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MARATONA 5/5

GABRIEL

Eu estava fodido, era isso o que eu repetia diversas vezes ao dia para mim mesmo. Nunca imaginei que fosse tão difícil estar perto de alguém que quero tocar mas não posso, independente de qualquer coisa isso é proibido na boate e eu nem sei se meu pai vai me aceitar na organização.

Deixei que ele mostrasse tudo para Amanda e fui para a casa precisava descansar, estava acordado a 24 horas ou mais.

Quando entrei na mansão o cheiro de comida da minha mãe invadiu minhas narinas me fazendo sorrir, ela cozinha bem pra caralho e não é porque é minha mãe não, ela realmente sabe o que faz e mesmo com tanto dinheiro ela sempre evitou ter muitos empregados ou cozinheira até mesmo para ajudá-la, afinal cuidar de 3 homens não era fácil. Minha mãe largou o curso que fazia de enfermagem para cuidar de Gustavo, de mim e agora toma conta de tudo.

Mari: chegou cedo -falou com um sorriso no rosto e roubei um beijo no rosto fazendo ela rir.

Gabriel: na verdade não dormi ainda -peguei uma banana na fruteira e tirei a casca enquanto seus olhos me observava.

Mari: Seu pai ainda está te enrolando? -perguntou divertida e resmunguei com a boca cheia o que ela detestava- Gabriel, filho sério -falou irritada e ri.

Gabriel: não, seu marido não estava me enrolando, na verdade acho que acertei muito bem na escolha da mulher para pegar informações.

Mari: hmm, porque? -perguntou pensativa.

Minha mãe nunca teve problemas com ciúmes e meu pai nunca deu motivos, eles são o que eu digo de relacionamento espelho, 26 anos de casados com o meu pai nessa vida e nunca pensaram em se separar. Ele vive rodeado de mulheres mas como podem ver o respeito vem acima de tudo.

Gabriel: porque ela além de linda é esperta pra caramba -fui sincero até demais e minha mãe arqueou a sobrancelha com um sorriso de surpresa no rosto e balancei a cabeça- não, não é isso é que...

Mari: você gosta dela! -minha mãe afirmou com certeza e dei um tapinha na bancada da pia, essa é minha deixa.

Gabriel: preciso de um banho e cama dona Mariane, somente isso que você precisa saber -falei saindo rapidamente da cozinha.

Mariane: deixarei seu almoço no micro-ondas -gritou da cozinha e abri um sorriso, minha mãe é demais.

Tomei um banho rápido e caí na cama sem roupa mesmo e literalmente desmaiei, essa vida de trocar o dia pela noite já me consumiu e eu já estava totalmente acostumado chegar em casa com o sol dando bom dia, mas não durou muito tempo. 2 horas de sono e Gustavo invadiu meu quarto, ele sabia o quão puto eu ficava com essa falta de privacidade.

Gabriel: caralho Gustavo, você gosta de ver meu pau não é possível -resmunguei puxando o lençol e a gargalhada dele ecoou pelo quarto.

Gustavo: vamos almoçar, papai convocou uma reunião -pude ouvir os passos do seu Timbaland indo até a janela e abriu a mesma, o sol invadiu com força o meu quarto.

Gabriel: almoçar aonde? a mãe fez comida pra gente.

Gustavo: mas é aqui mesmo, anda te espero lá embaixo.

Ele saiu do meu quarto e sentei na cama, peguei meu celular na escrivaninha e havia uma mensagem dela, um sorriso se formou em meu rosto na mesma hora. Que porra é essa?

"Você está me devendo um tour pela boate, eu não esqueci".

Ri baixo e balancei a cabeça, passei a mão entre os cabelos e levantei indo em direção ao banheiro, essa mulher vai me deixar louco e eu já posso sentir. Fui para o andar de baixo e pude ouvir as vozes do meu pai e Gustavo rindo sobre algo que estava vindo da nossa sala de jantar. A casa é realmente uma mansão e nos mudamos já tem uns 10 anos, o condomínio fechado ajuda na segurança, ou seja o lugar é todo monitorado, meu pai de fato não brinca quando o assunto é: manter a família em segurança.

Marcos: acordou bela adormecida -meu pai falou em um tom divertido e fiz careta, todos riram e me sentei.

Gustavo: como quer entrar para a organização se você dorme pra caralho?

Gabriel: porra Gustavo, eu dormi 2 horas  -resmunguei e minha mão chamou a nossa atenção.

Mari: qual a parte do não quero palavrões nesta casa vocês ainda não entenderam? -falou daquele jeito delicado e sensato. A minha mãe é uma rainha literalmente, é como se ela fosse criada pela rainha Elizabeth, ao mesmo tempo que falava bem e era educada, ela não era nem um pouco fresca, ou chata.

Gustavo: foi mal mãe -meu irmão falou e deu um gole na sua taça de coca, não me segurei e ri- qual a graça?

Gabriel: quem é que bebe Coca-Cola em uma taça? você é muito afeminado mesmo Gustavo, meu Deus -meu pai riu e minha mãe revirou os olhos levantando da mesa.

Mari: já entendi que o assunto agora vai ser apenas dos homens da casa - falou enquanto afastava a cadeira e levantou.

Marcos: eu queria tanto uma menina amor -meu pai falou com os olhos marejados de tanto rir.

Mari: certo, seus filhos são iguaizinhos a você meu bem -ela falou com a voz serena e passou a mão pelos ombros largos do meu pai.

Não é por nada não, mas a nossa genética era boa pra caralho. Meu pai no auge dos seus 48 anos tinha um corpo definido e o cabelo começando a ficar grisalho era o toque final, um charme a mais. As meninas quando chegavam na boate se jogavam em seus pés, mas depois que via o quão profissional o meu pai é elas mudavam completamente de ideia.

Marcos: Gabriel, aquela Amanda é uma mina de ouro -meu pai foi direto e reto e engoli seco, realmente papai ela é uma mina de ouro você não tem noção do quanto, segurei o riso e balancei a cabeça concordando- passei a manhã conversando com ela sobre o Inferninho e realmente -ele suspirou- o lugar faz jus ao nome -balançou a cabeça e Gustavo estava com o olhar fixo em mim, arqueei a sobrancelha e ele balançou a cabeça afirmando, ele sabia de algo, merda.

Gabriel: e conseguimos informações o suficiente?

Marcos: posso dizer que você acertou na loteria filho, com as informações que temos vamos conseguir afastar o inferninho de qualquer negócio que envolva drogas ou armamento.. -ele me olhou e um sorriso orgulhoso se formou em sua boca- ou seja, parabéns você está dentro da organização e cuidará dessa parte das organizações dos produtos, entregas e enfim, Gustavo vai te explicar tudo.

Gabriel: porra pai -falei empolgado e abri um sorriso- obrigado pela confiança, não irei te decepcionar -disse confiante e ele sorriu balançando a cabeça.

Marcos: vou te passar só mais uma missão... -sabia que estava fácil demais, respirei fundo e continuei prestando atenção no meu pai- quero suas mãos longe de Amanda, está ouvindo Gabriel? -o tom de autoridade que eu conhecia bem, nem eu e nem Gustavo nunca fomos contra sobre qualquer coisa que meu pai falasse, pelo ao contrário.

Gabriel: claro, claro que não - disfarcei e Gustavo engoliu o riso, eu conhecia meu irmão- profissionalismo acima de qualquer coisa pai -falei ao lembrar da boca de Amanda na minha, e o jeito que seus seios estavam quase pulando naquele mini vestido e...

Marcos: preciso formalizar no papel e mandar sua assinatura para o cartório?

Gabriel: não, não -repeti e balancei a cabeça afirmando- você não irá se arrepender pai!

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Hey girls, gostaram da nossa
primeira maratona?

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