Virada de jogo

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A tela do celular marcava 14h, do dia 5 de maio, de 2019. Lorena sabia que a reunião chegaria ao fim em poucos minutos.
Júlio radiava felicidade por obter mais uma conquista profissional. Era uma oportunidade perfeita para a secretária fazer a sua proposta. Ela sabia que ele não recusaria e, com isso, ganharia uma gorda comissão.
Quando Lorena entrou no escritório do chefe, ele estava estourando uma garrafa de champanhe. Rubens e seu Genaro sorriam também.
_ Esse é o homem! Eu sabia que você conseguiria, meu genro.
_ Parabéns, Júlio!_ Lorena disse o abraçando._ Que tal comemorar em grande estilo?
Lorena ergueu a tela do celular diante dos olhos de Júlio, mostrando a foto de um belo jovem.
_ Puta que pariu! Quem esse deus grego?_ Júlio perguntou com os olhos brilhantes. Prevendo que teria momentos prazerosos com o jovem.
_ Dimitri, o cara que vai te levar ao mais profundo dos prazeres.
_ Deixe-me ver._ disse Rúbens, antes de Lorena o mostrar a foto._ Nossa! Também quero uma hora com ele.
_ Isso vai ficar pra outro dia, Rubens. Hoje eu quero exclusividade nos serviços dele...e sem hora para terminar.
_ Tudo bem, chefinho. Mas vai sair caro.
_ Por um homem desses eu pago o que for necessário, Lorena.
_ Bom, eu vou indo, porque não quero ser cúmplice do seu adultério._ disse Genaro, bebendo o último gole do champanhe.
_ Mas o senhor será meu cúmplice, seu Genaro. Como sempre foi. Pode tratando de inventar algum motivo para convidar o Leandro para ir para a sua casa e o prender lá até amanhã de manhã.
_ Júlio, eu não quero me meter em confusão.
_ Se for esperto, como sempre foi, não haverá confusão. Depois o senhor sabe que será muito bem pago.
Genaro sorriu. Ele sabia que devia demais ao genro para negar qualquer coisa.

"Ele aceitou. Ficou louco com a sua foto. Aproveita que o cara é rico e tire uma boa grana dele." Abner recebeu essa mensagem sorrindo. Ele adorava quando os clientes eram ricos, porque além de poder cobrar mais caro, desfrutaria de quartos luxuosos dos motéis renomados.
"Hum! Nada mal! O cara até que é bonito." Essa foi a resposta que Abner deu a Lorena, quando recebeu a foto de Júlio.
"Não se esqueça da minha comissão."
"Ok, cafetina. Kkkk"

A moto foi estacionada no motel indicado por Lorena. Abner vestia um calça preta, blusa de mesma cor e um paletó azul marinho. Os cabelos estavam muito bem alinhados e exalava um perfume agradável. Havia feito a barba, deixando a pele do rosto mais macia, de acordo com o gosto de Júlio, conforme Lorena havia informado.
Caminhava com elegância em cima dos seus sapatos sociais muito bem engraxados.
Na recepção do motel, foi informado o número do quarto que deveria seguir.

Quando Abner entrou no quarto, foi recebido por Júlio, que o aguardava deitado na cama, vestindo um roupão branco. Sobre o lençol branco havia pétalas de rosas vermelhas. Na mesa ao lado, uma garrafa de champanhe com duas taças em volta e uma vela aromática.
O quarto era luxuoso, com as paredes em volta da cama revestidas por espelhos, uma banheira de hidromassagem que era separada do quarto por uma parede de vidro.
Para chegar na varanda, onde ficava a piscina, precisaria passar pelas portas francesas com cortinas brancas esvoaçantes.
Júlio era agradável aos olhos de Abner: bem apessoado, cheiroso e tinha um sorriso safado. Vendo-o quase nu, sentiu o membro se enrijecer. Sentiu-se felizardo, pois aquela não seria apenas uma noite rotineira de trabalho. Além de ser muito bem remunerado, o garoto de programa se sentia tão atraído pelo cliente, que teve certeza que também teria prazer.
_ Que prazer te conhecer, Dimitri._ Júlio disse sorrindo, olhando-o faminto pelo seu corpo.
Abner se aproximou da cama, deitando ao lado de Júlio.
_ Eu garanto que você terá muito prazer em me conhecer. Tanto que ficará viciado no meu corpo._ Abner disse deslizando a mão sobre a perna de Júlio até chegar em seu pênis e o beijou.
_ Vou encarar isso como um desafio. Espero que cumpra o que está prometendo.
_ Amo um desafio...sempre venço._ novamente um beijo, no entanto, desta vez era mais quente e intenso, fazendo Júlio sentir arrepios pelo corpo.
Júlio o puxou pela nuca, penetrando ainda mais a sua língua no rapaz. Com a outra mão, deslizavam sobre as nádegas, apertando-as.
_ Quer me dar ou me comer?
Júlio o encarava desejoso, mordendo os lábios.
_ Eu quero te devorar.
Mais uma vez Abner teve a sua boca invadida por Júlio. Era um dos melhores beijos que havia recebido na vida. Contudo, ficou decepcionado pelo seu delicioso cliente ser ativo. Desde que viu Júlio deitado na cama, desejou entrar nele, possuí-lo com força.
Conformou-se com o seu papel. Afinal "o cliente sempre tem razão", tudo estava bem demais Júlio era atraente, o hotel luxuoso e ele seria muito bem remunerado, seria sonho demais comer Júlio...nem tudo é perfeito.
Ao desatar o nó do roupão de Júlio, Abner percebeu que o cliente era bem dotado e isso poderia ser um pouco dolorido.
Beijou-o acariciando o seu pênis latejante, massageava os testículos e o masturbava. Percebendo a animação de Júlio, deslizou a mão sobre as costas até chegar nas nádegas, com a esperança que Júlio cedesse.
_ Aí é lugar inabitável. Sou cem por cento ativo.
_ Você é quem manda, minha delícia._ Abner respondeu, dando uma leve moedinha no lábio inferior de Júlio. Em seguida, atacou o seu pescoço com beijos e chupões.
_ Fica peladinho pra mim. Quero ver esse seu corpinho lindo.
Júlio sentou num sofá em frente a cama. Levou consigo uma garrafa de champanhe e uma taça. Pelo controle remoto, apagou a luz do local e ligou as luzes em neon. Para tocar pois a música Feeling good.
Observava sorrindo Abner retirar cada peça de roupa, movendo o corpo numa dança sensual. Admirava cada parte daquele corpo delgado e moreno, as pernas firmes, a barriga lisa e reta com leve caminho de pelo que ia do umbigo ao pênis. Esse era de um tamanho desejável, tão grande quanto o seu. Tinha uma cabeça rosada e macia, com veias percorrendo o falo. As nádegas era lisas, destacavam-se por serem mais claras que o resto do corpo, com uma marca de sunga nos quadris e no começo das pernas. Não eram brancas e fartas como as Leandro, eram pequenas e um pouco empinadas.
_ Rebole a bundinha, abrindo as polpas. Quero ver esse cuzinho._ Júlio pediu deslizando a mão no próprio pau, totalmente excitado.
Abner odiava se comportar daquele jeito na cama. E deu uma cartada para escapar daquela situação. Olhou para Júlio com malícia, deslizando a língua sobre os lábios.
_ Eu tenho algo muito melhor a fazer.
Foi até Júlio. Ajoelhou-se, apoiando uma das mãos em seu joelho. Com a outra, segurou o membro de Júlio, olhando-o provocante.
Beijou a cabeça, deslizou a língua pelo tronco antes de pôr a boca e chupar de vez.
Júlio gemia alto, sentindo as pernas bambas e o corpo estremecer de prazer. Aquela boca quente e úmida o levava ao paraíso profano.
Abner recebia carinho na cabeça enquanto chupava com maestria. Parava para beijar as virilhas e chupar as bolas, retornando ao pênis.
Júlio anunciou o gozo. Geralmente, Abner não permitia que os clientes gozassem na sua boca, mas estava tão excitado que permitiu sem pudor que aquele homem o banhasse com o seu leite.
_ Se engolir, eu pago um pouco mais.
Abner obedeceu engolindo.
Júlio o puxou pela nuca e o beijou. Acariciava a bunda do garoto de programa, enquanto esse sentava em seu colo. Penetrava o dedo, sentindo a pulsação do ânus de Abner, o que fez o seu pênis se endurecer novamente.
_ Espere um pouco._ disse Abner antes de se afastar para pegar o lubrificante e o preservativo na maleta de couro.
Encaixou-se entre as pernas de Júlio, depois de vestir o pau do cliente e se lubricar. Começou rebolando em ritmo lento, mas foi aumentando conforme o tempo passava. Trepavam com beijos quentes e mãos explorando os seus corpos, impregnado o ar com luxúria libertina.
O barulho das estocadas se misturava com os dos tapas que Abner recebia na bunda. Cada estalada ardia mais, deixando-os loucos.
Júlio levantou, segurando Abner em seu colo. Jogou-o na cama. Pos-o de quatro com brutalidade, apoiando uma das pernas na cama, segurava as ancas com as duas mãos e metia com toda força, sedendo por aquele rabo quente.
Profissional, Abner rebolava deixando Júlio inebriado pelo seu corpo. Tapas, gemidos, metidas, beijos voluptuosos levaram Abner a uma experiência nova, gozou sem tocar no próprio pau.
_ Caralhooooo! Que homem! Que macho gostoso! Me fode mais, porra!
As palavras obscenas de Abner fizeram Júlio ir á loucura, gozando aos gritos, puxando para trás, os belos cabelos negros do amante.
Seus corpos caíram exaustos na cama, respiravam ofegantes, molhados de suor.
_ Você cumpriu mesmo com o que prometeu! Puta que pariu!_ Júlio disse ofegante, com a mão apoiada sobre o peito.
_ Eu sou um homem de palavras.
Abner acendeu um cigarro e esticou a carteira oferecendo a Júlio, que recusou. Percebeu que o advogado tinha uma aliança do dedo esquerdo e uma tatuagem próximo ao pulso, escrito Leandro e Vanessa.
_ Filhos?_ perguntou Abner, apontando com o olhar para a tatuagem.
_ Marido e filha.
_ Hum! Os pais de família são sempre mais gostosos. Vocês têm um tempero especial: o proibido._ Abner disse, beijando Júlio.
Fizeram sexo durante toda a noite. Cansados, adormeceram no quarto do motel.
Júlio foi despertado com os beijos do michê.
_ Bom dia, gostoso!_ o advogado disse sorrindo, correspondendo aos beijos.
Ao abrir os olhos, percebeu que Abner estava terminando de se vestir.
_ Já vai, minha delícia? Fica mais um pouquinho para dar uma fodinha matinal.
_ Não vai rolar, gato. Tenho que ir para a faculdade.
_ Huumm! Além de lindo é inteligente! Gostei. Cursa o quê?
_ Gastronomia.
_ Olha, além de bom de cama é bom de mesa.
Abner respondeu mandando um beijo.
_ São 400 reais a hora, ficamos oito. O total é de  três mil e duzentos.
Júlio pegou a carteira, e o entregou uma quantia de quatro mil reais. Abner contou sorrindo.
_ Tem a mais aqui.
_ Eu sei. É um presentinho.
Abner atirou-se em seus braços, beijando-o. Estava totalmente encantado por aquele homem.
_ Te quero aqui amanhã, no mesmo horário.
_ Infelizmente, não vai rolar. Tenho cliente agendado.
_ Eu cubro esse cliente pagando o dobro. Eu gostei de você. Seu corpinho me viciou.
Júlio levantou, puxou-o pela cintura e o beijou

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