Capítulo 37

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Jonathan trancou todas as portas. Na sala havia um sofá grande, e as coisas tinham ficado ali. O colchonete, ele jogou no chão. Era uma casa enorme, quase toda vazia, e os sons que fazíamos ecoavam por todos os lados. Algumas lâmpadas estavam acesas, a meu ver, desnecessariamente, mas Jonathan não quis que fossem apagadas. E nós dois no centro de tudo, loucos para romper aquela última barreira.

Se lá fora tinha esfriado, dentro o ar ainda estava quente. O ventilador de teto foi ligado, enchendo o ambiente com seu som contínuo.

Me sentei no sofá e Jonathan ficou na minha frente. Tirei a camisa e ele passou a me beijar de um jeito diferente. Ainda carinhoso, mas faminto, nervoso. Começou pela minha boca, se inclinando sobre mim, e foi descendo por meu pescoço, peito e barriga, puxando meus pelos com os lábios, deixando um rastro molhado e quente. Meu corpo inteiro se arrepiava, e ardia onde ele sugava.

Ele abriu minha bermuda e me olhou, safado. Sorria maliciosamente. Me abaixei para beijar sua boca. Segurei seu rosto para prolongar o beijo, depois puxei sua camisa. Então ele se concentrou na tarefa de me deixar nu, descendo minha bermuda e cueca. Brinquei com seus cabelos enquanto ele me provocava com a língua. Nossos olhos, quando se encontravam, revelavam prazer e cumplicidade. Palavras eram desnecessárias; às vezes eu ouvia meus próprios gemidos.

Deslizei as mãos pelos ombros de Jonathan me inclinando para trás cada vez que ele me engolia. Era como se ele estivesse me devorando. Ele deixou o melhor pro final, depois de beijar minhas pernas, coxas, panturrilhas.

O interrompi para beijar sua boca. Antes, ele terminou de se despir e veio sobre mim, nós dois nus. Apoiei a cabeça no encosto do sofá com o tronco esticado.

Com os joelhos apoiados no sofá, Jonathan ficou montado sobre mim. Ergui-o pela cintura sem dificuldades, firmando as mãos em sua pele suada, e puxei-o para cima do meu peito para engolir seu pau. Assim, finalmente o ouvi gemer. Com as mãos nos lados de sua bunda, eu controlava seus movimentos de ir e vir, fazendo como se ele fodesse a minha boca, o que o deixava maluco.

Ao mesmo tempo em que eu queria curtir cada detalhe, eu também queria matar aquela vontade que crescia. E Jonathan também tinha pressa. Sua respiração rápida e pesada e suas unhas em meus ombros sugeriam que ele não ia durar muito naquela posição. Quando parou de meter na minha boca aberta e babada, seu corpo escorregou até meu pau encostar em sua entrada. Nos insinuamos perigosamente, pele na pele.

O abracei me levantando e levando-o para o colchonete, no chão. Ele se deitou de braços e pernas abertas, arfando, ansioso. Sabíamos o que viria, pois meu corpo estava com fome. Cada célula minha tinha fome do corpo dele.

Comecei por seu peito. Eu amava aquele peito magro, delicado. Seus ombros, barriga, pescoço, seus braços com algumas tatuagens, segundo ele, sem sentido algum. Chegando ao seu pau, o engoli com a mesma fome, aproveitando para prepará-lo intimamente.

A resistência dele cedia com o avanço dos meus dedos. Me posicionei sobre seu corpo, depois de colocarmos o preservativo, ele me prendeu com as pernas. Uma lâmpada acima de nós era duplicada dentro de suas írises, e eu vi a dor fazer brotar gotas límpidas nos cantos de seus olhos. Beijei-o, mas ele não quis diminuir o ritmo. Me incentivou a continuar. Ele era todo meu.

Foi tão fácil com a comodidade do reconhecimento e o prazer da novidade. A gente era, ao mesmo tempo, estranhos e conhecidos. Havia ansiedade, saudade, mas havia também a experiência. Tão bom!

Colchonete, chão, sofá. Não tínhamos pressa. Por que não na cama? Assim, aproveitamos a escada. Peguei-o no último degrau, no alto, e levei-o para o quarto nos meus braços. Coloquei-o sobre a cama, de bruços, e me pus sobre ele abraçando seu tronco. Eu queria atingir o êxtase, mas não queria me separar dele.

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