Capitulo 53

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— Não sei você mas eu estou morrendo de fome — Lory diz ainda abraçada a mim

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— Não sei você mas eu estou morrendo de fome — Lory diz ainda abraçada a mim.

— E eu morrendo de dor de cabeça — reclamo.

— Vou buscar remédio para você. — Ela faz menção de levantar, mas eu a impeço.

— Não precisa, vou primeiro tomar um banho, depois o café da manhã e por fim o remédio. Quase não comi nada ontem, meu estômago está vazio.

— Está bem. — Ela boceja. — Eu estou muito curiosa, então vou perguntar.

Lory diz olhando nos meus olhos e como resposta aceno a cabeça.

— O que aconteceu entre Sat e você, e por que você foi embora?

Levanto da cama e me sento, Lory faz o mesmo ficando de frente para mim e pegando na minha mão.

Conto para ela sobre aquele dia horrível e a cada detalhe que dou vejo sua expressão mudar, conto sobre os dias difíceis que a minha família estava passando devido ao acidente. Lory aperta minha mão me dando apoio de forma silenciosa, sua expressão facial é de tristeza e seus olhos brilham de tanto segurar as lágrimas.

— Me desculpe Reese, eu não imagino como você deve ter se sentido com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo. — Ela me abraça por alguns segundos e volta a sentar. — E eu estava aqui pensando o pior de você, no quão você foi uma completa babaca por ter ido embora e nem sequer ter se despedido.

— Não se culpe, não teria como você saber.

— Eu deveria ao menos ter ligado. — Ela enxuga as lágrimas. — Nossa, você passou por um inferno e eu não estive do seu lado. Estou me odiando agora.

— Não adianta se recriminar agora, eu também tive culpa. — Agora eu é que aperto suas mãos de forma leve. — Se eu não tivesse me afastado por causa do ciúme que sentia por você e Lilian estarem sempre juntas, talvez a gente não teria chegado a esse ponto.

— Por que você ficou com ciúmes? — Ela me censura. — Você sabe muito bem que é a minha melhor amiga e não trocaria por ninguém.

— Vocês duas andavam sempre grudadas, iam às festas, você ia para casa dela e dormia lá, praticamente se tornaram as melhores amigas.

— Você tem razão, me desculpa. Eu não achei que você fosse se sentir desse jeito, por isso, eu ia às festas com ela porque você não curte ir.

— Podemos esquecer tudo isso? O importante é que está tudo resolvido e a gente está bem.

— É. — Ela sorri e enxuga mais lágrimas. — Agora que isso está resolvido, eu vou matar o Sat, vou acabar com ele. Imbecil! — Agora sua expressão é de puro ódio. — Eu não acredito que ele foi capaz disso, Craig só me disse que vocês não estavam mais juntos.

— Quando Craig terminou com você, eu pensei que ele tivesse feito o mesmo que Sat fez comigo a você.

— Não! Claro que não, na verdade eu é que terminei com Craig. — Ela percebe a minha confusão e continua. — Eu terminei porque estava com medo do que sentia, as coisas estavam mudando. Eu não estava procurando um relacionamento, mas apenas diversão, e o fato de estar apaixonada por ele me aterrorizava.

— Entendo. — Sorrio para ela. — Eu fico feliz por vocês terem voltado e péssima por ter achado que Craig fez o mesmo com você.

— Não se sinta.

— Eu fui rude com ele ao telefone no outro dia, e agora não vou conseguir olhar mais para a cara dele.

— Ele vai entender, não se preocupe.

— Não fala nada para ele — digo olhando para as minhas mãos entrelaçadas às dela. — Não conta para o Craig sobre o que Sat fez, talvez Sat tenha contado ou não, mas eu não quero que ele olhe para mim e tenha essa visão de uma Reese totalmente humilhada.

— Como você quiser. — Lory suspira.

— Lilian e ele estão namorando? — pergunto sem a encarar.

— Eu não sei — diz sincera. — Eles ficam de vez em quando, mas eu não sei se estão namorando.

— Sat é mesmo o nome dele? Ou usou comigo para poder me levar para cama e depois sumir?

— Sat é a abreviatura do nome do meio, descobri faz pouco tempo também, através da Lilian, que o seu nome é Blake.

— Ok. — Assinto com a cabeça.

— E ele teve coragem de beijar a Lilian em frente de você ontem. — Posso imaginar a sua revolta neste momento.

— Isso depois de ter me chupado no banheiro e ter ido embora em meio ao ato. — Divago.

— Espera, o quê?

— Fui fraca, mas isso não vai acontecer novamente. — Sacudo a cabeça na tentativa de expulsar todo esse assunto em torno dele.

— Ok. — Ela não insiste no assunto. —Agora me fale sobre Joshua, vocês estão namorando?

— Não. — Sorrio me lembrando do quão presente ele tem sido para mim. — Josh foi um grande suporte para mim durante esse tempo todo, a gente se aproximou bastante e por incrível que pareça não temos vontade de nos matar a cada cinco minutos.

Lory também sorri.

— Ele me ofereceu um lugar para ficar quando voltamos da Carolina do Sul e eu aceitei. — Encolho os ombros. — A gente estava numa situação tão decadente que para mim o melhor seria me mudar.

— Sinto muito. — Seu sorriso desaparece.

— Não se desculpe, já está tudo bem — conforto-a. — Enfim, isso foi tudo o que aconteceu durante o último mês — afirmo. — Ah, não estou mais trabalhando na livraria.

— Sério? Onde você está agora?

— D'Marco Publishing. — Ela fica boquiaberta.

— D'Marco Publishing?! Aquela editora que você vivia falando? — pergunta entusiasmada.

— Sim!

— Oh, Reese! Estou muito feliz por você.

— Obrigada. Josh conseguiu uma entrevista para mim e John D'Marco me colocou para trabalhar como sua assistente temporária, vai depender do meu desempenho se fico definitivamente ou não.

— O emprego já é seu, você é ótima no que faz!

— Obrigada. — agradeço. — Agora vamos levantar que eu também estou morrendo de fome.

Eu vou primeiro tomar banho e depois a Lory vai, empresto a ela uma das minhas roupas e saímos juntas do quarto. Deparo-me com um banquete no café da manhã, Josh tem o meu avental vestido e está de costas no fogão fazendo panquecas.

— Bom dia — digo desconfiada.

— Já se levantaram? — pergunta retoricamente. — Bom dia.

— O que você está fazendo, Josh? — Me acomodo na cadeira e Lory faz o mesmo.

— O café da manhã. — Ele levanta a frigideira fazendo com que a panqueca gire no ar com maestria.

— Mas você não cozinha, Josh.

— Tenho usado o meu tempo livre para aprender, você mesma disse que se a gente vai morar junto tenho que aprender a cozinhar.

— É, eu disse.

Ele leva as panquecas a mesa e monta em três pratos colocando mel por cima. Ele distribui os pratos, e nos outros ele coloca ovos mexidos.

Corto as panquecas e levo a boca sob o olhar ansioso dele.

— Isso está muito bom — digo absorvendo o gosto delicioso e ele comemora.

— Concordo com a Reese — Lory diz mastigando.

Tomamos o café da manhã em harmonia, conversando e rindo de coisas aleatórias. É tão bom ter a Lory de volta, mas ter eles os dois juntos comigo é ainda melhor.

Te Amar Como NinguémOnde histórias criam vida. Descubra agora