SAMUEL...
A
escuridão amanhã volta parecia um bom lugar para se refugiar senão fosse o olhar de Eduardo me encarando dentro dela. O vislumbre dele à minha frente assustava. O desprezo misturado a surpresa refletido naquele olhar sombrio, fazia a culpa torturar de formas cruéis e dolorosas na minha mente.
Tentava pedir desculpas. Mais ainda, implorar para que as aceitasse. Mesmo sabendo que era culpa dele me ameaçar e por vidas em risco. Tolice. Deveria ter um jeito das coisas não evoluírem como evoluíram para uma quase morte. Tentava explicar-lhe naquele silêncio e troca de olhares que não tinha intenção de machucá-lo daquela maneira. Mentira. Meu eu interior me condenava dizendo que sim, matá-lo era a melhor opção naquele instante. Mas, o moreno sorria em tom sarcástico e apontava algo em meio ao breu. Segui meu olhar na direção do que mostrava e nada via. Simplesmente sabia que ali camuflado, algo de muito importante para minha vida se escondia...
De sobressalto, sentie na cama. O suor escorrendo pela testa e a respiração irregular deletaram o pesadelo que havia acabado de ter. Dormir se tornou um constante viajar ao meu inferno pessoal. Um tormento. Não é fácil encarar seus medos e erros tão palpáveis como eram naquelas cenas. Ainda ouvia um choro estridente de um bebê ecoar na mente. Bebê?
Passei a mão pelo rosto tentando desanuviar toda essa confusão na minha cabeça. O que teria em comum choro de um bebê, Eduardo e escuridão? Embora agora o quarto estivesse mais claro pela luz solar que entrava pela fresta da cortina, não apagava as lembranças do que tentei ver quando Eduardo apontou na escuridão. Nenhuma imagem se concretizava. E tinha certeza que aquele mistério traria aquela enxaqueca de dúvidas para infernizar o meu dia.
— Você está bem? — Rebeca me encarou deitada ao meu lado com um olhar preocupado.
— O que você está fazendo aqui?— Passei as mão pelo cabelo e deixei o corpo cair para trás me ajejtando novamente aos travesseiros. Talvez fosse melhor passar o dia de cama.
— Sou sua noiva, lembra? — ela se aninhou em meu peito com um sorriso largo em seu rosto.
— Noiva. Não esposa! Não pode dormir comigo ainda!— deixei a mão direita repousar em seus cabelos. Estava cansado demais para começar o dia com uma nova briga.
— Foi o Roger. Ele disse que ...
— Fala sério, Rebeca! Não fica culpando os outros!
— Ele mandou. Não estou culpando ninguém!— protestou.
— Ok. Então, fica quietinha, certo?— deixei as palavras escaparem sem vontade. Precisava pensar nos próximos passos que decidiria minha vida.
— Você gosta dela? Tanto assim pra ficar de pirraça com seu irmão?— a garota era uma diabinha e fazia círculos com a unha no meu peito sobre a camisa do pijama.
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No Limite Da Adrenalina
RomansaKeyla era uma garota que vivia no limite da adrenalina. Correr com seu Mustang clandestinamente pelas ruas da cidade, mesmo pondo em risco sua vida e de outros, era seu maior prazer. Até em uma bela noite perder uma corrida e se tornar prêmio de um...