CAPÍTULO 12

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DESPEDIDA

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DESPEDIDA

SAMUEL

A voz doce da mulher no alto falante soou pelo saguão do aeroporto avisando sobre a partida do avião de Keyla. Havia chegado a hora de dizer adeus. Cada um voltaria a sua rotina e aos seus problemas rotineiros. Uma distância de mais de mil quilômetros nos separaria agora. Destruiria todos os meus sonhos que planejei ao lado dela. Fiz questão de proibir que anotasse meu número de telefone.

Estava decidido a esquecer aquela mulher. Ela foi bem clara no elevador quando falou que tudo não passou de uma aventura. Uma curtição. Que só me usou! E uma ligação dela poderia fazer um verdadeiro estrago em minha vida. Por que mesmo a ciência provando o contrário, não poderia negar, me apaixonei por ela à primeira vista. E tudo que vivi ao seu lado até momento, denunciava o quanto sofreria após sua partida. E sim, caralhos! Queria ser usado por ela o resto da minha vida! Foda-se meu orgulho! Acredito que se ela voltasse ao noivo e o perdoasse, me canditataria ao cargo de amante. E nesse momento, percebi o tamanho do fundo do poço que cai.

Vê-la como messalina, como disse Ayla ao telefone, trazia uma falsa sensação de que a despedida seria menos dolorosa brotar em meu peito que já denunciava sentir saudades suas. Ilusão. Queria aquela mensalina ao meu lado. Queria fugir com ela. Jogar tudo para o alto. Mas, não poderia.

Não iria esquecer tão fácil o gosto da boca dela na minha. A cara de safada que fazia enquanto transavamos e o seu cheiro doce de morango que impregnou-se em mim. Vou sentir saudades daquele cabelo louro me chicoteando, preso em minhas mãos enquanto a obrigava me encarar. As loucuras que ainda poderiamos fazer sobre uma cama, vão ficar agora só nos meus mais prosmícuos sonhos. E já via ela em outros braços, em outros lugares do mundo e eu aqui, morrendo de ciúmes por deixá-la escapar do meu abraço. Idiota! Estava como um cachorrinho babando por ela.

Tentava me enganar mentalizando um mantra pessoal que seria só mais um pé na bunda que levaria na vida. No meio de tantos, que diferença isso iria fazer? E já me via trancado no meu quarto afogando minhas lágrimas no travesseiro. Nada másculo eu diria. Mas, guardá-las por orgulho era arranjar um infarto cedo demais na minha vida por causa daquela dor que já sustentava em meu peito.

Talvez, minha mãe tivesse razão. Um casamento arranjado seria menos doloroso. Pelo menos, teria quem culpar se caso mihha vida se tornasse um verdadeiro inferno ao lado de quem quer que fosse essa Rebeca. Engoli em seco a dor, e estendi a mão com o envelope com as notas que saquei pra ela assim que levantou do seu lugar.

--- Foi o que eu consegui sacar...--- entreguei o equivalente a uns cinco mil reais em dinheiro para a loura em minha frente. --- Hoje é domingo, você sabe, é complicado usar os recursos bancários.

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora