Cap 12- 𝐎𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞𝐬

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Eu sabia que isso não era fruto da minha imaginação, ele existe e eu tenho como provar isso! Fantasiei toda aquela situação com vampiros porque estava extremamente obcecada e só pensava neles.

Talvez eu tenha visto a foto dele em alguma revista antiga pelo jeito que ele se veste e o jeito das suas fotos e só não me recordo disso, esse homem deve ter mais de sessenta anos agora!

Uma pena que as pessoas envelhecem, cuidamos e adoramos tanto nossa beleza quando novos para o passar dos anos tudo isso ir embora com o tempo, sem escolha de fazer isso parar.

Guardo a foto em minha bolsa e volto a andar em direção ao estacionamento. Todos estavam me esperando, disse que havia achado minha bolsa e que por sorte não havia sido roubada, conversamos por mais alguns minutos e todos entraram em seus carros e seguiram caminhos diferentes.

Me deito em minha cama e encaro o teto, lembro que outras vezes já havia pedido para o ver novamente quando não conseguia visualizar totalmente seu rosto mas agora eu quero mais que tudo vê-lo novamente.

Me ajeito em minha cama em uma posição confortável, sinto o sono chegando e meu corpo e mente relaxando aos poucos até não ter mais nada.

[...]

É aparentemente não foi dessa vez, desperto do meu sono e abro meus olhos com um pouco de dificuldade, não havia nenhuma recordação em minha cabeça se havia sonhado com ele e nem a sensação quando eu acordava depois de sonhar com o par de olhos azuis. Absolutamente nada.

Escuto minha porta ser aberta, já poderia sentir o cheirinho de discussão se aproximando.

— Só assim pra mim conseguir falar com você, né?— Dixie diz adentrando meu quarto e se sentando ao meu lado.

— Desculpa!— tento deixar um selinho em seus lábios mas a mesma desvia— O que foi?

— Maggie você sumiu! Fiquei sabendo notícias suas porque tive que obrigar a Charli a falar alguma coisa!

— Desculpa! Eu precisava de um tempo.

— Você some, tira um tempo pra você e taca o foda-se pra minha preocupação?

— Dixie, por favor!

Ela não responde, só se aproxima de mim e descansa sua cabeça em meu peito e faço cafuné em sua cabeça.

— Desculpa por ser tão complicada assim, odeio quando te vejo assim e piorando a situação, por causa de mim!— digo e limpo uma lágrima solitária que descia sob suas bochechas.

— Só não faz mais isso, ok?

— Ok!— digo e depósito um beijo em sua testa e aliso seus cabelos negros.

Conheci Dixie quando comecei a estudar com Charli, viramos grandes amigas bem rápido e logo ela me levou a sua casa e fui lá na onde a conheci.

Dixie e eu tivemos troca de olhares na primeira vez que nos vimos, conversamos e eu comecei a ir com mais frequência na casa das D'Amelio, ficamos uma vez e não paramos mais.

Ela me ajudou a me assumir bissexual para minha família que por sorte me apoiaram, talvez nunca teria feito por medo da rejeição e do ódio, mas ela me ajudou nisso e eu sou grata por ela ter me ajudado a voar na gaiola que me prendia, hoje posso ser eu mesma sem medo algum.

Talvez agora eu me sinta culpada por ter me sentido atraída por Chase, eu e ela não temos nada sério mas mesmo assim me sinto culpada, ela é tão incrível pra mim.

Queria que eu fosse menos complicada e conseguisse dar o amor que ela realmente merece, mesmo que não tenhamos nada sério.

— Eu senti sua falta!— digo.

— Eu também, chatinha!— ela se levanta do meu colo e sela nossos lábios em um beijo calmo e se levanta da cama— Vi que comprou livros novos.

— Você é observadora mesmo, hein!— rimos m— Ganhei dez do meu pai.

— Eu também te trouxe um, sei que não há presente melhor para te dar!— ela diz e caminha até sua bolsa que havia deixado em minha mesa, a abre e tira o livro com mais ou menos duzentas páginas.

— Espero que você goste! São sobre bruxas e o mundo espiritual.

— Tá de brincadeira?— pergunto e ela faz uma cara de confusa— Eu amei!— logo um sorriso de alívio se faz presente em seu rosto, caminho até a mesma e a abraço.

A puxo para deitar em cima de mim e assim ela faz, ficamos trocando carícias, beijos e conversas aleatórias.

— Agora preciso ir, tenho que resolver algumas coisas e mexer com umas papeladas e não perde o horário do serviço, beijo gatinha!— ela diz e sela nossos lábios.

— Pode deixar, tchau!— sorrio e sigo a mesma com o olhar até ela sair do quarto e fechar a porta.

A casa está tão quieta, sem barulho dos meus pais e do meu irmão, o que será que estão aprontando?

Caminho até fora do meu quarto e desço para a sala, assim que chego lá não havia ninguém, vou na cozinha e nada, na área de lazer também. Subo novamente e vou conferir o quarto dos meus pais que também está vazio.

Caminho até a porta do quarto do meu irmão, antes que pudesse bater na porta escuto gemidos femininos vindo de dentro do quarto, ok eu vou vomitar!

— Aí meu Deus!— digo baixo e saio o mais rápido possível dali e corro até meu quarto, coloco o fone em uma música explodindo e começo a caçar uma roupa para sair o mais rápido possível de casa.

Eu podia muito bem socar aquela porta e acabar com o clima dos dois pois deve ser umas dez horas da manhã mas não sou tão filha da puta pra estragar a foda alheia, pelo menos poderei extorquir meu irmão por um bom tempo a troco do meu silêncio.

Hoje entraria no meu serviço às meio dia, trabalho em uma loja de roupas no centro de Los Angeles, olho a hora em meu celular e marcavam 10:47. Me arrumo com os fones ainda estourando em minha orelha e a vontade de vomitar presente.

Término de me arrumar e pego minhas coisas e a chave do carro e saio da casa, agora é lidar com o trânsito da grande LA.

[...]

Ainda estava parada no trânsito, minha paciência aos poucos ia embora, o cheiro de maconha estava impregnado em meu nariz pelo homem do carro ao lado fumando um baseado sem fim.

Não posso chegar chapada no meu serviço, fecho os vidros e ligo o ar condicionado por hoje o dia está mais quente.

Após longos minutos chego no meu serviço.

[...]

— Olá, posso ajudar?— pergunto para uma moça que olhava as roupas.

De relance olho para a rua e vejo um homem me encarando, ele tinha seus cabelos um pouco longos e olhos verdes, Timothée? Assim que o homem vê que estou olhando desvia o olhar de minha pessoa e caminha rápido me fazendo o perder de vista.

Sem pensar muito corro para a porta da loja e coloco meu corpo para fora em uma tentativa de tentar o enxergar novamente mas o homem havia sumido num passe de mágicas.

Fico alguns segundos ali o procurando com meu olhar mas nada, lembro da cliente e volto para dentro da loja.

— Mil desculpas, pensei que fosse alguém que conhecesse!— me desculpo com a moça e a mesma sorri como resposta e diz que não há problemas.

é real, não existe mais Naden, meu coração está em mil pedacinhos, espero que eles fiquem bem! até o próximo cap<3

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora