Capitulo 56

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- Reese ia dar seu primeiro beijo nesse dia, o garoto era um vizinho nosso que tinha uma paixão secreta por ela

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- Reese ia dar seu primeiro beijo nesse dia, o garoto era um vizinho nosso que tinha uma paixão secreta por ela. - Josh conta e eu me afundo mais na poltrona querendo desaparecer. - Eu juro que vi o garoto passar a máquina de barbear no queixo sendo que mal tinha pelos púbicos. - Graceja arrancando risos de todos nós.

- Pára, Josh. - Digo batendo de leve o seu ombro.

- Ele tinha preparado tudo, desde um piquenique embaixo da árvore até ao local onde iam se beijar, a fonte localizada no fim da nossa rua. - Josh olha para mim sorrindo. - Tudo perfeito.

- Como não sou obrigada a passar por essa vergonha, eu vou me retirar - digo recolhendo o manuscrito que acabei deixando de lado.

- Não vá. - Josh me pára de imediato. - Ainda não cheguei na melhor parte.

Reviro os meus olhos ao mesmo que que risos ecoam pelo ambiente. Eu vou torcer o pescoço de alguém hoje e não será do Sat infelizmente.

- Estavam os dois em frente a essa fonte, eu e mais três adolescentes amigos nossos nos escondemos para observar. - Desvio o olhar do Josh e observo os convidados que estão bastante concentrados nessa história, excluindo Sat, que me olha atentamente.

Meus olhos vão até a sua mão pousada na coxa nua da Lilian, torno a olhar para ele e reviro os olhos de seguida.

- O garoto, Max, se aproximou da Reese para a beijar, entretanto nesse exato momento passou uma abelha. - Ele tenta segurar o riso, mas falha miseravelmente - E essa abelha acabou picando o lábio superior dela.

A sala inteira se acaba em risos.

- É tão embaraçoso - digo entre risos e com o rosto coberto com as mãos.

Me lembro perfeitamente desse dia, foi um completo caos, meu lábio ficou tão inchado que eu me recusei em ir para a escola durante duas semanas.

- Resumindo, não foi com Max que Reese deu o primeiro beijo - Josh diz olhando para mim e mais uma vez bato de leve o seu ombro empurrando-o para trás. - É daí que vem o apelido little bee.

- Cara, eu não acredito que esse apelido surgiu por uma picada de abelha, tinha tantas expetativas em torno dele - Lory diz fazendo cafuné em Craig.

- O que você esperava? - questiono a ela.

- Sei lá, um apelido carinhoso que Josh deu a você. - Ela sorri maliciosa, aparentemente Lory quer me jogar para todo mundo.

Primeiro John e agora Josh, amanhã vai me jogar para o porteiro do prédio que deu em cima de mim dias atrás. Ele é um pouco mais velho que eu, deve estar entre os trinta e trinta e cinco anos, nada contra!

- Mas acabou sendo um apelido carinhoso, não? - pergunta olhando para mim. - Apesar de você o odiar, ainda assim é carinhoso.

Coloco os braços em torno do seu pescoço abraçando-o de forma desajeitada e apoio minha cabeça na sua transmitindo todo o carinho que sinto por ele e Josh retribui.

- Acho que sim.

- Está começando o jogo - Josh diz se desvencilhando de mim, ele se apruma no lugar e eu reviro os olhos.

- Fui trocada por um jogo - digo baixinho, mas John ri indicando que escutou.

Alguns minutos se passam e eu estou entediada. Craig, John e Josh estão tão concentrados e comemoram cada cesto, quanto a Sat não me importo, parei de olhar para ele quando suas mãos deslizavam pelas pernas nuas de Lilian e subiam pouco a pouco.

Me levanto sem atrair olhares e vou a cozinha buscar alguma coisa para comer, no final das contas o sorvete não foi suficiente para saciar a minha fome.

Corto algumas fatias de bolo, faço café e me sento na bancada. Sorvo o primeiro gole quente do café e fecho os olhos de seguida saboreando-o. Escuto passos e a porta da geladeira ser aberta, abro os olhos e me deparo com o Craig.

Eu quero falar com ele, quero me desculpar por ter sido rude mesmo ele não tendo nada a ver com o que aconteceu.

Craig coloca água no copo e deixa a garrafa de lado bebendo de seguida o líquido, estou ansiosa agora duelando entre o falar e me manter calada. Faz tanto tempo que não nos falamos, tenho medo que ele me rejeite, que não me perdoe, e que a amizade que alguma vez tivemos evapore entre os meus dedos.

- Pode falar - Craig diz causando um susto em mim. - Eu sei que você quer me dizer algo, conheço você, Reese.

Dou um longo suspiro, pego a xícara de café com um pouco de força como se fosse minha válvula de escape.

- Me desculpa. - Ele tem os seu olhos nos meus, e eu os desvio de tão envergonhada que estou. - Me desculpe por ter agido daquela forma com você, sei que não justifica, mas eu estava passando por algumas coisas.

Minha garganta subitamente fica seca e a minha voz trémula, os meus dedos ficam brancos de tanto apertar a xícara.

- Eu não quero perder a sua amizade Craig, mas vou entender caso você dec...

- Está tudo bem Reese, eu perdoo você e não quero também perder a sua amizade. - Ele sorri e abre os braços para que eu o abrace.

É exatamente o que faço, abraço o Craig e ele corresponde, ambos sorrimos de tão felizes que estamos.

- Não aguentava mais ficar sem falar com você - Craig diz após nos desvencilharmos. - Queria tanto comentar com você sobre o livro que terminei de ler.

Nos minutos seguintes conversamos um pouco sobre tudo, não tocamos no nome de Sat, e ele teve que voltar para a sala, pois estava mortinho para ver o jogo .

Lavo a xícara e o pratinho que eu usei e volto para a sala, Lory está dormindo, tem a cabeça nas pernas do Craig que presta a atenção no jogo, John não está aqui talvez já tenha ido embora. Josh ocupa o lugar em que John estava mais cedo. Por fim Lilian e Sat, têm os olhos na televisão e as mãos um no outro.

Pego o manuscrito levando-o junto comigo ao quarto, coloco o meu pijama e me deito na cama. Durante dez minutos tento de tudo para dormir, ler o manuscrito, jogar algum jogo no celular e até contar carneirinhos, mas nada funcionou.

Como última tentativa deito do lado direito e fecho os olhos esperando que o sono venha e me derrube. Escuto passos e vozes baixas no corredor dos quartos e de seguida a porta do meu quarto é aberta.

- Temos que ser rápidos Blake, eles vão notar a nossa ausência. - A voz da Lilian se sobressai em sussurros.

Meu coração bate tão rápido quando percebo o que se está passando, com a luz da lua consigo ver através do espelho Sat prensar Lilian na parede e beijando-a com fervor.

Ele retira a blusa dela deixando seus seios completamente fora, ele os abocanha e desce até a barriga dela beijando sem nenhuma delicadeza.

- A cama - Lilian diz e ele a carrega até a minha cama.

A cama é de casal, eu costumo dormir do lado direito e sobra muito espaço do outro lado, sinto a cama afundar e fecho os olhos querendo que tudo isso pare. Fico paralisada, sem conseguir falar ou me mover, sinto minhas lágrimas silenciosas caírem pelo meu rosto.

Te Amar Como NinguémOnde histórias criam vida. Descubra agora