meus constantemente com a desculpa de ter de lidar com os infetados, mas para minha surpresa, foi a Hailey quem respondeu no lugar de Sue.

- Enquanto você tratava do Leonardo, ela foi mordida no pescoço e morreu pela hemorragia grave - ela suspirou, olhando o meu rosto e lendo a minha mágoa entre as minhas feições. Mais alguém que eu amo e que eu perdi....tem como ficar pior? - Lamento imenso.

- Não se preocupem, vocês fizeram o máximo para a salvar e-

- Ela falou que lhe amava - calei-me e sentir o meu corpo vibrar. Uma longa despedida feita com palavras tão especiais? Neste momento, eu era capaz de jurar que não tinha como eu sentir-me mais deprimida ainda - As últimas palavras dela foram " Eu amo a S/n com toda a minha vida", por isso que foi tão doloroso deixá-la ir, mas nem imagino o que deve estar a sentir neste momento, então apenas sou capaz de sussurrar um lamento.

Admito que estou muito surpresa, não só pela forma como ela controlou a situação com um tom firme, como a forma que até o seu vocabulário se expandiu, o que deu a entender que ela se tinha tornado uma mulher mais confiante e expressiva. Definitivamente, a Sue é uma boa influência para ela. Forço-me a esquecer o assunto e focar-me apenas na situação ao meu redor e apenas quis gritar o quanto odiava loucamente estes seres teimosos e insistentes.

- Certo, cada um vai entrando a vez para não ficar tudo uma bagunça e nos tornarmos um alvo fácil, os últimos 3 vão juntos e... - dou uma pausa para derrubar um dos infetados, com um chute certeiro na sua barriga, antes de continuar - e puderem fechar a porta enquanto os restantes colocam uma barreira. Agora é escusado eu dizer que já podem começar a ir.

Estávamos próximos da porta que dava ao primeiro andar, então a entrada seria fácil e rápida. Enquanto o grupo da zona de perigo ia diminuindo, eu permanecia ali, disposta a fazer parte dos últimos 3 pertencentes ao grupo de risco. Estava decidida a que, como líder, - por enquanto - iria ficar até ao fim para garantir a segurança de todos os membros do grupo. E entre golpes constantes, chegou a hora.

O meu coração começou a bater mais rápido, ciente dos riscos que correria e de como seria perigoso e mortal se algo não acontecesse no tempo certo. Tinha ficado eu, o Faustine e o Thomas, que continuavamos em batalha com os restantes infetado, apesar de serem muitos menos em comparação a 15 minutos atrás e pensando bem, nem me dei ao trabalho de saber quanto tempo estávamos em batalha e muito menos, foquei a minha atenção nas dores musculares que já preenchiam o meu corpo por estar a segurar armas super pesadas e logo depois colocar-me em batalha. Eu às vezes perguntava-me se eu era maluca da cabeça, muito provavelmente sim, mas não tinha tempo para pensar nisso neste momento.

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