Cap 40- 𝐎 𝐌𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐂𝐡𝐚𝐬𝐞

860 84 26
                                    

Chase Hudson

Dois dias atrás...

Estava desnorteado, coloco o corpo do homem em volta do meu pescoço e o arrasto até meu carro. Com minha força além do normal o corpo do homem não pesava em nada para mim.

— Está tudo bem aí?— o segurança da boate pergunta assim que me vê passando carregando o homem.

— Sim, ele só bebeu muito, tenha uma ótima noite!— respondo rapidamente e em poucos metros já estava em meu carro.

Para disfarçar coloco o homem no banco de trás, só espero que não caia um pingo de sangue em meu banco ou a coisa ficará feia... mas pensando bem não há nada a ser feito em um cadáver sem vida.

Fecho a porta do carro, dou a volta e entro no banco do motorista, saio na arrancada com o carro. Após um tempo dirigindo chego em minha casa, eu morava longe da cidade e de quaisquer vizinhança.

Subo a colina e observo os corvos que insistiam em cercar minha casa, não me incomodo com isso. Passo em frente da minha casa e pego uma pequena estrada que eu não usava fazia um bom tempo.

Paro o carro e abro meu porta malas, tiro uma pá, nunca se sabe quando irei precisar de uma, por isso deixo sempre no carro. Abro a porta do carro onde estava o corpo do homem, sua pele estava meio roxa e seu pescoço ensanguentado pelo líquido que suguei até sua morte.

Não me arrependo nem por um segundo sobre o que eu fiz, eu faria de tudo para minha garota, inclusive matar alguém por ela!

Encaro a grama seca no chão, fazia tempo mesmo que não bebia sangue humano e enterrada os corpos em meu pequeno cemitério particular. Começo a cavar um buraco fundo o suficiente para caber o corpo daquele estorvo.

Vejo o céu negro ser clareado por um raio que rasga o céu, as estrelas não se mostravam presentes e o vento soprava friamente, jogo o corpo do homem no buraco e o encaro por alguns segundos.

— Te encontro no inferno, estuprador!— digo firme e começo a jogar a terra por cima de seu corpo.

Acendo um cigarro enquanto fazia o processo, após alguns minutos tampando sua cova sinto gotas geladas baterem contra minha pele, olho para o céu e vejo a imensidão negra, dou um trago no cigarro e passo a mão sob meus cabelos.

Bato minhas mãos uma na outra para tirar um pouco da terra, pego a pá e guardo em meu carro, logo em seguida já estava dirigindo para casa. Após pegar a pequena estrada de volta a minha casa guardo meu carro na garagem e vou direto tomar um banho para tirar o cheiro de sangue e morte do meu corpo.

Após um banho e uma roupa confortável me sento em uma poltrona na sala, enquanto um filme de terror qualquer passava na TV e a chuva caia sem parar, observava o anel que Maggie havia me dado.

Mesmo que não aparenta estou verdadeiramente preocupado com ela, depois daquela cena horrenda para um humano sei o que isso causou nela, me desesperei quando vi que ela havia ido embora, mas não posso culpá-la por isso.

Fecho meus olhos e me concentro, sentir os sentimentos era como um cachorro sentindo o cheiro de comida de um restaurante próximo. Eu sentia seus sentimentos, era um misto e deixava tudo mais confuso para mim.

Medo, ansiedade e muita confusão, eu sentia sua cabeça repleta de perguntas, mas sem nenhuma resposta, eu conseguia sentir seu corpo inquieto por conta da ansiedade e sua desconfiança pelo seu medo, me sinto levemente culpado por isso.

Não fui atrás dela porque sei que ela precisaria de um tempo para pensar sobre o que aconteceu, é muita coisa para processar e a cena foi bem forte para Maggie, uma jovem adulta que passou por muita coisa mas não deixa de ser carinhosa e atenciosa.

Sinto os pelos do meu corpo se arrepiarem juntamente com minha pele, sinto uma sensação ruim que me deixa em alerta. Algo em mim grita internamente que era para mim me esconder.

Me deixar não rastreável para vampiros que tinham o dom para isso, sei que essa sensação não era nada boa e a partir do momento que eu tomasse a decisão de me esconder isso Valéria um preço alto.

Isso demanda energia e consequentemente me desgastaria e me deixaria com fome, a última vez que fiz isso acabei matando três pessoas. Nesse caso é diferente, a sensação era como se eu não tivesse escolha e tivesse que fazer isso de qualquer jeito, era como se minha opinião não contasse.

Não poderia fazer nada de tamanha importância sem consultar alguém mais sábio que eu, talvez mais de 300 anos de vida ainda não seja o bastante para mim ter o conhecimento absoluto.

[...]

— Um grande conflito será formado, Hudson! Você desafiou Lúcifer e ele fará você pagar as consequências!

Bufo como se aquilo não fosse nada demais, me ajeito na poltrona confortável enquanto Diana fazia um pequeno ritual em cima da pequena mesa redonda cheia de velas de diversas cores, cartas, imagens de deuses e outras coisas.

— Eu consigo enxergar algo— ela diz enquanto estava de olhos fechados, concentrada.

— O que você vê?— pergunto um pouco curioso.

— Uma mulher de cabelos negros e encaracolados abraçando uma criança que acabou de falecer.

Aquilo não fazia nenhum sentido para mim, não sei o que me ligava a essa tal visão, como de Diana lesse meus pensamentos diz.

— Você correu até ela e chora junto enquanto acaricia o corpo da pequena criança... Se esconda!— ela diz rapidamente— Mesmo que isso te de uma sede terrível, se esconda, Chase!

— Como assim, Diana?— pergunto confuso.

— Eu te darei algumas bolsas de sangue, não entre em contato com ninguém, bloqueie todos de te acharem!

—  Mas por quê?

— Porque ele está com ela!— já hora que escuto essas palavras vem Maggie em minha mente e me aflito.

— Como assim?

— Maggie estava sofrendo de dores no peito há algum tempo, ela pensava que era algum problema de saúde mas era ele se nutrindo de sua energia para deixá-la mais fraca e matá-la de vez!

Quando escuto suas palavras sinto a raiva tomar conta de mim, não da Maggie, mas sim de mim, pois mesmo sabendo que poderia acontecer diversas coisas ruins com minha garota eu continuei, fiquei inseguro em relação a isso mas mesmo assim continuei por puro cáprico.

— Eu vou ir até a casa dela!— digo me levantando.

— Não!— Diana diz segurando minha mão— Você vai ficar e vai bloquear todos de te acharem, eu te darei uma bolsa de sangue da minha geladeira e você irá ficar quieto! Eu vou te explicar tudo!

Me sento novamente e encaro o seu rosto meio assustado.

pessoal, semana que vem será minha última semana de aula e logo após ficarei de férias, terei mais tempo para escrever e postar e teremos capítulos com mais frequência!<3

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora