Após horas e horas com meus olhos correndo por aquelas letras daquele certo livro incrível, poderia ficar por horas e horas assim e jamais me cansaria ou enjoaria, os livros são meu refúgio e minha forma de sair um pouco da realidade.
Tenho o dom me de sentir extremante melancólica após terminar minha leitura, é difícil voltar para a realidade e aceitar que não vivo naquele livro que me prende tanto em sua escrita perfeita.
Fecho o livro que havia acabado de ler e passo minha mão sobre a capa que era feita de um couro falso e com relevo em certos pontos da capa. Sou apaixonada por livros de mistério e suspense, esses tem meu coração.
— Devia parar de ler um pouco!— diz minha mãe adentrando meu quarto.
— Os livros não me decepcionam como as pessoas, mãe!— digo e ela sorri e se senta ao meu lado.
— Tenho que concordar querida, qual é o livro da vez?
— Entrevista com o Vampiro— digo entregando o livro para a mesma que o analisa.
— Parece ser muito bom— ela diz após olhar bem a capa.
— Ele é, precisa de algo?— pergunto.
— Só vim avisar que a janta está pronta, desça antes que esfrie— ela diz se levantando e indo em direção a porta e logo sumindo de minha vista.
A algum tempo tenho dedicado minha leitura sobre os vampiros ou qualquer coisa que seja relacionada a eles. Por algum motivo pelo qual não sei tenho me interessado grandemente a esse gênero de livro.
Sempre fui fã de vampiros mas nunca busquei tanto como estou no momento, acredito que esteja fascinada por eles.
Coloco o tal livro na estante que havia em meu quarto o colocando em um certo lugar onde haviam livros do gênero, desço para a cozinha.
Assim que chego no cômodo avisto meus pais, e antes que pensem, não eu não sou filha única mas no momento meu irmão está na casa de um amigo.
— Sente-se querida— diz meu pai puxando a cadeira ao seu lado e me sento.
— Tenho uma coisa para te dar— ele continua e puxa uma caixa de tamanho mediano que era envolvido em um grande laço de cor vermelha.
Coloco um sorriso automático e pego a tal caixa e abro e eram dez livros de capas pretas, puxo um deles e vejo seu título " O Convidado de Drácula" assim que pego os outros livros eram do mesmo gênero, sobre vampiros.
Meus olhos brilham após ver tamanha perfeição em várias folhas e capas feitas com maestria e com detalhes.
— Percebi que esses últimos dias tem se interessado pelo assunto, e pode ter certeza querida esses livros são os melhores— diz meu pai e eu corro para abraçá-lo.
— Obrigada pai, te amo— vejo minha mãe olhar e eu a puxo para o abraço— Eu também te amo, mãe!
— Também te amamos, querida— os dois dizem.
Conversamos enquanto jantávamos, ajudo meus pais arrumando a cozinha e subo para meu quarto com a caixa com os livros em minhas mãos.
Me pergunto mentalmente sobre meu irmão que está dormindo na casa de seu amigo, eu e minha mania de me preocupar por coisas banais.
Coloco a tal caixa em cisma de minha cama e tiro os livros que ali haviam e os coloco na minha mesa de leitura e estudos.
Olho atentamente cada detalhe de cada livro, sentia minha boca salivar somente lendo a contra capa ou correndo as páginas que imploravam para serem lidas e exploradas por mim.
Sem querer acabo deixando um dos livros caírem e me agacho para pega-ló e vejo que havia uma folha caída em baixo de minha cama, pego o livro e em seguida estendo um pouco mais minha mão para pegar o tal pedaço de papel.
Os pego e volto a colocar o livro em minha mesa e foco meus olhos para o pedaço de folha desenhado, assim que bato meus olhos lembro do que se tratava aquele desenho.
Havia desenhado em uma folha extremamente branca um jovem de aproximadamente vinte anos, seus cabelos eram pretos e um pouco grande, ele vestia uma roupa extremamente formal mas não dos tempos de hoje, aquilo me lembrava a era vitoriana.
O papel que antes era branco agora estava amarelo e aparentemente bem envelhecido, mas se não me falha a memória havia o desenhado fazia menos de um ano.
Me recordo que o havia quase todas as vezes que sonhava, não acontecia com certa frequência ou eu não lembrava se havia sonhado ou não, mas é de lei eu sonhar com o tal jovem a aproximadamente dois anos para cá.
Lembro que nas primeiras vezes que sonhava com o mesmo não conseguia ver sua face, pois a mesma sempre por algum motivo era tampada por uma névoa escura, aos poucos a névoa foi desaparecendo e pude enxergar seus traços nitidamente, ele era extremamente lindo.
No sonhos o mesmo sempre me entregava algo, uma rosa vermelha, um pingente com uma pedra vermelha ou até anéis que pareciam ser extremamente antigos com pedras vermelhas, sempre seus presentes envolviam algo vermelho ou preto.
Ele sempre depositava um beijo no peito de minhas mãos e logo desaparecia sob a névoa preta que cercava o local que era repleto de árvores mortas e barulhos estranhos. Assim que o mesmo desaparecia logo acordava.
Me desligo de meus pensamentos e deixo o tal desenho em cisma da mesa e volto minha atenção para os livros, os colocando em minha estante com muito cuidado.
Assim que termino de guardar todos me afasto e admiro a estante que haviam diversos livros de todos os gêneros possíveis.
Me sento na cadeira que havia de frente a minha mesa e pego uma folha branca e começo a fazer desenhos aleatórios com o lápis, me lembro de um certo sonho que tinha tido com o jovem de cabelos negros e olhos claros.
O mesmo havia me dado um colar extremamente lindo com uma pedra redonda que era da cor vermelho sangue, após me entregar o objeto ele abre um grande sorriso e faz o processo novamente, beija o peito de minha mão e logo desaparece assim como apareceu.
O desenho na folha conforme minha memória me autorizava lembrar das características do tal objeto.
Me assusto com a porta sendo aberta e olho com os olhos arregalados para a porta, era minha mãe.
— Desculpe, querida— ela diz— Vim entregar isso- ela diz me entregando um colar- Eu o vi quando estava indo trabalhar em uma loja e achei sua cara— ela me entrega o objeto.
Arregalo meus olhos quando vejo que era o mesmo que havia acabado de desenhar, ele era idêntico ao do meus sonhos.
— Obrigada, mãe! Eu amei— ela deposita um beijo em minha testa.
— Que bom que gostou, boa noite!
— Boa noite!— a respondo e ela sai do quarto.
Encaro o pingente que era feito de uma prata envelhecida em detalhes perfeitamente feitos e com um pingente de pedra vermelha, extremamente igual ao dos meus sonhos.
Coincidência? Com certeza, prefiro acreditar que eu havia visto aquele colar em algum lugar pela cidade e só não me lembro.
Coloco o colar em meu pescoço e o admiro olhando meu reflexo sob o espelho, havia ficado perfeito.
Decido que não iria o tirar no momento e volto a desenhar coisas aleatórias que vinham de repente.
Olho para meu celular que estava em meu lado e vejo que eram meia noite e meia, decido que iria dormir.
Coloco uma roupa confortável que normalmente a uso para dormir e me deito e minha cama, me ajeito e apago a luz do abajur que havia em um móvel em meu lado.
Me cubro com os grande cobertores que haviam em minha cama e me ajeito em uma posição confortável.
Chegou o momento em que finalmente iremos nos encontrar, meu amor!
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espero que tenham gostado do primeiro capítulo dessa história cheia de surpresas, te vejo no próximo cap!<3
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𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻
FanfictionUm dia misteriosamente, Maggie acorda em um ano desconhecido, em uma realidade desconhecida, 1725. O homem cujo vê em seus sonhos está bem ali. Seria realmente difícil acreditar que vampiros existem, sendo um deles o que diz ser o amor de sua vida.