As coisas entre Lory e eu tem andado estranhas, não temos mais as conversas longas e carinhosas como antes, convivemos como se fôssemos desconhecidas. Nossas conversas atuais são frias, aliás não sei se se pode considerar conversa, apenas nos cumprimentamos porque moramos no mesmo apartamento.
Eu pensei que ela fosse tomar alguma iniciativa falando sobre o término com Craig, mas ao que parece ela tem me evitado e bem, acho que tenho feito o mesmo.
Eu não sei demonstrar os meus sentimentos, e sinceramente por mais que essa situação me corroa por dentro eu não tenho coragem suficiente para tomar frente e colocar os pingos nos is.
Não sabia que era ciumenta até ao momento em que minha melhor amiga me cortou da sua vida e me trocou pela Lilian. Por outro lado, Lilian e eu conversamos na universidade normalmente, como se nada estivesse acontecendo. Ela não tem culpa de nada, então não vejo o porquê de ter que me afastar dela.
A campainha toca tirando-me dos meus devaneios, guardo o livro que está na mesma página desde que sentei para ler e vou abrir a porta.
— Oi —Sat diz esfregando uma mão na outra.
— Oi— Um sorriso genuíno se forma nos meus lábios — Entre. — Dou espaço para que ele entre e assim o faz.
Fecho a porta e Sat entrelaça as nossas mãos fazendo com que minha minha mão se torne minúscula perto da sua. Olho para o encaixe perfeito e as famosas borboletas clichês aparecem no meu estômago. Guio-o e juntos sentamos no sofá.
— O que você está fazendo? — Questiono sorrindo quando ele me carrega para o seu colo.
— Você está longe de mais. — Coloco os meus braços ao redor do seu pescoço e encaro-o por breves segundo até desviar o olhar envergonhada.
Com o indicador Sat ergue o meu queixo buscando os meus olhos que se encontram imediatamente com os dele.
— Estava com saudades de você. — Sat diz sem nenhum rastro de sorriso nos lábios.
— A gente se viu ontem.— Meu coração começa a disparar juntamente com a sensação de falta de ar, aperto um pouco mais os meus abraços a volta dele tentando não demonstrar os tremores nas mãos.
— Eu sei— Ele diz e eu mordo os lábios para travar o tremor neles— Quando você não está por perto eu sinto um vazio enorme, e as lembranças de você sorrindo, desviando o olhar, mordendo os lábios, principalmente de quando você fica tímida invadem os meus pensamentos e eu não consigo me concentrar em mais nada.
Sinto minhas bochechas arderem com o seu discurso, agora definitivamente não consigo olhar nos seus olhos.
— É sobre isso que estou falando. — Sat passa a mão nos meus lábios impedindo que eu os morda, segue até a minha bochecha fazendo carinho com o polegar, como se quisesse fazer o rubor desaparecer. — Eu quero beijar você.— Sussurra perto dos meus lábios me levando ao delírio.
— Sat. — Choramingo ofegante e com a voz sempre baixa.
— Eu vou beijar você.
Sat cumpre tanto com o seu desejo como o meu, une os seus lábios aos meus de forma lenta no início e vai gradativamente aumentando a proporção. Quando dou por mim estou deitada sob o sofá e ele está por cima sem a camisa, controlando-se para não colocar todo seu peso em mim, arrepiando-me com cada beijo no pescoço e no início do busto.
Sons tímidos saem por meus lábios fazendo com que Sat perca o seu controle, seu rugido em resposta atinge diretamente o meu ventre. Ele traça uma linha invisível por dentro da minha blusa até alcançar o meu seio, aperta o meu mamilo com o indicador e o polegar sem perder o contacto visual comigo.
Sat tira a minha blusa e olha para o meu corpo quase nu, automaticamente levo os meus braços até a altura dos seios para os cobrir.
— Não.— Ele pega os meus braços e os prende acima da minha cabeça— Não se esconda de mim. — Seus lábios sugam os meus mamilos sem misericórdia, e o que me leva a loucura são os seus olhos me encarando como se não estivesse me dando prazer com a boca. Ele desce a língua até ao meu umbigo rodeando-o, meus braços são libertados e com as pontas dos seus dedos ele passea pelo meu corpo.
Sat me ergue em seus braços de forma abruta nos levando ao meu quarto, coloco as minhas pernas em torno da sua cintura e em nenhum momento nossos lábios se separam. Minhas costas se encontram com o lençol macio da cama e me deito delicadamente sob o seu olhar predador, Sat passa a língua desde o meu umbigo percorrendo até aos meus lábios com fervor, meus dedos da mão enrolam-se no seu cabelo puxando-os com certa brutalidade devido aos espasmos que sinto.
Minhas unhas pequenas buscam alívio nas costas de Sat arranhando-o e percorrendo por aquela área macia.
— Sat — Balbucio quando sua boca beija o meu pescoço.
— Reese— Seus dedos brincam no cós da minha calça de algodão, como se quisesse tirá-la. — Eu vou... — Não o deixo terminar de falar, apenas concordo com a cabeça dando passagem livre para ele.
Olhando nos meus olhos Sat faz menção de tirar a minha calça mas eu coloco a minha mão sob a dele fazendo-o parar. Seu olhar confuso desaparece assim que percebe que eu mesma decido fazer isso, seu sorriso não é nada contido.
— Finalmente tomou a iniciativa, hum? — Seus dedos percorrem desde os meus joelhos, passando para as minhas coxas e quando ele finalmente chega aonde pretende vejo exatamente o momento em que fica pálido.
— Reese? — Diz ofegante.
— Sat? — Respondo também ofegante, com os lábios entreabertos.
— Você está sem calcinha?
— Sim? — Comprimo os lábios para não rir. — Não gosto muito de colocar.
— Como assim você não gosta muito de colocar? Com que frequência você não coloca?
— Quase sempre.
— Quase sempre? — Ele fecha os olhos e aperta a mandíbula. — Por acaso você estava sem calcinha ontem naquele vestido?
— Sim? — Respondo novamente como se estivesse questionando.
— Por Deus, você vai me matar Reese.
De forma súbita Sat me puxa para a beirada da cama arrancando um grito de mim, ele ajoelha no chão, me olha nos olhos e em câmera lenta leva os seus lábios a minha intimidade.
— Sat — Seu nome sai em um tom lamurioso.
Ele beija os meus grandes lábios, passa a língua e chupa o meu clitóris fazendo-me revirar os olhos, sinto espasmos no baixo ventre. Gemidos escapam pela minha boca encorajando Sat a continuar, ele faz de novo e de novo sugando toda a minha energia, deixando minhas pernas moles.
Os espasmos no meu baixo ventre se intensificam levando-me ao ápice, palavras desconexas saem pela minha boca em meio a gemidos. Sat com os dedos brinca com a minha intimidade e eu só quero que ele pare, mas não tenho forças para mandá-lo parar. Ele percebe pela minha expressão e mesmo assim continua, intensifica os movimentos com os dedos dando-me por fim um segundo e maravilhoso orgasmo. Estou totalmente lânguida, mal consigo abrir os olhos de tão pesados que estão.
Sat deita na cama do meu lado e me puxa para os seus braços, me aninho a ele esperando que o efeito do orgasmo passe.
— Tudo bem? — Ele questiona e eu apenas levanto o polegar. — Eu realmente derrotei você. — Se vangloria e eu dou um tapa na sua barriga.
Bocejo algumas vezes, quando estou prestes a me render ao sono sinto um lençol macio cobrindo o meu corpo nu.
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Te Amar Como Ninguém
RomanceReese Smith é uma jovem simples e acanhada que vive em seu mundo fechado tendo a sua vida se cruzado com a do Sat Avery, um belo chef de cozinha habilidoso. A medida em que ela convive com Sat, seus pensamentos a conduzem até a lugares proibidos o...