Capítulo 24

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Pov Yunho

Nestas últimas semanas o Mingi tem estado a vigiar-me. Ele pensa que eu não sei, mas ele não é nada discreto, eu consigo vê-lo perfeitamente quando ele se esconde atrás de uma porta ou de uma parede, e houve até uma vez que ele se escondeu atrás da cortina, mesmo sendo ela transparente.

Não sei porquê que ele anda a seguir-me mas já que ele o está a fazer eu achei que também me podia divertir um bocado.

Como sei que ele me está a ver, eu comecei a fazer coisas ridículas como por exemplo pegar numa espátula de madeira e fingir que é um microfone enquanto canto de uma forma desafinada, ou começo a dançar como um doido de uma forma estúpida. Algumas das vezes o Wooyoung vê-me a dançar e junta-se a mim o que torna tudo mil vezes mais divertido.

O Wooyoung sabe o que o Mingi anda a fazer. Assim que percebi que o Mingi não estava perto, eu contei ao Woo que ele me andava a seguir. Ele achou estranho claro, quem não acharia? O Wooyoung disse-me para eu falar com o Mingi e tenho andado a pensar seriamente em fazê-lo, mas falta-me as palavras e a coragem.

Eu não tenho medo de nada, nunca tive. Mas recentemente venho a aperceber-me que o meu maior medo é desiludir o Mingi. Ele deve ter uma razão para me andar a vigiar. Não consigo deixar de pensar que se calhar eu fiz algo de errado.. esse pensamento não me sai da cabeça.

Mas eu sei que não posso ter medo sempre, então acho que hoje é o dia de falar com ele. Acho que mal não pode fazer..

Como o Wooyoung hoje não estava connosco e como percebi que o Mingi não estava no mesmo cômodo que eu, decidi ganhar coragem e ir em direção ao quarto dele, pois provavelmente ele deve estar lá agora.

Como é de manhã cedo, alguns ainda não acordaram, por isso os corredores estavam silenciosos e os quartos estavam com as portas fechadas.

Assim que cheguei ao quarto dele, bati à porta e como não obtive resposta eu abri a porta lentamente sem fazer barulho, dando depois de caras com um quarto completamente escuro. Liguei a lanterna do telemóvel e fui em direção à cama, vendo o Mingi a dormir tranquilamente.

Deitei-me devagar ao lado dele para não o acordar e depois olhei para ele durante um bocado. Sei que se calhar devia ter ido embora assim que vi que ele não estava acordado, mas não tive coragem de ir. Algo me puxa sempre até ele, faça eu o que fizer, como uma espécie de íman.

À uns tempos perguntei a mim mesmo se amava o Mingi, mas a verdade é que eu não sei bem se o amo ou não. Sempre senti algo por ele, mas não sei exatamente se é amor ou apenas uma atração física.

Sempre achei o Mingi lindo. Todos que têm olhos na cara conseguem ver que ele é lindo. A sua voz é tão poderosa e forte, que faz o meu corpo arrepiar-se todo sempre que a ouço. Mas a voz dele consegue ser ao mesmo tempo carinhosa e suave, fazendo-me sentir nas nuvens. Ele é alto, não tão alto quanto eu, mas é quase da mesma altura. E para ser honesto, eu amo o facto de o Mingi ser mais baixo do que eu, dá-me sempre aquela vontade de o envolver nos meus braços e de protegê-lo contra tudo e contra todos. Apesar de às vezes não parecer, o Mingi é muito frágil. Ele às vezes tenta parecer forte mas eu consigo sempre notar quando ele está bem e quando não está.

É engraçado. Eu passo tanto tempo perto dele que já conheço de trás para a frente o que significam todas as expressões faceais e todos os gestos que ele faz. É assustador pensar que eu conheço mais o Mingi do que a mim próprio, mas não vejo isso como algo mau. Eu admiro-o muito por isso sempre tive aquela necessidade de saber tudo sobre ele e estar sempre perto dele.

Há quem diga que é amor, mas eu não sei se é...

Pov Mingi

Assim que acordei, senti um certo peso no meu braço, por isso olhei para o lado e surpreendi-me quando vi o Yunho a dormir agarrado a ele.

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