Cap 2- 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓

2.4K 208 162
                                    

Acordo com barulhos estranhos em minha volta, barulhos de cavalos caminhando. Cavalos?

Abro meus olhos assustadas e olho em minha volta, estava em um local totalmente diferente onde havia adormecido na noite passada.

Era uma rua com algumas casas feitas de tijolos escuros e rua de tijolos também, uma carruagem passava em meu lado com seis cavalos a carregando.

Levanto do chão com certa rapidez e olho confusa em minha volta, havia algumas mesas com maçãs extremamente vermelhas e outras diversas frutas e comidas. Haviam comerciantes vendendo seus produtos e crianças passando com brinquedos de madeira em suas mãos.

Todos se vestiam com vestes simples em suas faces haviam um olhar confuso sob minha pessoa, olho para o céu que estava nublado e apresentando possíveis chuvas.

Ando analisando cada detalhe a minha volta, haviam mulheres fazendo cestos artesanais a mão enquanto algumas crianças a observavam atentamente.

Sigo sentindo em uma rua vazia, só haviam casas e sem uma alma vida, coloco minhas costas em uma das paredes de uma casa qualquer enquanto tentava fazer meus batimentos voltarem ao normal.

Estava tensa e minhas mãos suavam e estavam gélidas, nem parecia que estava viva.

Escuto barulho de passos e vejo cinco homens bem altos e fortes, eles me encaram por alguns segundos e se olham entre si e sorriem, os mesmos vem em minha direção e eu começo a andar rápido.

Viro em uma rua e corro o máximo que consigo, não escuto mais passos atrás de mim, paro de correr e tento recuperar meu fôlego enquanto me abanava com minhas próprias mãos.

Sinto mãos sob meu braço e olho para trás assustava.

-Estás tudo bem, senhorita?- uma mulher de meia idade me pergunta- Desculpe-me, não foi minha intenção assustar.

A mulher tinha cabelos negros e lisos e olhos castanhos  claros e era muito bonita.

— Sabe que ano estamos? Ou onde estamos?— pergunto meio eufórica ainda.

— Estamos em 1725, outubro de 1725 em Buscarestes na Transilvânia- ela responde.

Assim que ela diz essas palavras entro em choque, a única coisa que consigo fazer é ficar parada igual uma estátua olhando para a mulher.

— Venha comigo, precisa de vestimentas novas— ela diz gentilmente e eu olho automaticamente para meu corpo, analisando a roupa que estava.

Estava com um vestido branco velho e com algumas manchas escuras, sujeira? Sangue? Eu não sei. Ela pega gentilmente em minhas mãos e me guia para uma das casas que haviam ali.

Era uma casa bem humilde mas bem arrumada, assim que entro no local vejo um crucifixo grande pendurado em uma das paredes do ambiente.

A mulher pega um copo d'água e me entrega e eu bebo todo o líquido em segundos, logo me sentindo um pouco melhor.

— Se sente um pouco melhor?— ela pergunta eu aceno positivamente com a cabeça e encaro o chão- De onde veio?

— Ah eu não me lembro— minto.

Eu sabia de onde tinha vindo, mas se falasse que sou dos Estados Unidos e que estava em 2022 oque ela irá pensar de mim? Ou pior o que ela poderia fazer comigo?

— Acho que você sofreu alguma batida em sua cabeça ou algo do tipo— ela chega perto de mim e me faz recuar— Se acalme, não irei fazer nenhum mal a vossa senhoria.

Ela chega perto de mim e eu permito, a mesma pega em meu braço e analisa o ferimento que tinha ali, talvez eu estivesse assustada demais para sentir a dor ou até mesmo olhar para meu braço.

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora