HORA DE PARTIR...
KEYLA
Enquanto catava umas peças de roupa em meio toda aquela bagunça espalhada pela minha casa. Samuel tentava achar alguma coisa que servisse de café da manhã para aplacar sua fome na cozinha. Parecia um sonho ter ele desfilando pela casa sem camisa, só com a calça jeans que marcava bem o seu bumbum que pedia por um belo beliscão e as pernas bem trabalhadas de academias, exibindo também aquelas sardinhas pitadinha em sua pele, deliciosas de serem beijadas em seus ombros largos. Um ruivo era novidade em minha vasta cartela de homens bonitos já conquistados. Queria jogar tudo para o alto, ir até onde ele estava, envolver sua cintura num abraço apertado e trazer ele de arrasto de novo pra minha cama. Mas, eu precisava sair o mais rápido que pudesse da cidade. Ficar o mais longe possível de Roger e do pai dele. E sexo...
Bom, sexo neste exato momento era uma sentença de ficar horas delongadas novamente naquela cama, naquele apartamento, naquela luxúria que nos consumia por inteiro. Preferi me contentar em apenas observar o movimento do seu peitoral e músculos braçais na árdua procura por comida...
Ele abriu todas as portas do armário à sua frente e com certeza, se arrependeu de ter aberto a da minha geladeira pela careta engraçada de nojo que fez quando o cheiro do interior dela invadiu suas narinas. Tudo o que tinha lá dentro, provavelmente deveria estar completamente estragado. E quando me aproximei para confirmar tal fato, o cheiro que exalava dos alimentos na prateleira, realmente era horroroso. Tapei o nariz e fiz a mesma careta enojada lhe dando um tapinha no ombro e aproveitando para rir da situação junto com ele. Aquele sorriso amplo que exibia em minha direção, era maravilhoso e contagiante. Mas...
Parecia que tinham escondido um cadáver ali dentro. Até me estiquei por de trás dele pra confirmar se os capangas de Roger, não haviam colocado a minha senhoria lá dentro. Foi um alívio total, saber que o cheiro era do presunto e do queijo esquecidos lá nas prateleiras. Ele fechou a porta dela com força, respirou um pouco de ar puro, girou nos calcanhares e me roubou um beijo. Depois, continuou a sua saga pela minha cozinha. A única coisa que encontrou por lá e talvez, poderia ainda estar consumível, era o pote de café solúvel que achou no armário aéreo. Ver ele se esticar para alcançar o pote me fez ter pensamentos incrivelmentes maldosos de como percorrer aquela cervical com minha boca. Porém, quando alcançou a lata e conseguiu abrir a tampa, o seu estômago deve ter revirado com o cheiro do café estragado que invadiu todo o ambiente.
---- Acabo de descobrir de onde vieram as bactérias que colocaram duzentas pessoas no hospital essa semana...--- ele sorria divertido com a piada enquanto jogava o pote do café na lixeira.--- Pelos céus, loura! Não tem nada para comer nessa casa? Parece que tem um defunto dentro da sua geladeira! Fantasmas nos seus armários! Nem baratas tem aqui! Credo! Você não come não? — posou as mãos nos quadris me observando voltar do quarto.
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No Limite Da Adrenalina
RomantizmKeyla era uma garota que vivia no limite da adrenalina. Correr com seu Mustang clandestinamente pelas ruas da cidade, mesmo pondo em risco sua vida e de outros, era seu maior prazer. Até em uma bela noite perder uma corrida e se tornar prêmio de um...