➹ seven; why so innocent? ➹

132K 17.8K 48.1K
                                    



[⛪️]

Já fazia uma hora e meia que Jimin estava na casa dos Jeon fazendo seus serviços, e a ficha que não tinha perdido seu emprego estava começando a cair. Ele tentava dar seu melhor, – e pra sua felicidade – nenhum sinal de Jungkook para lhe perturbar.

Era um alívio, pois podia arrumar o quarto de hóspedes e fazer as coisas em paz. Sem Jungkook trazendo mais situações e questões para dentro do seu expediente. No fim, era somente sobre isso: dar seu melhor e ir para casa. Nada a mais.

Ainda não tinha encontrado Rosé, então pensou que provavelmente ela pediu pra chegar mais tarde hoje.

Assim que terminou um de seus serviços, andou pela casa procurando mais alguma coisa para fazer. Foi até a cozinheira perguntando se ela não gostaria de alguma ajuda, mas a senhora apenas sorriu simpática dizendo que já estava finalizando o que fazia.

Como a primeira dama não estava em casa para Jimin perguntar se ela queria alguma assistência, ele apenas deu os ombros e resolveu pegar seus livros na mochila. Caminhou até o jardim, e não resistiu em fitar com seu olhar curioso o jardineiro, Senhor Choi, plantando algo ali próximo.

Jimin apenas se sentou no chão – de pernas cruzadas – próximo ao homem.

Não demorou muito para o idoso lhe notar ali, mas ignorou à primeiro momento apenas continuando o seu afazer. Mas depois de um tempinho, o homem começou a se questionar mentalmente o porquê do garoto estar tão interessado na sua jardinagem.

- O que o senhor está plantando? — Jimin viu uma brecha para perguntar.

- Rosas, rosas vermelhas. Primeira dama ama. – o homem respondeu, matando a curiosidade do outro – Parece gostar bastante de rosas, não é garoto? De tanto que olha. — se encabulou, arqueando a sobrancelha.

- Hmm, na verdade eu não tenho boas lembranças sobre as rosas. Elas me lembram uma coisa bastante triste... – Jimin comenta, sem tirar seu olhar das ações do homem.

- Que coisa triste?

Jimin pensou por uns segundos se dizia, mas resolveu que sim. Não era do tipo que gostava de pesar o clima do nada, mas estava confortável para falar à respeito disso. E se ele, que viveu isso, estava bem sobre o assunto... Então não se tornava tão pesado, não é mesmo?

- O enterro do meu pai – finalmente diz, com naturalidade. Sr. Choi de repente muda sua expressão pra algo preocupado, e na hora se arrepende de ter feito aquela pergunta, mesmo se achando um idiota por não ter pensado em um enterro antes.

- Foi mal, garoto. Meus pêsames. – pediu meio sem jeito, e Jimin logo franziu o cenho.

- Você por acaso... está com pena de mim? – ele pergunta – É, eu acho que você está com pena de mim.

Era de se notar para quem lhe observasse um pouco, e Jimin admitia, que tinha um certo incômodo quando percebia alguém com pena de sua história de vida. Simplesmente não via o porquê, levando em conta que se considerava um garoto abençoado.

- Eu... eu apenas...

- Está tudo bem, não precisa. Eu realmente estou bem, não precisa ter pena – Jimin mostrou o seu melhor sorriso – Já faz bastante tempo. É a minha história, todo mundo tem a sua... Não é mesmo? — questionou, leve.

(I M) P U R E.Onde histórias criam vida. Descubra agora