GABRIEL
Eu nunca tinha visto a minha mãe tão nervosa e preocupada dessa forma, mesmo meu pai trabalhando tantos anos com isso foi a primeira vez que ela sentiu algo assim. Foi o tempo de jogar uma água no rosto, escovar os dentes e colocar uma roupa rápido e fui para o carro, Gustavo já estava lá tentando ligar para o meu pai mas o celular deu como desligado então ele ligou para o Roger, que é um dos poucos homens de confiança do meu pai.
IDL
R: Estou em contato com a empresa do telefone para eles rastrearem.
G: obrigado Roger, vou ligar para o Ernesto também.
R: Senhor Gustavo tem algo de errado, o Sr Bottini nunca recusou o meu serviço, tem algo estranho nisso.
G: Vamos resolver o mais rápido possível, vou te mandar a minha localização.
FDL
Gabriel: merda, o telefone do Ernesto cai direto na caixa postal.
Gustavo: não queria dizer mas estou preocupado com o que a mãe sentiu, e Ernesto não marcaria uma reunião tão cedo assim.
Gabriel: Roger mandou uma localização aqui, é uma chácara, vou colocar no GPS.
30 minutos depois chegamos, Gustavo nunca acelerou tanto na vida e tenho certeza de que tomamos todas as multas possíveis, mas isso era o de menos agora. Roger enviou uma mensagem dizendo que também estava no caminho junto com o pessoal preparado para tudo, não sabíamos o porque ele realmente estava nesse endereço. Quando Gustavo estava para parar o carro em um ponto estratégico, o celular tocou e era Ernesto.
IDL
E: onde vocês estão?
G: Você está com o meu pai? -perguntei ansioso-
E: Não, hackearam o meu número, invadiram e desde ontem fiquei sem acesso nenhum, ou seja eu não enviei nenhuma mensagem para o Marcos, a Mari ligou para a Yasmin e avisou, onde vocês estão?
G: merda!! merda, é uma emboscada tenho certeza -meu irmão falou batendo no volante e senti um frio na espinha- chegamos em uma chácara aqui, nunca vi na vida.
E: não entrem sem reforços, vocês estão sozinhos?
G: Roger está vindo pra cá com um armamento pesado.
E: estou indo para aí.
FDL
Gustavo e eu nos olhamos e assentimos com a cabeça, tirei a arma da cintura e ele se esticou para pegar a dele no porta-luvas do carro, respirei fundo e saí do carro. Independente do que estava acontecendo, não poderia deixar meu pai na mão de jeito nenhum.
O lugar estava completamente vazio e silencioso, eu e meu irmão estávamos completamente em alerta nisso meu pai deixou o nosso treinamento impecável, valeu a pena os esporros.
Ele ficou de um lado e eu do outro para cercarem a entrada, tudo vazio e sem nenhuma voz até ouvir alguém tossir e era o meu pai. Gustavo me olhou e acenou com a cabeça para dar cobertura pra ele e assim eu fiz, fiquei na posição e em alerta e ele abriu a porta que dava para uma sala completamente vazia e lá estava ele completamente amarrado em uma cadeira e completamente machucado.
Gabriel: PAI!!! -saí da posição assim que Gustavo entrou e nada aconteceu então corri em direção a ele-
Marcos: saiam, saiam daqui -ele falou com dificuldade, estava sangrando muito e o rosto completamente machucado-
Gustavo: vai ficar tudo bem, vamos te tirar daqui aguenta firme pai.
Desviei o olhar observando o local que estava sujo e com um cheiro horrível, o celular dele estava próximo dali todo destruído, peguei o mesmo e coloquei no bolso. Agachei na frente dele e seu olhar estava completamente triste.
Marcos: vão embora, ele vai voltar, vai embora.
Gabriel: quem pai? quem fez isso com você? me fala eu vou atrás desse filho da puta e vamos acabar com ele.
Gustavo: pai fica firme, a ajuda está vindo -ele falou enquanto desamarrou o meu pai e ele reclamando muito de dor- acho que quebraram a costela -meu irmão me olhou e balançou a cabeça- preciso que fique aqui com ele, vou trazer o carro até aqui e vamos embora.
Marcos: por favor -meu pai tentava falar mas sua voz estava falhando- cuidem da mãe de vocês -algumas lágrimas escaparam do seu rosto e balancei a cabeça em negação-
Gabriel: você que vai cuidar dela pai, você mesmo, não fala isso -encostei o dedo em seus lábios que estavam cortados e senti meus olhos marejados, engoli seco não queria chorar na frente dele e mostrar o quão fraco eu sou quando o assunto é a nossa família- vai logo Gustavo, trás o carro.
Gustavo: fica firme -ele tocou o ombro do meu pai-
Marcos: vocês são os meus maiores orgulhos -ele ergueu a cabeça e respirou fundo- nunca se esqueçam disso o quanto eu amo vocês e sinto orgulho -falou em seguida tossiu com dificuldade e sua mão estava completamente cheia de sangue- foi eu quem errei, nunca confie em ninguém a não ser em vocês mesmo.
Meu irmão saiu correndo de lá para buscar o carro enquanto eu estava no chão segurando meu pai em meus braços, envolvi seu corpo em meus braços e estava respirando fundo tentando ao máximo controlar a respiração e não chorar.
Gabriel: quem fez isso pai? me fala por favor -ele ficou em silêncio, balançou a cabeça levemente dizendo não-
Ele não tinha briga com ninguém a não ser o pessoal do Inferninho, eu iria cobrar, iria até o inferno de fato se fosse possível mas iria acabar com quem fez isso. Meus olhos estavam fixos na porta da entrada e quando Gustavo parou o carro eu levantei e abaixei o tronco para pegar o meu pai, o mesmo segurou firme em meus braços e conseguiu levantar, e ouvi Gustavo gritar bem alto.
Gustavo: ABAIXA!!
Meu pai mesmo daquele jeito conseguiu ser ainda mais rápido do que eu e jogou seu corpo por cima do meu quando os disparos começaram perfurando o seu corpo e Gustavo começou a retribuir os tiros e aumentou cada vez mais, vi Roger de raspão lá na entrada e meu corpo paralisou por alguns segundos e não estava conseguindo assimilar nada do que estava acontecendo de fato. Até que os disparos param e Gustavo vem correndo até onde estávamos, meu irmão estava com as duas mãos na cabeça e balançando a mesma negando. Abaixei a cabeça e meu pai estava sem vida nos meus braços, completamente machucado e pelo menos 4 balas em seu corpo.
*Aí gente, que péssimo foi escrever esse capítulo😌*
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DENTRO DE VOCÊ | LIVRO 2 DA SÉRIE: EU DEPOIS DE VOCÊ
RomancePara entender essa história leia EU DEPOIS DE VOCÊ! Amanda Antonelli saiu de casa aos 20 anos depois da sua mãe descobrir o que ela fazia todas as noites, quando falava que estava na faculdade. Sempre foi determinada, nunca abaixou a cabeça para n...