— Soubeste tão pouco deles, menina— ela diz surpresa- Esse assunto é algo que temos domínio por aqui. Irei te contar mais sobre eles.
Escuto atentamente cada palavra que saia da boca da mulher que se pronunciava concentrada sob o assunto.
— Conde Drácula, o principal e o criador dessa linhagem maligna— ela continua— Com sua ambição de sempre querer mais, vendeu sua alma ao próprio Satanás em troca de vida eterna! Após isso ele vive sugando o sangue até suas vítimas caírem mortas!
— Suas noivas, mulheres donas de uma beleza impecável e perfeita mas podres por dentro, caíram no encanto de Drácula e se tornaram iguais a ele, sedentas por sangue! Elas são usadas para tentar procriar e gerar mais seres horripilantes como Drácula mas não há sucesso e nunca ouve graças ao meu bom Deus— ela faz o sinal da cruz.
— E por último e por isso nem menos importante, pelo contrário! Cole Chase Hudson! Dono de tal beleza que seria capaz de cegar os olhos das belas moças solteiras, sobrinho de Drácula que também se sujeitou a mesma seita em troca de vida eterna. Todos da família são belos como rosas vermelhas mas podres como uma carne apodrecida.
Sinto um arrepio quando ela fala do tal jovem, por algum motivo que não sei eu tinha certeza que o homem de meus sonhos era ele, então ele se chamava Chase.
— Chase por ter morrido cedo e ter assumido a vida eterna tão novo é o mais rebelde e o mais imprevisível, cheio de truques misteriosos e sombrios, seus olhos te hipnotizam ao ponto de não enxergar mas nada em sua volta.
— E claro, existem outros de sua espécie mas os preferidos das sombras são eles, a Família Drácula!
— Corremos muito perigo?— pergunto preocupada— Estamos tão vulneráveis assim?
— Infelizmente sim!— ela afirma— Nós fazemos de tudo para manter os sedentos por sangue longe mas parece que estamos sujeitos a isso, houve uma época que era mortes e mais mortes todas as noites, graças a Deus essas noites sombrias foram deixadas para trás e hoje podemos viver com um pouco mais de alívio.
Olho para a janela do ambiente e vejo que já havia anoitecido, sinto meu coração apertar e eu ficar com medo. As noites aqui parecem ser imprevisíveis!
— Creio que um dia tudo isso irá acabar!- a conforto— Quer ajuda para preparar o jantar?— ela sorri fraco e acena positivamente com a cabeça.
[...]
Havíamos jantado, ajudei Morgana a organizar a cozinha e limpar, agora estava em meu quarto que havia sido reservado pela mesma.
Era um quarto de tamanho excelente e com móveis de madeira escura, encarava meu reflexo no grande espelho que havia no cômodo.
— Queria que pudesse ver como eu te vejo—escuto aquela voz novamente, a voz dele.
Coloco minhas mãos sob meus ouvidos em uma tentativa falha de não o escutar.
— Isso não é real, isso não é natural!— afirmo.
— Eu sou imortal, meu coração não bate! Acha mesmo que eu sou algo natural?— aquela voz se pronuncia novamente.
Sinto um vento forte e extremamente gélido entrar pelas grandes janelas do quarto, olho em direção e lá estava ele sentado em cisma de janela girando uma mini faca afiada, passando pelos seus dedos.
— Acho que não consegui entender que fui eu que te trouxe aqui, e eu que irei decidir quando irá partir!— ele diz.
— Prove!— falo firme.
Ele sorri para mim e logo desaparece, sinto algo atrás de mim e me viro e bato contra seu peito, o mesmo segura meus rosto com suas mãos e me faz olhar para cisma, em seus olhos.
Aquela imensidão azul me faz me desligar totalmente do mundo, me sinto sendo puxada por aquele olhar e quando menos espero estou dentro de meu quarto.
Me vi deitada em minha cama em um sono profundo, eu estava me vendo fora de meu corpo? Hudson aparece do nada no ambiente e encara meu corpo que estava deitado na cama.
O mesmo caminha até perto de mim e se deita ao meu lado, ele passa as pontas de seus dedos delicadamente sob minhas bochechas e pega em minha mão e a beija, ele fica alguns minutos ali deitado ao meu lado.
Mas ele se levanta e logo some, segundos depois eu acordo e me sento na cama, me recordo desse dia em específico, me lembro de ter sentido alguém me observando e um frio anormal em minhas mãos e bochechas.
Sou tirada da visão e volto a minha visão anterior onde encarava os olhos dele, tiro suas mãos que ainda estavam e minha bochecha e me afasto.
— Você pode até não entender agora mas logo irá!— ele afirma.
— Por que eu?— pergunto- Você nem me conhece!
— Aí é onde você se engana, eu a conheço muito bem, querida! Sei de todos seus sonhos, objetivos, vontades, emoções e sua luxúria! Seus desejos após me ver em seus sonhos, você é bem calorosa!— ele ri de uma forma diferente, malícia ou deboche?
— Não entendo o porque Deus deixou uma criatura tão pura como você entrar em meu caminho e ainda ser o meu amor!
— Se.. seu amor?— pergunto confusa.
— Fomos feitos um para o outro, você é minha e eu sou seu, assim que as linhas do destino foram traçadas para ser!
Me sento na ponta da cama, meus pensamentos pareciam que iriam comer meu cérebro, tantas perguntas sem respostas.
Inquieta me levanto novamente e fico em frente ao espelho olhando meu reflexo, sinto Hudson se aproximar e coloca uma de suas mãos gélidas em meu ombro.
Me assusto pois não o vejo no espelho, eu sentia suas mãos em meu ombro, eu sabia que ele estava ali mas o espelho não correspondia a realidade do momento.
— Sei que é muito para digerir!— ele diz.
— Você me arrastou pra cá e não posso mais voltar!— tiro suas mãos de meus ombros— Você é um monstro que mata pessoas, você é um demônio!— o olho.
Sua expressão muda, oque antes era um sorriso largo se torna em uma feição seria e com sua clavícula travada.
— Bingo! É isso que sou, por sorte você está ciente disso!
— Me leva de volta!— ordeno e o mesmo ri.
— Mesmo que eu quere-se não posso, você não tem energia o suficiente para voltar e você tem uma missão para ser feita aqui!
— De amor passou para missão? Seus argumentos são patéticos!— reviro os olhos e me afasto.
— Somente você pode me salvar, querida!— ele fala e se aproxima.
— Nem Deus pode te salvar, imagine eu— ele se aproxima mais e olha no fundo de meus olhos.
— Acredite, você pode! Posso te considerar uma deusa, amor?— ele pega em minhas mãos e as alisa.
— Eu preciso voltar!— ordeno e ele sorri.
— Já te disse que não pode, você tem assuntos pendentes aqui!— ele diz firme.
— Não intere...— sou interrompida.
— Querida com quem está conversando?— Morgana diz enquanto bate na porta, eu olho para o pedaço de madeira que dividia os cômodos mas volto meu olhar para Chase.
O mesmo sorri e se aproxima rapidamente de mim me deixando um selinho rápido em meus lábios e some num passe de mágicas.
Sinto meu coração acelerar ao ponto de escutar meus próprios batimentos cardíacos, passo a mão sob meus lábios.
— Querida?— Morgana pergunta novamente e eu saio do meu transe e me dirijo até a porta e a abro.
— Mil desculpas— digo abrindo a porta— Estava conversando comigo mesma!— rio fraco.
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espero que tenham gostado<33
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𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻
FanfictionUm dia misteriosamente, Maggie acorda em um ano desconhecido, em uma realidade desconhecida, 1725. O homem cujo vê em seus sonhos está bem ali. Seria realmente difícil acreditar que vampiros existem, sendo um deles o que diz ser o amor de sua vida.