A saudade apertava no peito toda vez que Júlio via as fotos de Leandro pelo seu perfil no Orkut. Foi pela rede social que Júlio pode acompanhar a evolução da aparência do namorado. Em dois anos, Leandro perdeu muito o aspecto de menino, tendo o corpo e o rosto se moldando ao de um homem adulto, mas ainda com o frescor da jovialidade.
Leandro completaria 18 anos em poucos meses. Pelas conversas via MSN, o casal combinava a chegada do garoto e a união do casal.
Júlio já pesquisava a casa para alugar, e alertava a Leandro que o imóvel não oferecia o conforto, o qual Leandro estava acostumado. Leandro não se importou. Estava tão apaixonado, que a única coisa que desejava era a liberdade para poder reencontrar Júlio e viver o seu grande amor. Sonhava com a vida perfeita, que a união proporcionaria a eles a eterna felicidade conjugal.
O planejado seria a sua chegada em janeiro. No entanto, Leandro decidiu se antecipar, tendo como a intenção de prestar vestibular no Brasil. Optou por Direito para agradar aos pais.
Ele sabia que os genitores não aprovariam a sua união com Júlio e isso poderia balançar a relação familiar.
Apesar de tudo, a família era muito importante para ele. Leandro amava os pais e só de pensar num rompimento, sentia uma tristeza imensa. Imaginou que o orgulho por cursar Direito supliria a insatisfação do seu casamento e, quem sabe assim, os pais o daria uma chance.
Decidiu não avisar a Júlio sobre a sua chegada, estava empolgado em fazer uma surpresa.
Leandro foi recebido pelos pais e Valéria no aeroporto.
Em casa, os parentes e amigos íntimos o esperavam num jantar surpresa. Ele ficou irradiante de felicidade ao vê-los. Estava morrendo de saudades dos seus entes queridos, da sua terra natal, da sua cultura e de falar português com frequência.
O ensopado de camarão com chuchu, arroz branquinho e feijão abriram o apetite de uma forma satisfatória. O sabor da refeição causava nele o mesmo efeito de um abraço em alguém querido que não via há tempos.
A única coisa que lamentou foi não poder matar a saudade do homem amado. Ao olhar para todos na sala da sua casa, conversando e sorrindo, desejou que Júlio estivesse ali como integrante daquela família que ele tanto ama.
Teve que se conter em esperar até o amanhecer para ver Júlio. Passou a madrugada ansioso, imaginando como seria a reação de Júlio ao vê-lo. Em sua mente formava a imagem do sorriso ousado do namorado, fechava os olhos sentindo os braços de Júlio envolvendo o seu corpo e o aquecendo com o seu calor.
Ouvia os sussurros de Júlio ao pé do seu ouvido, dizendo palavras obscenas o deixando arrepiado. Para aliviar o tesão, trancou a porta do seu quarto e se despiu por completo.
Deslizava a mão sobre o seu corpo, imaginando ser Júlio que o tocasse. Masturbou-se, imaginando o namorado nu diante de si, com o membro ereto sentando com as pernas abertas.
Enquanto uma mão, tocava o pênis, as pernas foram se abrindo e invadida pelos próprios dedos, imaginando ser o pênis de Júlio que o penetrava.
Gozou gemendo com os lábios fechados para não fazer barulho e acordar os pais.
Olhou para o teto sorrindo. Durante dois anos, Leandro só teve na masturbação o prazer sexual, preservando-se fiel ao namorado, acreditava que Júlio fazia o mesmo.
Resistiu as tentações das propostas sexuais que recebera, tinha na fidelidade ao namorado como um princípio sagrado e a maior prova de amor que pudesse dar ao amado.
Algumas vezes, o sexo virtual com Júlio era praticado via webcam. Era o seu momento preferido.
_ Amanhã isso vai acabar. Finalmente vou poder transar com ele._ Leandro dizia a si, mordendo o lábio inferior, como sempre fazia quando estava excitado.Júlio também ardia de desejo quando pensava em Leandro. Estava louco para possuir o namorado e saciar o seu prazer naquele corpo que tanto ansiava.
Mas, ao contrário de Leandro, Júlio não se aliviava somente com a masturbação. Procurava em outros corpos matar o seu apetite sexual.
Na mesma madrugada em que Leandro se tocava pensando em Júlio, este penetrava os dedos entre os cabelos de um jovem, enquanto metia com força no rapaz de quatro.
Com a outra mão, Júlio estalava tapas na bunda do rapaz que, excitado, rebolava cada vez mais.
_ Isso vadia, rebola na pica do seu macho. Não era pica que tu queria? Agora toma, piranha.
_ Ah que picão gostoso. Me come, vai. Mete tudo em mim, seu gostoso!
Eles se conheceram horas antes num bar e nunca mais se viram depois da transa.
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O outro
RomanceJúlio e Leandro formam um belo casal de classe média alta. Casados há 10 anos, eles aparentam ter uma vida perfeita. No entanto, quando não estão diante dos famaliares e amigos as suas vidas são completamente diferentes do que demonstram. Quando Ab...