Reese Smith é uma jovem simples e acanhada que vive em seu mundo fechado tendo a sua vida se cruzado com a do Sat Avery, um belo chef de cozinha habilidoso.
A medida em que ela convive com Sat, seus pensamentos a conduzem até a lugares proibidos o...
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Sam e papai chegaram ontem no final da tarde, Josh, Lory e eu fomos buscá-los no aeroporto. Foi a primeira vez que Lory e papai estiveram frente a frente e foi engraçado.
Papai não sabia sobre o período conturbado em que ela e eu passamos e ficou confuso quando Lory pediu desculpas uma atrás da outra e garantiu que não aconteceria novamente.
Voltamos para casa e Josh acomodou-os no quarto de hóspedes, eles estavam tão exaustos que adormeceram sem ao menos jantar.
Quando levantei da cama hoje, encontrei Sam na cozinha preparando o café da manhã, então me juntei a ela e fizemos um pouco de tudo com o que tínhamos na geladeira. Se antes eu tinha dúvidas agora não tenho mais, Sam é a melhor pessoa que papai podia ter como sua parceira, ela é dedicada, tem o brilho nos olhos sempre que fala do papai, e sempre colocou as prioridades do papai a frente das dela – algo que eu não acho necessário, pois pode haver um equilíbrio entre ambos.
— Bom dia — Josh diz arrastando os pés e se senta na cadeira.
— Bom dia — Sam e eu respondemos.
Papai entra de seguida bem pleno, deixa um beijo no topo da minha cabeça, remexe o cabelo de Josh que faz careta e por fim caminha até Sam, coloca as duas mãos na cintura dela e beija os seus lábios.
— Por favor, não — Josh protesta. — Não são nem nove da manhã e eu tenho que ver você enfiando a língua na boca da minha mãe.
Rio e Sam o repreende.
— Isso porque você não escutou a madrugada divertida que tivemos — papai diz apertando mais a Sam nos seus braços.
— Jake! — Dessa vez ela repreende papai. — Pare você também.
— Definitivamente eu não preciso escutar isso. — Me manifesto levantando da cadeira. — Então vou me arrumar.
— Hoje é sábado, para onde você vai? — papai pergunta. — Pensei que passaria o dia com a gente.
— Eu já tinha combinado de ajudar John com uma coisa, mas prometo que não demoro.
— Quem é John? — papai questiona.
— É o meu chefe, mas acho que somos amigos também.
— John e você amigos? — Josh diz sorrindo. — Para mim parece muito mais que isso. — Ele cruza os braços.
— É seu namorado? Você sabe que pode me dizer a verdade filha, eu não vou socar a cara dele ou algo do tipo. — Papai parece empolgado. — Convide-o para jantar hoje, a gente prep...
— Uou, muita calma. — Ergo as mãos fazendo-o parar com o que quer que ele pretendesse falar. — Não vou convidar o John para jantar e ele não é meu namorado, ele é meu chefe.
A campainha toca e Sam sai de fininho para abrir a porta, eu faria o mesmo, essa conversa está fora do controle.
— Você tem vergonha do seu pai? É isso? Por isso você não quer que ele venha? — Papai coloca a mão no peito e seu tom de voz muda para melancólico.
Reviro os olhos com esse drama ao mesmo tempo que Josh ri.
— Pelo amor de Deus, papai. — Cruzo os braços. — Não comece.
— Tinha me esquecido do quão dramático você é Jake — Josh diz ainda rindo.
— E você Joshua, quando vai apresentar para sua mãe e eu a sua namorada? — Papai envolve os braços em torno da Sam que retornou.
— Não, não, não — Josh abana a cabeça negativamente. — Você não vai virar a atenção para mim, é sobre John e Reese que estamos falando. — Olho incrédula para Josh.
— Bom dia — Craig diz e toda atenção é voltada a ele.
— Bom dia — respondemos.
— Esse é o John? — Papai pergunta.
— Não — respondo revirando os olhos.
— Ele é o Craig, namorado da Lory.
— E o outro cara?
— Que cara? — Papai indica com a cabeça e eu olho para trás, com passos tímidos Blake vem até nós.
— Bom dia — ele diz olhando diretamente para mim.
— O que diabos você faz aqui? — Josh levanta da cadeira pronto para o ataque.
— Josh! — Fico de frente para ele impedindo que faça algo.
— Você não pode simplesmente achar que eu vou deixar ele colocar os pés novamente aqui e não fazer nada. — Josh aponta o dedo na direção do Blake.
— Eu sei Josh, mas não vale a pena — digo fazendo contato visual com ele. — Blake já está de saída.
— Ele definitivamente não é o John — papai diz quebrando o silêncio que se fez presente por alguns segundos. — Vou querer saber do que tudo isso se trata?
— Sim!
— Não!
Josh afirma ao mesmo tempo que eu nego.
— Craig você pode ir até ao meu quarto, Lory está lá — digo e ele concorda com a cabeça. — E você vem comigo. — Aponto o dedo para Blake e ele me segue para fora do apartamento.
— Antes de você me dar uma bronca, posso apenas comentar sobre o quão magnífica a sua bunda está nessa calça de pijama? — ele diz sem nenhum pudor e eu reviro os olhos.
— O que você faz aqui? — Cruzo os braços indo direto ao assunto.
— Me desculpe, mas agora só consigo prestar atenção nos seus seios — diz olhando diretamente para eles.
Reviro os olhos mais uma vez e faço menção de voltar ao apartamento. Ele só pode estar de brincadeira.
— Espera, espera, não vá. — Blake fica em frente a porta. — Me perdoe, de verdade me perdoe, eu apenas não sei mais o que fazer. — Ele ergue os ombros e os baixa de seguida. — Não sei o que fazer para você me perdoar. Tivemos uma noite de amor incrível e aparentemente para você não teve importância.
— Foi apenas sexo, um deslize que não cometerei novamente.
— Não diga isso Reese, foi muito mais que sexo e você sabe disso. — Ele se aproxima um pouco mais. — Eu senti em cada toque, em cada beijo que foi muito mais. Eu amo você, mas não vou deixar que você resuma tudo o que tivemos em apenas sexo.
— Mas é o que é, sexo. — Dou dois passos para trás. — Não se iluda quanto à isso.
— Eu sei que não, não minta para você mesma, Reese.
— Olha, Blake...
— Sat — ele corrige e eu suspiro.
— Olha, Blake — dou ênfase no seu nome. — Não podemos mudar o que aconteceu, mas podemos escolher como prosseguir, eu escolho ficar bem longe de você...
— Não diga isso.
— E eu espero que de hoje em diante possamos agir como dois adultos, como duas pessoas que tiveram um passado juntos e que atualmente se respeitam.
— Eu quero você Reese, não aceito os seus termos.
— A questão não é se você aceita ou não, a escolha já foi feita. — Caminho até a porta. — Adeus Blake. — Coloco a mão na maçaneta e abro a porta. Antes de fechá-la atrás de mim escuto as últimas palavras dele.
— Você fez a sua escolha e eu fiz a minha, não vou desistir da gente, amor.