Escuto meu celular vibrar e o pego, vejo que James havia me mandado mensagem, sorrio instantaneamente por algum motivo.
Minha cabeça é jogava para frente em uma força nem forte e nem fraca, não tenho paz nessa casa!
— Aí!— digo colocando a mão na minha cabeça.
— Ta rindo pro celular— Jacob diz rindo— Quem agora?
— Ta louco? Não tem ninguém, meu filho.
— Sei.
— Deixa sua irmã!— minha mãe diz— Querem torta de maçã?
— Oxe mas é claro!— meu irmão diz se sentando na cadeira da ilha da cozinha e eu faço o mesmo.
Minha mãe pega dois pratos e nos serve com um pedaço de torta para cada.
— Lembro quando vocês brigavam até pela comida, sempre discutiam falando que o de ambos do mesmo tamanho!— minha mãe diz nos relembrando e rimos.
— Daqui a pouco completam dezenove e vinte! Passou rápido demais!— ela diz depositando um beijo na testa de cada.
Eu e Jacob temos um ano e alguns meses de diferença, ele é o mais velho mas pela pequena diferença não aproveitou muito o posto de filho único.
— Tenho que ir, até mais tarde crianças!— minha mãe diz se despedindo.
Escuto meu celular tocar, vejo que era o número de Jenny, o braço direito do meu chefe, o que eu fiz?
[...]
Sai chutando tudo que vi em meu quarto, caderno, cadeira, roupas, absolutamente tudo que via.
— SEU FILHO DA PUTA!— grito.
— O que tá acontecendo?— Jacob diz abrindo a porta mas eu jogo uma caixa em direção do mesmo que fecha a porta correndo.
— SAI DAQUI!— grito e me jogo na cama, que merda eu vou fazer agora?
Mas isso não vai ficar assim, ela acha que pode me tratar assim ele está bem enganado! Me levanto da cama e saio do quarto.
Vejo Jacob comendo um salgadinho encostado no corrimão da escada enquanto eu descia, sua face estava confusa.
— O que aconteceu?— ele pergunta e me segue.
— Daqui a pouco eu volto!— foi a única coisa que eu digo antes de sair de casa e deixá-lo sem entender nada.
Enquanto ligava o carro vejo o mesmo sair de casa e fazer sinal para mim não ligar o carro, tiro o automóvel da garagem e saio a milhão.
Após alguns minutos já havia chegado em meu serviço, paro o carro de qualquer jeito e desço na força do ódio.
Respiro fundo e tento me manter plena antes de entrar, arrumo minha postura e respiro fundo.
Entro pela porta dos fundos já que a loja estava fechada, assim que entro vejo todos assustados.
Olho em volta e os outros funcionários estavam tomando champanhe e tinha até um bolo, isso só fez meu ódio subir mais.
— Maggie?— meu ex chefe diz me encarando.
— Vim buscar as minhas roupas que tá no meu armário, pelo menos isso eu posso?
Sempre notei que todos ali não gostavam de mim pelo fato de eu ser bem na minha e não ser escroto igual eles, trabalhei por dois anos aqui porque ganhava bem, se não fosse por isso tinha vazado daqui faz tempo.
— Não tinha outra hora melhor?— ele me pergunta e vejo os outros funcionários me olharem vitoriosos.
— E eu vou querer minha comissão que eu fiz ontem!
— Maggie pega suas coisas logo!— Jenny diz.
Sempre abaixei minha cabeça para suas humilhações e comentários desnecessários, diferente de todos aqui eu trabalhava porque precisava do dinheiro.
— Ah e antes que eu me esqueça, eu vou querer o meu salário também!
— Você não tem direito ao salário! Já foi dispensada e é começo de mês.
— Eu sei dos meus direitos! Não se lembram que me esqueçam de pagar meus últimos quinze dias? Acho que vou sair com uma mão na frente e a outra atrás? Eu quero os meus cinco mil dólares se não eu chamo a polícia!
Vejo todos me olharem surpreendidos, acho que sempre aceitei tudo de bico calado e mal escutaram minha voz desde que trabalho aqui. Sempre busquei ser uma boa funcionária e sempre fui elogiada pelos clientes mas acho que isso não é o suficiente para esses merdas!
— Quem vai acreditar em uma qualquer como você? Você é só mais alguém comum que enriquecem a gente com o seu suor!— Jenny diz e eu vejo meu ex chefe a olhar sério.
— Olha eu não quero briga ok?— meu chefe diz— Toma aqui seis mil dólares.
— Você sabe muito bem que ela não merece!— a mulher que trabalhava juntamente comigo diz, me lembro até hoje como ela fingia ser alguém de confiança comigo.
Ele caminha até o caixa da loja e conta algumas notas e me entrega, confiro por cisma e vejo que haviam seis mil.
— Agora vai embora!— ele diz e eu sorrio para ele e viro para os olhos virem.
— Foi muito bom trabalhar com vocês, tomarem que se engasguem com esse champanhe falsificado que o chefe diz que é o legítimo, bando de merdas!— digo e saio dali, caminho até onde estavam algumas trocas de roupas minhas e saio da loja.
Vejo todos me olhando pelo vidro da loja quando paro em frente da mesma, sorrio e chuto o pequeno vidro que se desfaz em pedacinhos e se espalham dentro da loja e na rua, eles se assustam com o barulho e se encolhem.
Mostro o dedo do meio e saio ali e vou até meu carro o acelerando com toda velocidade possível.
Em poucos minutos já estava em casa, paro o carro na garagem e vejo toda aquela descarga elétrica que estava me mantendo sumir, mais uma crise de raiva pra conta.
Respiro fundo e jogo minha cabeça para trás e sinto as lágrimas caírem, me sinto mal por ter feito aquilo mesmo que eles merecessem, eu não sou assim mas minha ansiedade me deixou algumas sequelas, como a crise de raiva.
Vejo Jacob sair de casa assim que escuta o barulho do carro, o mesmo caminha até mim e abre a porta e se senta ao meu lado.
— O que aconteceu?— ele pergunta.
— Fui demitida.
— O que? Como assim? Do nada?
— Sim, me culparam de me relacionar no trabalho, Jacob você sabe que eu nunca fui com a cara de ninguém lá então não teria como isso acontecer!
— Falaram que você estava com quem?
— Com o Luca e ainda teve a cara de pau de confirmar, sorte dele que ele não estava lá quando eu fui.
— Que filhos da puta!— meu irmão diz bravo mas se acalma— Ei, você vai conseguir um serviço novo, com certeza Bryce sabe de algum.
— A cara do Bryce é me colocar como stripper em uma boate— rimos— Se bem que não é uma má ideia...
— Larga mão de ser besta, garota!— ele me cutuca— Mas e o que você foi fazer lá?
— Lembra que meu pagamento estava atrasado?— ele acena com a cabeça— Fui ir buscar e ele me deu mil dólares a mais, mas acho que ele vai tem que gastar mais uns três.
— Por que?
— Dei um chute no vidro da vitrine da loja— Jacob me olha perplexo e começa a rir.
— Garota, você é um perigo! Mas bem feito pra aquele bando de fodidos.
— Agora é correr atrás de outro emprego.
— Tô falando, fala com o Bryce que ele conhece meio mundo e deve saber de alguém que está contratando.
— Vou fazer isso!
♰
desculpa não ter postado capítulo ontem, tive que ir no hospital e sofri horrores lá (deram uma leve cortada em mim sem anestesia) morri mas passo bem kkk, espero que estejam gostando<33
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𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻
FanfictionUm dia misteriosamente, Maggie acorda em um ano desconhecido, em uma realidade desconhecida, 1725. O homem cujo vê em seus sonhos está bem ali. Seria realmente difícil acreditar que vampiros existem, sendo um deles o que diz ser o amor de sua vida.