Cap 35- 𝐀𝐩𝐚𝐫𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐚

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Vejo o horário em meu relógio de pulso, pego um comprimido do meu remédio e o tomo com um auxílio de um copo d'água, esse remédio ajuda a aliviar minha dor em um nível quase 100%, o problema que acaba com meu organismo, pois é muito forte.

— Está com uma aparência estranha, querida!— minha vó cochicha para mim— Aconteceu alguma coisa?

Parece que o corretivo e blush não adiantaram muito na função de me deixar com uma aparência mais saudável, respiro fundo e solto um pequeno sorriso.

— Só não dormi muito bem, estou com insônia nos últimos dias.

— Eu tenho uma erva aqui, que se você fizer um chá dela com certeza irá dormir feito um anjo, depois me lembre de te dar!— rio com sua frase, já estava tão acostumada a ouvir ela falar de seus chás, e por incrível que pareça, funcionava.

— Pode deixar!— digo, ela sorri e vai para a churrasqueira onde meu pai estava.

Observo o ambiente, estávamos na casa da minha vó, em comemoração ao novo relacionamento do meu pai, foi rápido, muito rápido por sinal, faz menos de dois meses que meus pais se separaram, mas se ele está feliz, tudo bem, é isso que importa.

Olho para o céu e fecho meus olhos, sinto os raios de sol esquentarem minha pele e o vento bater sob ela, uma sensação incrível, que me iludia por um segundo, fazendo todos os problemas sumirem por algum tempo.

— Estava pensando aqui— escuto a voz do meu irmão e abro os olhos— É estranho ver essa situação, não por nosso pai estar com um homem, só não pensei que seria assim, tão de repente!

— Eu sei, é estranho tudo isso, há alguns meses atrás meu pai não dava nem sequer um sinal a respeito, realmente foi um verdadeiro baque!

— Sim... mas mudando de assunto, sei que está trazendo alguém lá pra casa!— ele diz e eu franzo a testa, ele olha a nossa volta e volta o olhar para mim.

— Para de me olhar desse jeito!— digo.

— Deve ser alguém especial, pelo menos quatro vezes na semana escuto barulho no seu quarto, você está namorando?

Penso por alguns segundos, o que exatamente eu e o Chase somos? Nunca conversamos sobre isso e aparentemente não terei tempo pra essa conversa, acho que vou morrer antes.

— Acha que se eu estivesse namorando iria levar a pessoa de madrugada lá em casa?

— Não sei, vai saber se não é um criminoso procurado, ou até mesmo um vampiro!— rio de nervoso com a última palavra dita.

— Para de ser bobo! Ainda não conversamos sobre o que nós somos.

— Só dá uma segurada vocês dois, eu amo dormir sem nenhum tipo de barulho!— ele diz e eu rio fraco.

— É ele ou ela?

— Ele!— afirmo.

— Entendi— vemos o namorado do meu pai se aproximar da gente.

— Olá!— ele diz meio tímido e coloca as mãos no bolso de sua calça— Eu e o pai de vocês estávamos conversando, iremos fazer um jantar na casa da minha família, assim como hoje, gostaria muito que vocês estivessem presentes.

Apesar dos pesares, João era uma pessoa boa e carinhosa, no começo fiquei apreensiva e não vou negar que não queria conversar com ele, mas abri minha mente e depois de uma conversa com minha mãe sobre seguir em frente e perdoar consegui conversar com mais clareza com ele.

— Pode contar com a gente, não é, Jacob!— digo sorrindo e cutuco meu irmão.

— Claro! Falando nisso, quem fez aquela maionese? Eu comi uns três pratos só dela!— rimos.

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora