Reese Smith é uma jovem simples e acanhada que vive em seu mundo fechado tendo a sua vida se cruzado com a do Sat Avery, um belo chef de cozinha habilidoso.
A medida em que ela convive com Sat, seus pensamentos a conduzem até a lugares proibidos o...
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Sat me leva para casa, passamos todo o caminho até aqui calados. Estamos ainda dentro do carro, ele acaba de estacionar.
— Obrigada — digo retirando o cinto de segurança.
Olho para Sat que tem seus olhos sobre mim, ele aparenta estar cansado e instantaneamente ocorre-me a ideia de perguntar a ele se quer subir, mas descarto imediatamente percebendo que não faz sentido algum.
Pergunto-me o porquê de ele ter ido me levar na universidade, nós não conversamos todo o trajeto, se eu tivesse dado espaço talvez ele tivesse me dito.
— Quer subir? — Não sei como a questão saiu da minha boca, só me dei conta quando ele arqueou as sobrancelhas surpreso. — Ou não — digo de imediato já abrindo a porta do carro. — Obrigada pela carona.
Fecho a porta e escuto uma segunda porta ser fechada e de seguida o alarme do carro acionado.
— Quero sim — ele responde caminhando ao meu lado.
Cumprimento Zack, o porteiro que trabalha aqui desde bem antes de eu me mudar para cá, ele me cumprimenta de volta e olha para Sat surpreso porque eu nunca trouxe nenhum homem para cá. Bem, como eu traria se não tenho amigos homens e nem sequer um ex namorado?
Subimos o elevador em silêncio, ambos encostados no metal sem olhar um para o outro, quer dizer, eu o espiei algumas vezes antes de saírmos do mesmo.
Giro as chaves na porta e abro caminho para ele. Sat analisa o apartamento, toca em alguns objetos e para no meio da sala.
Fecho a porta e guardo minhas coisas no sofá marrom que tem sido meu companheiro desde que me mudei para cá. Passamos bons momentos juntos, mas acredito que se fosse uma pessoa o mesmo certamente reclamaria de mim, tenho abusado muito dele. Não, reclamaria mais da Lory pelos amassos que já protagonizou nele. Ontem mesmo flagrei ela e o Craig no pobre sofá.
— Senta. — Convido-o a sentar, porém ele não se move, apenas mantém o seu olhar em mim.
Percebi que ele tem o hábito de olhar sempre para mim quando estamos no mesmo ambiente. O que me deixa constrangida, por isso, caminho até a geladeira para beber um pouco de água.
Dou as costas a ele para não ter que o encarar enquanto bebo água.
— O que aconteceu hoje? — ele questiona.
— Não podia faltar as aulas, ent... — Tento justificar o porquê de não ter ido ao jantar, mas ele me interrompe.
— Não me refiro a isso. — Volto para perto dele que está agora sentado. — Por que você está triste?
Engulo em seco, não me apetece falar sobre isso.
— Não estou triste.
— Não minta para mim.
— Não é nada de mais — digo com o coração aos pulos. Estar perto dele me deixa ansiosa.
— Reese... — ele diz impaciente.
— Eu apenas... não quero falar sobre isso — falo num tom baixo e Sat abana a cabeça concordando.
Abraço o meu corpo devido a exaustão da minha mente, eu só quero ficar na minha cama e esquecer o quão inútil me sinto. Quer dizer, pelo menos agora, aqui com ele, me sinto um pouco bem.
Sento-me no sofá ao lado do Sat, porém há uma distância considerável. Cruzo os pés e coloco o travesseiro de decoração no meu colo.
Lá está ele, com o seu olhar sobre mim novamente. Fico imediatamente corada.
— O que foi? — questiono colocando a palma da mão na bochecha.
— Nada.
— Ok... — Cerro os olhos e ele sorri.
Ele tem um sorriso que me faz perder o ar, perco-me nos seus olhos estonteantes. Me dá vontade de percorrer os dedos por cada parte do seu rosto, de fazer carinho nele, mas me contenho.
Sat percorre seus dedos pelo sofá e em nenhum momento nossos olhares se desconectam, ele puxa o meu pé direito até seu colo e o massagea. Eu estava mesmo precisando.
Fecho os olhos me deleitando com suas mãos em contraste com o meu pé, tão hábeis, macias e cálidas ao mesmo tempo. Ele faz o mesmo com o outro pé, tirando todo o peso do dia.
— Se algum dia você quiser trocar de emprego, o de massagista deve estar no topo das opções — comento brincalhona.
— Anotado — ele diz finalizando a massagem.
Sinto um vazio nos pés, suas mãos não estão mais massageando-os. Estico os meus pés até suas mãos que estão no sofá e os movimento indicando o que quero.
— Oh, alguém é muito exigente — Sat diz rindo.
Sat arrasta-me repentinamente para mais perto dele, me pegando de surpresa. As minhas pernas estão em cima das dele, consigo sentir a sua respiração daqui de tão perto que estamos.
Ele passa a mão pelo meu cabelo, apreciando cada detalhe do meu rosto, algo no meu peito se aquece e as borboletas no meu estômago fazem um alvoroço. Ele traça com os dedos cada parte do meu rosto como se memorizasse cada detalhe.
Sat aproxima o seu rosto do meu, beija a minha testa por longos segundos, beija os meus olhos, um e depois outro, fazendo-me fechá-los por alguns segundos. Seus lábios descem para a ponta do meu nariz, e depois percorrem até o meu queixo. As minhas bochechas são também alvo dos seus beijos, tão delicados e sensuais me causando arrepios.
Ele encara meus lábios, neste momento a minha respiração está irregular e ele parece não estar abalado, pois sua respiração está normal que me dá inveja.
Anseio por seus lábios nos meus, ele aproxima mais um pouco eliminando a distância entre nós, entreabro os lábios em expetativa e quando percebo que ele não vai se mover mais, vou ao encontro dos seus lábios. Ele recua e sorri.
— Apressada — sussurra.
Ele torna a aproximar-se, mas dessa vez deixa um beijo demorado em meus lábios, não mais que isso.
Ele abre os braços colocando-me entre eles, eu apoio a cabeça diretamente no local onde bate o seu coração. E posso sentir claramente o quanto bate forte.
Sat me mantém em um abraço de urso.
— Vai ficar tudo bem — diz e beija a minha cabeça.
Ele me conforta, mesmo não sabendo o motivo da minha tristeza. E o que ele não sabe também, é que neste momento, com o seu abraço e as suas palavras me sinto melhor.
Meus olhos vão fechando a medida que ele afaga a minha cabeça. Não sei quanto tempo ficamos nesta posição e muito menos em que momento ele se vai, mas antes sinto ele me cobrir e deixar um beijo na minha cabeça.