Cap 3- 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐎𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐌𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞

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Não consegui pregar o olho a noite toda, sempre ficava rolando de lá pra cá, conseguir tirar um leve cochilo após o sol nascer mas logo em seguida já acordei.

Por mim momento pensei que quando acordasse eu já estaria em meu quarto, eu precisava estar em meu quarto.

Mas assim que abro meus olhos vejo que oque mais almejava no momento tinha sido em vão, estava no mesmo lugar que havia dormindo, no ano de 1725.

— Bom dia, querida— Morgana diz assim que me vê acordada— Vem comer.

— Bom dia, já vou.

Coço meus olhos e me levanto e vou em direção a cozinha onde a mesma estava.

—Pode me fazer um favor?— ela me pergunta.

— Claro.

— Preciso que você vá colher algumas maçãs aqui perto, eu ia mas uma madame me chamou para fazer um vestido para ela e preciso tirar as medidas.

— Sem problemas, irei sim.

Opto para ir mais na parte da tarde pois queria a ajudar a fazer alguns vestidos e assim faço.

Ela me explica onde era o tal lugar das maçãs, coloco um corset preto e uma blusa de manga cumprida vermelha que a mesma havia me dado.

Por algum motivo que não sei eu ainda estava com o colar que minha mãe havia me dado, não entendo pois cheguei aqui e não estava com a roupa que havia dormido antes de vir para cá, então por que o colar permaneceu em meu pescoço?

Sigo o caminho que ela me disse e sinto olhares sob mim mas não do jeito de quando havia chegado na cidade, e realmente quando cheguei era bem estranho.

Saio um pouco da pequena cidade e sigo para o pomar das maçãs onde haviam outras diversas frutas.

Vou ao encontro da árvore carregadas de diversas maçãs vermelhas como sangue, analiso as que estavam boas para serem colhidas e as coloco em minha cesta.

Olho para o lado e vejo diversos morangos maduros e aparentemente extremamente suculentos, sinto minha boca salivar e não resisto, pego um e o como.

E como já esperava estava extremamente gostoso e doce, decido colher alguns para levar também.

Penso quando irei voltar, espero ansiosamente para esse dia em que eu poça voltar para 2022 mesmo o ar de 1725 sendo bem melhor e bem mais saudável, como conseguimos destruir tanto nosso planeta?

Por algum motivo pelo qual não sei as nuvens escuras ficam mais nítidas no céu e tampa o sol que iluminava levemente o ambiente, um vento frio bate contra minha pele e faz a mesma se arrepiar por completo.

Fiz o que Morgana falou, havia trazido uma pequena cruz em meu bolso, sou uma pessoa cética mas na hora do desespero se uma força maior me ajudasse eu seria muito grata.

Pego a pequena cruz de prata e as deixo em minha mão e vou sentido a vila novamente em passos rápidos.

Sou surpreendida por uma pessoa de capa preta que tampava toda sua face se aproximar, não tinha como a pessoa brotar ali do nada sem eu mesma ter escutado sequer um barulho.

— Te achei!— a pessoa diz e pude perceber que era um homem, com uma voz bonita e rouca. Mas suas falas me assustaram muito.

— A..Ah você deve estar me confundindo— digo e começo a andar.

— Fico feliz que tenha gostado do colar!— ele diz e eu paraliso, após alguns segundos olho para trás e o mesmo estava sem capuz.

E era ele, o mesmo garoto dos meus sonhos constantes, o mesmo que aparecia sempre me presenteando há anos e acredite, ele era mais lindo ainda pessoalmente.

𝐄𝐦 𝟏𝟕𝟐𝟓, 𝗖𝗵𝗮𝘀𝗲 𝗛𝘂𝗱𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora