Reese Smith é uma jovem simples e acanhada que vive em seu mundo fechado tendo a sua vida se cruzado com a do Sat Avery, um belo chef de cozinha habilidoso.
A medida em que ela convive com Sat, seus pensamentos a conduzem até a lugares proibidos o...
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É tão estranho pensar com certa frequência em alguém que mal trocou um par de palavras comigo. Quando coloco a cabeça no travesseiro à noite para dormir meus pensamentos viajam até aquele dia na livraria, minha imaginação cria diferentes formas de encontrá-lo novamente e como seria esse momento.
No trabalho, cada vez que a porta abre meu coração dá um pulo na esperança de que seja ele. Mas o ápice foi quando eu estava prestes a procurá-lo nas redes sociais, meus dedos estavam prestes a digitar no teclado o nome do Craig para que assim chegasse a ele, porém parei imediatamente, pois percebi que parecia uma perseguidora, então respirei fundo e fechei o meu laptop.
Percebi também que aquela provavelmente foi a primeira e última vez que o vi, não tinha o porquê de me sentir daquele jeito.
Porém, de vez em quando, seus olhos permeiam a minha mente desnorteando-me, o que consequentemente me deixa frustrada visto que tento a todo custo esquecer essa paixoneta.
Estou parecendo uma adolescente!
Um grunhido sai da minha boca e recosto-me no sofá.
— Algo de errado? — Lory entrega-me um copo de café e senta-se do meu lado.
— Não — minto levando de seguida o café à boca.
— Conheço você Reeh, e sei que algo está te incomodando. — Ela cruza os pés no sofá. — Você está desse jeito há alguns dias.
— Eu estou bem Lory, não se preocupe.
— Eu entendo se você não quiser falar, mas saiba que estarei sempre aqui.
— Eu sei. — Sorrio para ela. — Por isso que você é a melhor amiga que eu poderia ter.
— Sou a única amiga que você tem. — Ela toma um gole de café.
— Lory! — repreendo-a.
— E não sou? — Reviro os olhos por ela ter razão. — Você tem que sair mais de casa, Reese.
Eu tenho uma certa dificuldade em fazer novas amizades, não porque eu não queira, mas por eu não conseguir. O meu jeito retraído acaba criando uma barreira, dificultando assim que eu seja espontânea.
Conheci pessoas obviamente, no trabalho, na faculdade e em outros lugares, mas o que posso dizer? São apenas conhecidos, não tenho intimidade o suficiente para combinar que nos encontremos para um café ou algo do tipo. E bem, perdi o contato que eu tinha com os poucos amigos do ensino médio.
