➴ fifty three; victims of the past ➴

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[N\A]: hoje o capítulo tá babado. E de novo, pra cumprir o horário e por ter 15k de palavras, por favor compreendam se tiver algo errado porque até mais tarde vou revisar tudinho e já vai estar tudo ok sobre qualquer errinho. Gente, comentem muito! Boa leitura

[⛪️]

Cartas engavetadas de Park Jimin
(antigo caderninho):

[wattpad retirou sem motivos aparentes as imagens com as cartas do Jimin, mas em breve estarei colocando aqui de novo.
Só preciso achar esse DOC]

...

— Só pra deixar bem claro... Minha vida e minha saúde mental não tem sido a mesma desde desde que ele se foi. Não sei de fato o que é ter paz há onze anos, isso me mata todos os dias.

Foi o que a voz afetada do prefeito Jeon soou no ambiente, após um silêncio completo que de alguma forma parecia uma eternidade. Relembrar daquela noite, principalmente ter que cita-la detalhadamente para uma das pessoas que seu remorso mais corroía, era demais pra si. Tanto quanto ser assombrado pela culpa com o rosto de Park todos os dias da sua vida.

Em pensar que guardou isso por tantos e tantos anos, um segredo trancado a sete chaves dentro de si, simplesmente cuspido pra fora depois de um grande choque envolvendo o seu filho, e o filho do homem que tanto se culpa pela morte.

E nesse momento, Sunhee derramava lágrimas, mas sem uma expressão de tristeza... e sim de destruição. Era pesada a forma que ela não tirava o olhar traído de cima do prefeito da cidade, aquele olhar era pior que qualquer coisa que ele imaginou ser a reação da mulher. E olha que o homem teve tempo de sobra pra pensar na reação de várias pessoas ao redor.

Como se já não estivesse tenso o suficiente, seu corpo travou por inteiro ao ouvir um trinco de porta soar por toda aquela casa. Sim, um barulho que deveria ser tão baixo... tão sútil, mas que naquele momento, soou mais alto impossível na mente do prefeito de Busan.

Na mesma frequência, pôde ouvir lentamente o barulho de uma porta se abrindo. Aquele barulho se prolongou tanto, que parecia algo proposital de seu psicológico para lhe assustar, pra lhe ver nos nervos.

E quando teve coragem de levantar seu olhar do chão e direciona-lo para onde veio aqueles sons, engoliu a seco e se tensionou mais ainda ao observar Park Jimin se aproximando, com atitudes amedrontadas e um olhar tão destruído quanto de sua mãe. Mas não somente isso, logo atrás mas sem dar passos como o outro, estava seu filho parado na porta daquele quarto. O Jeon mais novo sequer tinha coragem de levantar o olhar naquele momento, com vergonha de tudo e assombrado com tudo o que escutou.

Naquele momento, não existia mais controle de emoções ou até mesmo atitudes previsíveis. Depois de tudo o que foi exposto essa noite, da verdade por trás da morte de Park vir à tona, cada um sentia da sua maneira. Cada um lidava com a realidade cruel da forma que mais doía pra si.

Tudo pareceu ficar mais frio, mais pesado, até mesmo sobrecarregado sob as costas de todos.

— P-prefeito Jeon. — a voz que balbuciou no ambiente, com um tom choroso que quebrou o coração de Jungkook de forma mais cruel possível, foi a de Jimin. — M-mãe... isso tudo o que foi dito... é v-verdade mesmo? — a voz tremeu, mas saiu. E apesar do tom frágil que tudo estava sendo questionado, Jimin nunca transpareceu olhos tão firmes na sua vida todinha.

Quem disse que prefeito Jeon conseguia falar algo naquele momento? Seus olhos derrotados apenas intercalaram por um momento entre Park Jimin e seu filho, que ainda tinha o rosto virado no canto do ambiente.

(I M) P U R E.Onde histórias criam vida. Descubra agora