AMANDA
Cheguei tão cansada após um dia puxado cheio de reuniões da boate, eu realmente estou precisando de uma assistente, de um braço direito porque está puxado e eu quero sempre dar conta de tudo. Jantei por lá mesmo porque queria chegar, tomar um bom banho e ir direto pra cama, mas como sempre foi totalmente o contrário.
Entrei no banho e acabei abrindo o chuveiro fraco demais e deu um estouro caindo a chave completamente, saí enrolada na toalha e não consegui ligar novamente. Respirei fundo e abri um sorriso tentando conter as lágrimas, o cansaço havia tomado conta do meu corpo 98% e esses 2% que sobraram eu precisava ser forte e respirar fundo ou contar até 1000 se precisasse. Como não iria ter jeito mesmo me enrolei no roupão completamente nua por baixo e fui pra mansão, tinha a chave e total acesso e como não havia ninguém em casa poderia usar a banheira do quarto de hóspedes à vontade e assim eu fiz.
Acabei ficando mais tempo do que o programado, e foi um completo sacrifício sair da banheira mas consegui. Me enrolei na toalha e fui até o quarto do Gabriel, eu havia esquecido creme e perfume lá, peguei o creme da Victoria Secret's e ainda estava na validade, ótimo, deixei a toalha cair e comecei a passar o creme no meu corpo com o pensamento naquela poltrona de canto que a gente tanto usava e não me dei conta de quando Gabriel chegou.
O seu cheiro é tão incrível que invadiu o quarto antes mesmo dele, senti o meu rosto corar quando seus olhos percorreram pelo meu corpo nu, peguei a toalha me enrolando nela rapidamente e o sorrisinho que se formou em seus lábios eu conhecia muito bem. E ao ouvir da boca dele que já fazia 1 ano que não tocava em ninguém me fez suspirar e evitar qualquer tipo de pensamento, era inacreditável conhecendo Gabriel e sabendo o quanto ele era terrivelmente gostoso na cama.
Amanda: nossa -falei por fim, foi a única coisa que saiu da minha boca- é difícil de acreditar -o tom sarcástico em minha voz fez seus olhinhos reviraram e o sorriso ficou firme-
Gabriel: Você conseguiria me fazer gozar apenas com a respiração próxima do meu ouvido gata, vai por mim -levantei meus olhos ficando na altura do dele, enquanto Gabriel me olhava divertido-
Amanda: Não cria vergonha né? -falei enquanto ria baixo e ele concordou rindo, o mesmo estava encostado na porta com os braços cruzados-
Gabriel: Nenhum pouco e eu tenho certeza que se te encostasse agora você estaria pingando -arregalei os olhos, abri a boca e fechei 3x antes de responder e ele continuava sorrindo-
Amanda: Eu te odeio Gabriel -respirei fundo e ele continuava a me olhar, dei mais um passo esperando ele abrir caminho, o que foi em vão-
Gabriel: E eu te amo
Não respondi, eu não conseguia, eu não podia responder porque eu também o amo, tanto que chega doer, é um amor que dói e justamente por isso deveria ficar longe de mim. Dei mais alguns passos e estava tão próxima, o seu cheiro estava mais forte e nossos olhos se encontraram.
Gabriel: Fala que não me ama, que te deixo passar por essa porta e nunca mais te pertubo.
Amanda: Te odeio Gabriel, já disse.
Gabriel: É possível odiar e amar ao mesmo tempo -ele abriu um sorrisinho e engoli seco-
Sua mão tocou a minha e paralisei, seus dedos subiram pelo meu braço e meus olhos estavam presos na sua mão acompanhando cada movimento, ele me olhava com delicadeza e via o desejo em seu olhar.
Gabriel: Fala -ele falou baixo e sua voz soou rouca, eu estava na frente dele e agora apoiada na parede entre a porta-
Amanda: Eu... eu não posso -gaguejei e engoli seco, deitei a cabeça na parede e fechei meus olhos conforme seus dedos foram subindo, ele tocou o meu pescoço e minha respiração ficou pesada-
Gabriel:Essa é a resposta que eu queria -falou baixo, como eu amo essa voz rouca e só queria que ele continuasse bem no fundo eu queria- o arrepio na sua pele, você ainda está aqui.
Amanda: Merda Gabriel -resmunguei e quando abri os olhos ele estava sorrindo e não parou por aí, ainda segurava firme a toalha mas a fenda ao lado do meu corpo que dava acesso a minha coxa até minha cintura estava completamente exposta-
Gabriel: Eu sempre falei que suas toalhas são pequenas demais -ele ainda estava encostado na parede e tínhamos apenas alguns centímetros longe um do outro, sua mão tocou a minha coxa e eu estava tão arrepiada, era difícil de raciocinar-
Amanda: É... -eu só falei isso, minha boca secou completamente. fazia tanto tempo que eu não ficava em transe dessa forma, Igor não conseguia fazer nem a metade que Gabriel e merda, que merda de Igor-
Gabriel: No que está pensando gata? -seus dedos me tocavam de um jeito tão gostoso e ele já estava na parte interna da minha coxa- não consegue raciocinar né? Eu fico feliz em saber que ainda tenho esse efeito sobre você Antonelli -merda, sobrenome não-
Amanda: Porque isso Gabriel? -abri os olhos para encará-lo e ele já havia saído da parede e estava bem na minha frente, perto demais, muito perto-
Dessa vez ele que não respondeu, seus dedos encontraram o meu ponto fraco que nessa altura do campeonato me fez esquecer até o meu nome, e um gemido escapou da minha boca e eu mal percebi, estava nas nuvens com os toques de Gabriel, que saudades eu senti dele e que raiva por isso. Ele resmungou um palavrão e sua respiração estava próxima demais, quando dei por mim estava com os braços envolvidos em seu pescoço e nossos lábios se encontraram com uma química perfeita, ele não havia mudado nada, o seu beijo continuava gostoso e com o mesmo sabor de sempre.
Gabriel: Porra gata, que saudades dessa boca -ele se afastou um pouco para me olhar, uma mão estava entrelaçada com os meus cabelos enquanto a outra ainda estava brincando dentro de mim, afastei um pouco mais as pernas e ele abriu um sorriso- isso é um eu também estava?
Amanda: Cala a porra da boca e me beija antes que eu fuja daqui Gabriel -falei autoritária e ele mordeu os lábios com aquela cara de safado que eu amo.
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DENTRO DE VOCÊ | LIVRO 2 DA SÉRIE: EU DEPOIS DE VOCÊ
RomantikPara entender essa história leia EU DEPOIS DE VOCÊ! Amanda Antonelli saiu de casa aos 20 anos depois da sua mãe descobrir o que ela fazia todas as noites, quando falava que estava na faculdade. Sempre foi determinada, nunca abaixou a cabeça para n...