DENTRO DE VOCÊ | LIVRO 2 DA SÉRIE: EU DEPOIS DE VOCÊ

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GABRIEL

Estava tentando me manter longe da Amanda, longe no bom sentido. Hoje por exemplo vamos passar o dia inteiro juntos, meus pais vão até a cidade resolver algumas coisas me deixando sozinho com ela, Gustavo quase não conta porque ele nunca consegue descansar de fato, sempre tinha algo pendente para resolver ou ele passava o dia na piscina bebendo algo.

Não só o dia foi incrível como Amanda também é, ela é autêntica e me faz rir só de olhar pra mim, eu me sentia tão leve estando com ela e isso era tão nítido na minha cara. Passamos o dia todo na praia, tomamos sorvete, bebi whisky enquanto ela ficou no gin, tomamos banho de mar, fomos na casa só para almoçar e depois voltamos para a praia novamente e ficamos até o pôr do sol, ela estava envolvida entre as minhas pernas, minhas mãos envolvia o seu corpo e seus dedos deslizavam em minha pele, ela descia e subia suas unhas no meu braço enquanto observamos o pôr do sol.

Acordei cedo no outro dia com o Gustavo entrando no meu quarto e abrindo a cortina junto com a porta que dava acesso a praia, coloquei o travesseiro no meu rosto e ele tirou, resmunguei e peguei meu celular que marcava 7 horas da manhã.

Gabriel: porra Gustavo, 7h da manhã -olhei pra ele furioso e o mesmo estava com bermuda de malhar e tênis.

Gustavo: bora dar uma corrida.

Gabriel: ah namoral, eu vim aqui pra relaxar filho, férias você sabe o que é férias? -sentei na cama e ele continuou me olhando debochado e suspirou- tá, você sempre ganha né.

Me arrastei para fora da cama e coloquei uma bermuda e um tênis, enviei uma mensagem para Amanda se caso ela tivesse acordada e quisesse ir com a gente, mas foi em vão, sem respostas. Começamos a aquecer e não demorou para estarmos correndo, aprendi a gostar de academia com o Gustavo, desde cedo ele sempre foi muito focado e me levava para os treinos, quando entrou 100% para os negócios da família ele diminuiu o ritmo de treinos mas a corridinha era de lei.

Gabriel: eu sei que você não me tirou da cama cedo só pra ter a minha companhia -falei quando paramos na entrada da praia, bebi uma quantidade de água enquanto ele riu baixo e passou a mão entre os cabelos.

Gustavo: o que eu te falar aqui tem que morrer aqui -ele começou e assenti, sabia que tinha coisa aí- Igor tentou dar em cima da Amanda antes de ontem, na hora que desci para buscá-la -arqueei a sobrancelha e balancei a cabeça com um sorriso bem irritado no rosto- e acho que em breve ele tentará algo com ela.

Gabriel: só se ela deixar, mas ela não vai -falei com firmeza, Amanda não tem cara de que atira para todos os lados mesmo que Igor não canse de levar fora dele.

Gustavo: só estou te dizendo porque você sabe o que o pai acha dessas coisas, justamente por isso ele cortou qualquer tipo de relacionamento com as meninas da boate.

Gabriel: eu sei -cerrei o punho e respirei fundo, Gustavo continuava me olhando e balancei a cabeça negando- vou abrir o jogo, vou conversar com o pai e falar tudo.

Gustavo: não faça isso, ele vai querer afastar vocês dois Gabriel, você sabe o quanto ele honra o que fala -seu olhar era preocupado, de fato meu pai cumpre com o que fala sempre, minha mãe é mais relevante só que ele? nenhum pouco- antes de qualquer coisa seja cauteloso, sei que bem difícil manter as mãos longe dela mas pelo menos enquanto estiver todos aqui, não dê motivos e converse com ela sobre Igor -ele suspirou- você sabe como ele é, e eu te conheço bem sei o quanto é impulsivo.

Gabriel: não mete essa Gustavo.

Gustavo: não teima porra, estou falando pelo seu bem e eu já até imagino se o pai descobrir, vai achar que você foi..

Gabriel: fraco -respondi por ele e o mesmo balançou a cabeça negando.

Gustavo: irresponsável e passou por cima das únicas regras que temos aqui.

Voltamos para a mansão e fui tomar uma chuveirada, minha cabeça estava a mil com tudo isso. No fundo meu irmão tem razão, se meu pai sonhar que estou dormindo com a preferida dele acabou pra mim, ou pior pra ela.