Cap 26- 𝐅𝐚𝐦𝐢́𝐥𝐢𝐚 𝐅𝐞𝐥𝐢𝐳

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Beber, fumar e amar são as melhores maneiras de se matar sem ser considerado um suicida.

Estava na frente da porta do quarto de Vinnie, assim que vi que ele estava escutando a conversa desliguei o computador e vim pra cá, sinto medo de bater na porta.

Encho meu pulmão de ar e crio coragem de bater na porta, ninguém responde então abro uma pequena fresta da porta.

— Sou eu— digo e término de abri-la.

Vinnie estava pensativo sentado na sua cadeira em frente ao computador, ele se vira e me olha, forço um sorriso e me sento na sua cama.

— Notei que estava estranha, não pensei que fosse por ele— ele diz e volta a olhar para a grande tela em sua frente.

— Devia ter te contado, me desculpa.

— Eu como seu amigo tenho que te dizer que não temos culpa das coisas que andam acontecendo, não fira aqueles que não te feriram, Maggie!

Meu coração se parte em mil pedacinhos quando escuto essas palavras, por que eu faço tudo virar sobre mim? Por que eu sou assim?

Abaixo a cabeça e giro o anel do meu dedo, o que Chase me deu.

— Ele exagerou quando disse aquelas coisas mas você sabe que ele tem razão, você tem problemas e precisa de ajuda para resolvê-los, você tem a mim, o pessoal e sua família, pra que fazer isso?

— Parece que meu jeito de não preocuparem vocês não deu certo— rio fraco— Não era minha intenção fazer todos esse alvoroço.

— Promete pra mim que vai melhorar e se caso precisar irá buscar ajuda?— ele se levanta e caminha até mim.

— Prometo!— me levanto da cama e o abraço.

Ele me abraça forte e consigo ver o quão preocupado ele e meus amigos e família estavam, acha que estava ocupada demais tentando acabar com a minha saudade de algo que nunca tive.

— Precisa resolver as coisas na sua casa.

— Eu sei— eu não quero voltar pra casa, não agora.

— Sei que Jacob exagerou mas vocês precisam se resolver.

— Eu sei, vou fazer isso!

Depois de vários conselhos e lágrimas derramadas me sinto um pouco melhor.

— Tenho que te contar algo—digo.

— O que?— ele pergunta curioso.

— Fiquei com um casal— falo eufórica, era um dos meus sonhos como uma bissexual com fogo.

— Ficou, ficou ou ficou de ficar?— ele diz confuso e eu rio.

Encaro o mesmo com um pequeno sorriso no rosto por alguns segundos e ele me encara como se fosse louca.

— Ah!— ele diz depois de longos segundos tentando desvendar o que disse— Não acredito, Maggie— rimos.

— Acredite, gostei, vou fazer isso mais vezes.

— Safada— ele me cutuca e rimos.

[...]

Balançava meu pé freneticamente esperando meus pais e meu irmão chegarem em casa, assim que discuti com Jacob logo em seguida ele saiu e não voltou até agora, meus pais no horário já estavam trabalhando, então só aguardar a chegada deles.

Me sinto nervosa, estou com raiva de mim mesma, eu só sei que tudo é muito complicado e não consigo lidar com isso.

Depois daquela carta me senti mais confusa como nunca, fico em dúvida se tudo foi um sonho ou foi verdade em algum momento, só sei que nunca mais tirei o anel que Chase me deu do meu dedo.

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora