Capitulo 58

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Sat avança para minha direção e Craig o segura

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Sat avança para minha direção e Craig o segura.

— Não faça de mim um maldito vilão! — Sua mandíbula está contraída, seus olhos emanam fúria e suas veias da garganta estão bastante evidentes. — Eu disse que amava você e o que você fez? Disse logo em seguida que quem você ama de verdade é o maldito Joshua!

Arregalo os meus olhos marejados e cinco pares de olhos me encaram. Memórias daquela noite invadem a minha mente e eu fecho os olhos lembrando.

— Agora me fale sobre esse tal Sat.

— Bom, ele disse que me ama e eu apenas fiquei calada e olhando para ele — eu disse naquele dia para Riley.

— Então não é Joshua que você ama como eu sempre pensei, mas sim Sat? — Eu estava tão aérea, sorrindo com as recordações daquele dia e olhando para as unhas que as próximas palavras saíram sem que eu percebesse.

— Isso, amo Joshua e não Sat.

Abro os meus olhos lentamente, absorvendo todo o mal entendido.

— Reese? — Josh me chama com cautela e eu olho para ele, olho para todos que esperam algo de mim, esperam por uma resposta.

Dou alguns passos parando na frente de Sat, com os olhos marejados e bastante dor no coração.

— Se você tivesse esperado um minuto, se tivesse escutado o que eu disse a seguir talvez teria me poupado de meses de sofrimento. — Seu maxilar está contraído. — Eu disse a Riley logo em seguida que era você quem eu amava, eu apenas estava distraída pelas lembranças de quando estávamos juntos minutos atrás, que acabei confundido os nomes que ela disse.

Vejo seu rosto mudar a medida em que falo.

— Lembra do que você costumava dizer para mim? — Não espero que ele responda. — Para que as coisas funcionem é necessário o diálogo. — Sat fecha os olhos e vejo lágrimas saírem. — Se você tivesse entrando no quarto e me confrontado eu teria explicado tudo.

— Reese... — Ele tenta me pegar, mas eu dou um passo para trás.

— Agora dê o fora daqui e leve ela com você, não quero nunca mais ter que olhar para você. — Saio desse ambiente sobrecarregado e escuto ele chamar por mim, não volto para trás e ele não me persegue porque Josh não o deixa.

Sinto-me mais leve agora, sinto que fechei um capítulo que me assombrava e magoava, eu precisava falar tudo aquilo, precisava saber o que tinha acontecido. Saber que ele só agiu daquele jeito porque achou que eu amasse outra pessoa foi doloroso, mas também um alívio, pelo menos ele não me usou, ou quero acreditar que não.

Vou até ao quarto e levo lençóis novos e um travesseiro saindo de seguida, eu não vou dormir naquela cama.

Passo por eles que ainda estão no mesmo lugar, ele não se atreve a me tocar após ver o meu olhar feroz. Sigo até a sala e Josh vem comigo.

Em silêncio estendo os lençóis na poltrona inclinável para me deitar, quando termino estão todos parados na sala uns olhando para mim e outros tentando fingir que não.

— Você pode dormir no meu quarto e eu fico aqui – Josh propõe.

— Não quero incomodar você, vou ficar bem.

— Não será um incómodo. — Ele estende a mão para mim. — Vamos.

Seguro a sua mão esquerda e caminho com ele, paro bruscamente quando ele para e dá um soco em Sat que pega a todos desprevenidos.

— Você sabe onde fica a porta — Josh diz e continua andando como se não tive acabado de chocar a sua mão direita no maxilar do Sat.

— Eu vou com ela — escuto Lory dizer e depois os seus passos alcançam os meus. Ela segura a minha outra mão e entrelaça os nossos dedos.

Josh abre a porta do seu quarto dando passagem para mim e para Lory, ele retira o excesso de travesseiros e abre o cobertor para que eu deite.

— Descanse. — Beija o topo da minha cabeça e puxa o cobertor até ao meu pescoço.

Escuto a porta do apartamento abrir e fechar indicando que eles já saíram, respiro fundo e fecho os olhos. O outro lado da cama afunda e sinto braços ao meu redor, abro os olhos por breves segundos e vejo os braços da Lory, Josh apaga a luz e se vai.

— Obrigada por estar comigo — digo em um sussurro.

— Amigas são para isso. — Ela beija a minha bochecha e se aninha mais a mim.

Eu estava tão feliz mais cedo, não imaginei que minha noite terminaria em um desastre. Eu só quero fechar os olhos e esquecer tudo o que aconteceu, mas sei que as coisas não funcionam desse jeito. Vou reviver uma e outra vez o que aconteceu no meu quarto, as palavras, os gemidos e beijos vão me atormentar por mais alguns dias.

Respiro fundo e tento pensar em algo totalmente diferente, no meu pai, no trabalho, nos deveres da universidade, mas é tudo em vão, minha mente sempre volta ao mesmo lugar.

Não sei quanto tempo se passa, mas desisto de tentar dormir, Lory já pegou no sono, então retiro o seu braço cautelosamente e levanto da cama.

Vou até ao meu quarto pegar o laptop e o celular, em seguida vou até ao banheiro, acendo a luz, sento no tapete felpudo e ligo de seguida o laptop.

Faz um tempo que não escrevo nada então quando começo, os meus dedos deslizam pelos teclados com uma certa fúria. Todos os meus pensamentos e sentimentos são passados pela tela antes branca, sinto os olhos marejados, mas isso não impede que eu continue a escrever.

A tela do meu celular que está sob o tapete felpudo acende e o nome de Sat juntamente com sua foto aparece, assisto ele tocar até se juntar as outras vinte chamadas não atendidas. Eu até esqueci que ainda tinha o número gravado.

Ele não tem o direito de me ligar, não tem o direito de querer se explicar e muito menos tem o direito de me dirigir a palavra. Sendo assim Sat, Blake, seja lá o que for, é agora finalmente um capítulo acabado.

Pego o celular e vou até ao seu contato, após olhar por uns segundos pressiono para apagar o número. Continuo escrevendo no laptop assim como continuo ignorando as chamadas.

Escuto meu nome algures sendo chamado, mas não consigo identificar de quem seja. Está tudo escuro e sinto dor de cabeça, pressiono os olhos fechados e os abro de seguida, olho ao redor e dou-me conta que acabei dormindo no banheiro.

Já amanheceu e provavelmente Lory e Josh procuram por mim. Recolho o celular e o laptop no chão do banheiro e saio. Olho para o celular que tem mais de cinquenta ligações perdidas e depois para as horas.

Começo a entrar em pânico quando vejo que passam das nove da manhã, John D'Marco vai me demitir antes mesmo de me contratar.

Te Amar Como NinguémOnde histórias criam vida. Descubra agora