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AMANDA

Ele me faz rir como ninguém, na verdade em 20 anos eu nunca tive um encontro. E parando pra pensar a minha vida amorosa nunca foi muito boa, nunca me envolvi sério com ninguém e sempre evitei muito contato. Mas com Gabriel? Algo nele me atraía, me prendi. Pode ser a beleza, os músculos, sim, deveria ser pecado um homem desse andando por aí. O seu cheiro, o jeito que ele ri e sua voz quase sempre tão rouca e o jeito como me olha, pronto Amanda pergunta respondida.

Levantamos para ir embora e confesso que meu coração ficava partido de ter que me despedir de Gabriel, e aquilo em partes me incomodava. Ao mesmo tempo que ele me faz bem, eu sei que pode me fazer mal na mesma proporção ou mais, eu não tenho nenhuma estabilidade, estou juntando dinheiro para conseguir um AP e sei que não é fácil muito menos do dia pra noite.

Gabriel: está pensando no que? -ele falou quando paramos no Valet, seu dedo fazia círculos em meu braço e senti todo meu corpo se ascender, que efeito ele tem.

Amanda: eu gostei da nossa noite -falei baixo e ele virou o corpo ficando na minha frente na parte da rua me deixando em cima da calçada, suas duas mãos tocaram a minha cintura e tentei manter a postura, envolvi os braços em seu pescoço e ele abriu um sorriso.

Gabriel: levo jeito com encontros né? Pode falar -disse em um tom divertido me fazendo rir, ah Gabriel, você leva jeito com tantas coisas...

Amanda: ah claro, o restaurante perfeito -fiz uma pausa enquanto ele observava o meu rosto- já trouxe muitas aqui? -fiz uma careta e ele gargalhou, não tinha vergonha e nem se preocupava se alguém estaria nos observando.

Gabriel: não caiu nessa gata -ele continuou rindo e balançou a cabeça negando- mas não, esse é o meu restaurante preferido não queria estragar trazendo qualquer uma aqui -sua voz soou grave no final, quase rouca e ele estava tão perto de mim.

Amanda: certo -abri um sorriso, não disfarcei ele estava fodendo o meu psicológico e nessa altura do campeonato eu não estava nenhum pouco preocupada com isso.

Gabriel: ihhh e esse risinho aí, mandei bem né? -ele gargalhou outra vez me fazendo rir ainda mais e fui salva pelo seu carro que chegou.

Fomos o caminho inteiro sofrendo ouvindo Henrique e Juliano, ele conseguia ser mais viciado do que eu e já aprendeu a cantar as músicas novas que lançou semana passada. Enquanto eu ria tentando aprender a letra pelo meu celular, alguns momentos eu pegava ele me observando, coisa rápida, nada muito "psicopata" e um detalhe: ele nunca parava no farol a noite, então era difícil ter um tempo parado e nos olhando ou fazendo qualquer tipo de coisa.

Ele parou um pouco antes da boate e ajeitei a minha bolsa no meu ombro, observei enquanto ele se esticou até o som para abaixar o rádio e em seguida sua mão estava na minha perna completamente nua.

Gabriel: obrigado pela noite -ele falou enquanto se aproximava de mim, podia ouvir a sua respiração, mas tão perto. Encostei minha mão em seu rosto e ele puxou minha mão para os seus lábios na mesma hora e depositou alguns beijinhos e eu sorri.

Amanda: A gente se vê por aí -falei baixinho e dessa vez ele que sorriu.

Gabriel: vou ficar aqui de olho, pelo o que vi nas câmeras não tem ninguém para abrir a boca pro meu pai e..

Amanda: como é aquele ditado que você sempre diz.. -fiz uma cara de pensativa e um sorriso largo se formou em seus lábios.

Gabriel: tudo o que é proibido..

Amanda: é mais gostoso -falei encarando os seus lábios e ele me beijou, tão selvagem e quente que senti meu coração apertar por não ter o meu canto onde pudesse levá-lo, paramos o beijo com selinhos e recuperei o ar, eu realmente precisava ir.

Gabriel: me avisa quando estiver no seu quarto, de pijama ou sem -ele falou encostando a cabeça no banco, mas com os olhos vidrados em mim.

Amanda: ah claro, deixa comigo -falei balançando a cabeça e rindo, mandei um beijo no ar e saí do carro sem olhar pra trás.

Passei pelas meninas e cumprimentei as mesmas, tinha apenas 3 delas no palco ensaiando alguma coisa que não dei muita importância, só precisava do meu quarto, toda vez que eu estava com Gabriel fugia completamente da realidade da minha vida, mas quando eu voltava pra cá aquela sensação de vazio me acompanhava e isso doía.

Parei em frente ao espelho e tirei o vestido ficando só de calcinha e sutiã, era o meu vício da vida combinar lingerie e sempre gastava horrores com elas. Dobrei o vestido e guardei, coloquei uma música na minha caixinha e quando ia me jogar na cama 2 toque na porta fez o meu coração acelerar, era ele.

 Dobrei o vestido e guardei, coloquei uma música na minha caixinha e quando ia me jogar na cama 2 toque na porta fez o meu coração acelerar, era ele

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DENTRO DE VOCÊ | LIVRO 2 DA SÉRIE: EU DEPOIS DE VOCÊ Onde histórias criam vida. Descubra agora