Cap 44- 𝐃𝐮𝐫𝐦𝐚𝐦!

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O silêncio pairava o ambiente, eu revirava a comida com o garfo e a ingeria, todos ali me observavam enquanto eu comia, não vou negar eu estava morrendo de fome e sede.

— Estão me achando bonita?— digo e fazendo todos sairem naquele transe que estavam enquanto olhavam para mim.

— Quer mais?— Jacob pergunta atencioso, se referindo ao meu prato vazio.

— Eu já comi dois pratos desse, acho que agora chega!— afirmo rindo, todos ali concordam e Addison se pronuncia.

— Prontos?— ela pergunta e vejo todos ali ficarem pensativos com a resposta de dariam, sendo sincera até eu estava do mesmo jeito.

— Acho que não temos opção— Jacob diz em um tom de sussurro enquanto girava os anéis de sua mão.

Todos ali não dizem nada, só se levantam e encaram Addison, esperando a mesma se pronunciar.

— Ok, eu quero que vocês bebam isso!— ela diz e tira um recipiente de vidro, líquido que estava dentro era de cor estranha, meio esverdeada— Jacob?— ela chama sua atenção— Tem tem alguma calda doce que eu possa colocar aqui no meio?

— Tenho sim, por que?

— Vocês não vão conseguir tomar isso sem vomitar todos seus órgãos, com alguma coisa doce o ácido vai amenizar e beberam mais facilmente.

Meu irmão concorda e se levanta da mesa, caminha até um dos armários e tira uma calda de morango concentrada, bem doce por sinal. Noto que Chase olhava de longe de nós, fitando tudo aos mínimos detalhes, ele quase não falou comigo, grande parte culpa de todos ali que não queriam que ele chegasse perto de mim.

Jacob entrega o frasco para Addison que o abre com facilidade, assim que ela abre um cheiro nada agradável se instala no ar.

— Isso é veneno?— Bryce pergunta se abanando com suas próprias mãos.

— O cheiro é ruim mesmo!— ela afirma e olha diretamente para os olhos de Hall, que de imediato solta um sorriso sacana e dá uma piscadela para a mulher que contribui com um sorriso, prefiro apagar isso da minha memória do que saber que eles flertaram por olhares enquanto estávamos quase mudando de ano.

Addison pega uma colher cheia da calda e despeja no líquido estranho, ela faz isso em torno de três vezes e meche, fazendo aquilo ficar com uma cor estranha mais aceitável.

— A gente corre algum risco?— Nessa pergunta curiosa e receosa.

— Temos que permanecermos juntos assim que atravessarmos para o outro lado— ela afirma— E lembre-sem, vocês se machucarem muito há riscos de se machucarem aqui também, não sei como isso não aconteceu com Maggie mas vale o aviso!

Todos se olham entre si, Addison vai até a sala e todos nós a seguimos, mas antes que pudesse chegar lá sinto meu braço ser puxado delicadamente para trás.

Seus olhos azuis me encaravam, sem nenhum brilho, enxergava a tristeza em seus olhos, isso me partiu o coração.

— Eu só queria te pedir perdão!— Chase diz em sussurro e envergonhado.

— Perdão pelo o que?— pergunto e ele me encara.

— Eu destruí sua vida! Arruinei tudo por puro capricho meu, eu te matei e por sorte você está aqui, assim que tudo isso acabar eu juro que você jamais irá me ver!

Passo a mão sob seus cabelos negros e macios, corro meus dedos até seu rosto e aliso sua bochecha fria e branca.

— Você vai me matar se fazer isso, Chase!— afirmo— Tudo que aconteceu me destruiu sim, mas não se compara a destruição que me causou quando eu não tinha você por perto, por favor eu preciso de você aqui e comigo, até o final de meus dias!

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora