A briga

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Início do capítulo

Capítulo 45

Notas do autor

Olá pessoal, como todos sabem, a minha saúde nesses últimos tempos não era a das melhores, mas mesmo assim continuei  escrevendo a medida do possível. Hoje, sigo me recuperando, e tenho melhores condições para prosseguir na escrita. Por isso, anuncio que estou de volta para finalizar essa história.
Como faz meses que não atualizo O outro, fiz um breve resumo do que aconteceu no capítulo 44 e logo em seguida, segue o capítulo 45.
Boa leitura.

Resumo do capítulo 44

Júlio manda Vanessa passar uns dias com Leandro

Júlio fantasia sexo a três com Luciano e Leandro e diz que quer ter os dois

Vanessa comunica a Leandro que está namorando Pedro

Leandro recebeu Pedro em sua casa para um jantar e diz que eles devem contar a Júlio sobre o namorado.

Júlio recebe o convite para o jantar e Luciano deseja ir. Júlio nega e acaba drogando Luciano.

Rubens diz a Júlio que conseguiu que ele conhecesse uma socialite importante e que possa ser a sua futura cliente

Júlio decide unir Vanessa com o neto de Victoria Montenegro

No jantar, Júlio não aceita o namoro da filha

Ao retornar a casa, briga com Luciano e sai de casa ficando 4 dias fora. Luciano surta e põe fogo nas roupas de Júlio.



Capítulo 45

Dona Dirce chegou no apartamento de Júlio o mais rápido que pode. Para ela foi desesperador ver Luciano e Júlio aos berros numa discussão tumultuada.
Horas antes, por pouco, o apartamento não foi consumido pelas chamas do fogo. Um dos seguranças conteve Luciano, enquanto o outro apagou o fogo usando uma mangueira.
Júlio chegou alguns minutos depois, indo direto para o quarto, onde Luciano foi trancado por um dos seguranças.
Júlio o encontrou pondo suas roupas numa maleta. O jovem chorava descontrolado.
_ O que você pensa que está fazendo, seu desequilibrado?_ Júlio perguntou, empurrando Luciano para o lado e jogando no chão todas as roupas fora da mala.
Luciano levantou furioso. Partiu para cima de Júlio despejando um soco em seu rosto, que o fez cair do outro lado do quarto.
_ Eu não vou admitir que me desrespeite desta forma! Você me traiu! Me trancou dentro desta casa como se eu fosse o seu prisioneiro!
Júlio pôs a mão no nariz, percebendo o fio de sangue que escorria. Levantou com raiva e partiu para cima de Luciano retribuindo o soco.
A briga se intensificou. Os dois rolavam no chão compartilhando golpes violentos de socos e ponta pés. Mais uma vez a briga foi contida pelos funcionários.

Valdeia atendeu a porta trêmula. Dona Dirce ouvia os gritos da entrada e gelou ao ver a expressão de pavor da empregada da casa.
_ Dona Dirce, ainda bem que a senhora chegou! Eu não sei mais o que fazer! Está casa se tornou um inferno!
Dona Dirce foi o mais rápido possível até o quarto. Luciano e Júlio não estavam mais sendo segurados pelos funcionários, mas tinham hematomas pelo rosto, o que levou dona Dirce a concluir que os dois brigaram.
_ Meu deus! Mas o que é isso?! Vocês dois são um casal! Não deveriam brigar desse jeito!
_ Ex casal, dona Dirce! A pior coisa que fiz na minha vida foi me envolver com o seu sobrinho! A senhora não tem noção do que ele fez comigo! Me traiu! Eu sempre fui fiel a ele e ele me traiu!
_ Que trai o quê! Deixe de ser louco!
_ Você passou quatro dias fora, Júlio! Se não estava me traindo, estava fazendo o quê? Colhendo flores?
_ Estava arejando a cabeça. Você me sufoca com esse seu ciúme doentio! Tia, acredita que esse maluco pôs fogo nas minhas coisas?
_ Meu deus do céu! Isto aqui está mesmo parecendo um inferno! Vocês dois precisam se acalmar! Conversarem como um casal normal faz e não brigarem como dois moleques de rua.
_ Não tem mais o que conversar, dona Dirce. Júlio me machucou não só por fora como por dentro. Ele me fez prisioneiro nesta casa durante esses dias! Aqueles brutamontes que ele contratou me impediram de sair!
_ Lógico! Fiz isso para te proteger! Você está louco! Imagina se saísse assim na rua.
_ Deixe de ser cínico, seu desgraçado! 
_ Por favor, parem com essa briga! Isso ainda vai acabar em tragédia!
Dona Dirce esfregou a mão no peito, tentando conter o sufocamento interno que sentia. O coração disparava e a respiração saia ofegante. Apoiou-se na cama para não cair no chão, devido a fraqueza que sentia nas pernas.
Preocupado com a tia, Júlio correu para acudí-la. Temeu que algo ruim pudesse acontecer com ela.

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