Capítulo 36

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KEYLA

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KEYLA...

Parei diante ao sinal com o coração a mil. Não bastava ter passado meus últimos dias num verdadeiro inferno em vida, descobrir ainda o passado de Lince, tão tenebroso, roubava toda minha concentração. Precisava decidir o que fazer, tamborilava o dedos no volante aflita sem respostas para isso. Como agir diante de todas essas revelações? Assassina? A palavra não combinava com a garota ali ao meu lado.

Precisava urgente de um plano. Tinha medo por ela. Medo dela. Pelo ruivo. E até mesmo pelos outros membros da equipe. Querendo ou não. Era isso que eram. Uma equipe! E no seu dicionário, equipe era uma família! Louca e conturbada, mais uma equipe...

E agora, Lince revelou-se a ovelha negra dessa família. Ela estava extorquindo e matando aos poucos quem dizia ter amado um dia. E não tinha a menor demonstração de arrependimento por isso. Engoli a raiva que desceu como se estivesse envolta em arame farpado pela minha garganta e exalei o ar pesadamente. Tinha que pôr as ideias no lugar. Manter a lucidez e...

O breve soar ritmado da buzina ao meu lado fez o coração acelerar ao máximo. Conhecia aquele som como se fosse o próprio badalar do órgão em meu peito. Desviei o olhar para rua pelo vidro lateral e vi a doida da Lince erguer o corpo para fora do carro e fazer o pior gesto que poderia escolher no momento. Tentei gritar a impedindo. Mas, a voz calou-se dentro de mim em pânico. A filha da mãe erguia o dedo do meio na janela do carro em direção ao Camaro preto estacionado ao nosso lado e que pertencia ao mercenário mais perigoso que eu conhecia. Yuri.

A cena parecia se realizar em câmera lenta. E em segundos ela poderia ter posto o plano todo de resgate por água a baixo. Os lábios dela ainda proferindo um "vai se foder!" Haviam selado o destino de nós duas. Ela tinha medo disso? Com certeza aquela garota devia ter sacolejado ao ponto de deteriorar o cérebro naquele porta malas na noite do sequestro. Só pode!

Não havia uma explicação plausível para tamanha sandice! Pois essa atitude, nem de longe se parecia com a de um ser humano saudável. Senti a bile subir pela traqueia e pensei que nem conseguiria a conter. Puxei a garota de volta ao assento do banco e esperei o veredito. Por que sim. Teria uma resposta, ou melhor, uma sentença!

Gentil como o próprio diabo. Ele deixou o vidro deslizar até o seu limite, abaixou os óculos escuros monstrando a frieza daquelas esmeraldas que eram seus olhos e apontou a contagem decrescente em vermelho à sua frente na sinaleira.

Dez... nove... oito...

A arma apontada na nossa direção dizia tudo. Tivemos tempo para sumir do mapa. Porém, ainda estávamos no seu território.

5... 4... 3 ...

Voltei a atenção ao movimento à minha frente e apertei o volante com força, não dava simplesmente pra arrancar o carro e levar todo mundo de arrasto. fui soltando a embreagem devagar e precionando o acelerador. Os pneus do carro começaram a cantar no asfalto reprimidos pelo freio de mão que mantinha firmemente acionado. Precisava de impulso.

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora