ACORDANDO PARA VIDA
SAMUEL
Eu nunca dormi uma noite tão bem quanto essa. O corpo havia descansado de toda a loucura do dia anterior. Foi uma maratona de emoções e eu nem sabia enumerar qual foi a melhor, nem qual foi a parte pior que vivenciei. Quero repetir? Nem pensar! Quero aproveitar o momento e deixar a vida me guiar.
Com a claridade que adentrou o quarto, por entre aquelas cortinas, imaginei senão tinha sonhado tudo oque me aconteceu. Um sonho seria o mais provável. Um cara como eu não tem uma vida tão agitada assim. Na real, quem tem?
Mas, havia uma respiração pesada em minha nuca, quente e que me provocava arrepios pelo meu corpo. Tão gostosa quanto o calor que emanava do corpo encostado ao meu. Deixei-me ficar ainda mais aconchegado à ela, sentindo a maciez daquela pele junto a minha e peguei a sua mão que repousava em minha barriga para beijá-la delicadamente. Não sabia ao certo, quanto tempo já havia se passado.
Se ainda era sábado ou já era domingo. Depois daquele banho, onde ensaboei cada parte daquele corpo bem devagar e do sexo que repetimos sob a água morna do chuveiro. O tempo nem parecia ter mais importância. Estava preso à uma teia da qual não queria me libertar. Dane-se o mundo lá fora e os seus problemas! O calor dela me bastava. Seu cheiro. O seu aconchego junto a mim que trazia tanta paz...
Já tencionava fechar novamente os olhos e voltar a dormir, continuar sonhando em meio a toda essa luxúria e evitar de acordar e ter que voltar à realidade, quando muito longe, ouvi meu telefone tocar. Poderia ser só o despertador. Um enxerido qualquer. Eduardo...
A preguiça de levantar daquele abraço tão quente e gostoso, tão acolhedor, me permitiu fingir que não o escutava, até o som sumir do mesmo jeito que invadiu o quarto. Agradecido, cheguei mais perto dela como um gato manhoso, querendo passar o resto do dia ali naquela cama ao seu lado. Se eu pudesse, eu ronronaria como um para demonstrar o quanto estava feliz com a sua companhia. Soaria infantil? O gato Samuca, fazendo graça a uma mulher? Talvez, fosse isso que espantasse as garotas. Quem sabe, elas não tivessem o mesmo senso de humor que eu. Talvez, melhor mesmo fosse crescer! Ter atitudes de um amante. E o que um amante faria agora? Bom, eles eu não sei. Já eu...
Ela colocou uma perna sobre a minha prendendo-me mais ainda naquele enrosco de corpos ao qual estávamos naquela cama. Não precisávamos de muito. Só de estarmos ali, quietinhos, juntinhos...
E quando parecia que o sono iria nos dominar novamente, o telefone recomeçou a tocar insistente. Há meu pai! Quem diabos poderia ser? Por que eu nunca tenho paz na minha vida? Senhor! Quem sabe mais umas três horas de sucessego? Eu nunca te peço nada! Mentira. Tenho o solicitado muito ultimamente.
--- Você não vai atender?--- Keyla falou manhosa beijando as minhas costas. Pronto, se estava difícil levantar antes, agora...
--- Não tenho vontade... Já imagino quem seja...--- deixei um gemido escapar baixinho já deixando a excitação me despertar de vez.
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No Limite Da Adrenalina
RomanceKeyla era uma garota que vivia no limite da adrenalina. Correr com seu Mustang clandestinamente pelas ruas da cidade, mesmo pondo em risco sua vida e de outros, era seu maior prazer. Até em uma bela noite perder uma corrida e se tornar prêmio de um...