Cap 8- 𝐈𝐧𝐭𝐮𝐢𝐜̧𝐚̃𝐨

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— Creio que também não seja seguro eu andar com um homem que não conheço!— digo.

Eu estava sentada em seu cavalo enquanto Timothée o guiava em direção a pequena cidade que há algumas horas havia saído a força.

— Te entendo completamente, por isso irei te deixar na Morgana!— ele diz e eu sorrio.

— Obrigada, não sei o porque está fazendo tudo isso por mim mas obrigada!— ele dá um lindo sorriso.

— Não poderia deixar Chase te levar e fazer o que a família dele faz de melhor, matar!

Ele iria me matar? Será que eu fazia parte de uma seita onde estaria incluso minha alma?

— Está entregue.

Observo e vejo a casa de Morgana, o mesmo pega em minha cintura e me coloca no chão, por mim minuto nossos rostos estavam tão próximos um do outro que poderia sentir sua respiração bater em minha pele e seus olhos encararem a minha alma.

O mesmo desvia o olhar tímido após alguns segundos e tira suas mãos de minha cintura e pega em minhas mãos suavemente e me leva até a porta da casa.

O mesmo bate e logo é aberta por Morgana, noto que sua face estava um sorriso estranho e meio assustado, assim que ela me vê abre um sorriso forçado mas tenta ser o máximo possível convincente.

Sua tentativa falha pelo menos comigo, sou uma pessoa extremamente observadora.

— Que bom que voltou!— ela me abraça e logo me solta.

Ela olha para Timothée como se quisesse dizer algo mas o mesmo estava distraído olhando para mim.

— Precisa entrar!— ela diz para mim— Está ficando muito tarde! Obrigada querido por trazer ela de volta!

O mesmo sorri largo e pega em minhas mãos, as tiro de suas mãos e o mesmo me olha confuso, o abraço forte e ele corresponde. Podia sentir seu perfume refrescante.

— Obrigada!— cochicho em seu ouvido e me afasto, ele sorri como resposta e Morgana fecha a porta.

A olho intrigada pelo jeito que ela estava agindo, tudo isso está muito estranho.

— Timothée e sua mania de sempre querer ser o herói!— uma voz masculina diz, merda!

Olho para trás e lá estava ele sentado no sofá brincando com o fogo de uma vela enquanto me observava.

Logo a mulher que havia me visitado há umas noites anteriores aparece do nada ao meu lado, a mesma empurra Morgana que caí em um canto com os olhos arregalados.

— Eu não tive escolha!— Morgana sussurra com seus olhos marejados.

A mulher pega meu braço com força.

— Admito que você é bem esperta pra alguém tão comum!— ela diz.

Chase revira os olhos e caminha até nós.

— Não temos mais tempo, precisamos fazer isso logo!— ele diz.

[...]

Cá estava eu novamente, no mesmo quarto de onde lutei pra fugir.

Chase estava no quarto sentado em uma cadeira que havia em frente a uma penteadeira, o mesmo estava de cabeça baixa, parecia cabisbaixo e quieto.

— Se você soubesse o mal que você me fez e faz!— digo quebrando o silêncio.

Ele me olha com seus olhos azuis claros.

— Você é um monstro!

Por incrível que pareça o mesmo não diz nada, nem se quer uma palavra. O silêncio estava no ar e permaneceu por longos minutos.

— Escuta!— finalmente ele quebra o silêncio— Eu não queria fazer isso, você estava feliz no seu tempo e eu tranquilo aqui no meu, já havia me contentado com a ideia que não iria te ver tão já.

— Os anos costumam passar muito devagar!— ele continua— Quando soube que podia te trazer pra cá não pensei duas vezes, sei que você nunca irá me ver como eu te vejo mas peço que pelo menos me ajude, prometo te levar de volta e jamais irei de incomodar novamente.

— Foi um erro te trazer para cá!— ele diz firme.

Me levanto da cama e caminho até o mesmo que permanece de cabeça baixa, algo em mim era interligado a ele, infelizmente sentia algo que não consigo explicar.

— Eu te ajudo, mas me promete que irá me levar de volta!— digo e ele me olha.

— Na próxima lua cheia, que por um acaso já é amanhã, logo já estará com sua família.

Suas palavras me causaram um alívio gigantesco mas não posso confiar no que ele diz, bom é isso que as pessoas dizem sobre ele.

Me sento ao seu lado, o mesmo permanece quieto e pensativo, já estava começando a ficar sem graça com o clima que estava ficando.

— Por que quer tanto minha ajuda?— pergunto.

— Porque você é a única que realmente pode me ajudar!

— Por que sinto algo estranho por você!— digo.

— Porque eu sou sua alma gêmea, você merece alguém melhor!

— Você acredita nisso?

— Normalmente acreditava quando meu coração ainda batia. Mesmo sem quase nenhuma coragem para amar de novo, eu vejo em você um último fôlego, mesmo que eu não respire mais.

Antes que pudesse responder algo escuto gritos pela casa, gritos amedrontadores, Chase se levanta em uma rapidez extrema e me olha.

— Lilith irá te encontrar no meio do caminho, preciso que fuja o mais rápido possível e tente não morrer!— ele diz.

— O que tá acontecendo?— pergunto intrigada e caminho até a porta, assim que a abro Chase a fecha.

Olho para trás e estávamos em uma distância mínima, seus olhos encaravam o fundo de minha alma, diferente de todos sua respiração não batia em minha pele e seu peito não descia e subia com sua respiração.

Seus olhos eram diferentes de tudo que já vi, emanava algo que não consigo explicar pois não há palavras que posso usar para o descrever.

— Tenta não morrer!— ele diz e logo em seguida gruda nosso lábios em um selinho demorado.

Fico sem reação, meus músculos não ousavam sequer a fazer ou breve e pequeno movimento.

O mesmo desgruda nossos lábios e me olha com um olhar triste e vazio, gruda uma de minhas mãos nas suas e abre a porta do quarto, ele corre em direção as escadas e eu tento acompanhar seus passos apresados e ansiosos.

Móveis eram arremessados com força pela casa juntamente com gritos e grunhidos que ecoavam pelo ambiente causando eco pelo tamanho da casa.

Uma cadeira é arremessada em minha direção e Hudson entra em minha frente me impedindo de ser atingida pelo tal objeto.

Ele abre a porta grande e pesada com facilidade, ele me puxa para fora do local.

– Vem comigo!— peço pegando em suas mãos.

— Eu não posso, me desculpa!— ele diz cabisbaixo, que vampiro diferente dos meus livros— Eu juro que te encontro!

— Mas...— sou interrompida.

— Lilith está te esperando, siga a trilha e cuidado!— é a única coisa que ele diz antes de tirar minhas mãos das suas e fechar a porta sem ao menos esperar alguma resposta minha.

Começo a ouvir vozes extremamente grossas gritando dentro do local, me afasto da porta e passo a mão sob meus cabelos tentando decidir qual rumo levaria.

E se eu não seguisse o que Chase falou e voltasse pra vila? Mas e se algo viesse atrás de mim?

Decido fazer o que ele falou, não porque foi ele que "ordenou" mas sim porque minha intuição estava gritando para mim tomar essa decisão.

ainda não consigo acreditar que aparentemente a Nessa e o Jaden terminaram:/

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora