Capítulo 24

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KEYLA

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KEYLA...

Depois de quase esfolar a pele de tanto esfregar a esponja para tirar o cheiro nojento de Roger do meu corpo, andei pelo quarto à procura de roupas mais decentes do que a camisola que usei momentos atrás. Achei um vestido preto justo, decotado e com sinais que foi abandonado por sua dona no roupeiro. Um número menor que o meu, que me fez ter uma certa dificuldade em fechar o zíper, o que reduziu e muito, a capacidade respirar corretamente. E tinha certeza, provavelmente era de alguma das amantes anteriores dele.

Vesti uma calcinha que achei guardada numa gaveta da cômoda. Aliás, era uma gaveta enorme e tudo que tinha ali dentro era lingerie e camisolas de marcas famosas e variados modelos. De momento, lembrei de quanto Roger gostava de lingerie e pensava que o fato de vestir tão bem suas garotas era o fato dele não poder usar as peças. Dei um risinho idiota e anotei mentalmente isso para lhe jogar na cara quando tivesse uma oportunidade.

Aquele vestido apertado que usava era a única vestimenta de mulher perdida pelo quarto. Não queria imaginar o que aconteceu com a dona dele. E em meu peito, o coração apertado dizia que teria o mesmo fim. Talvez, dali a umas horas, uns dias, semanas...

Segurei os cabelos com força e deixei um grito de ódio escapar enquanto andava sem rumo pelo quarto. Samuel tinha razão. Sustentar meu ego trouxe a ruína dos três. De que adiantou a vingança que teve sobre Japa? Não foi eu quem ganhou a corrida. Foi ele! Todos parabenizaram, ele! Mesmo que tenha guiado seus movimentos, se não tivesse habilidades, a única coisa que conseguiríamos, era nos matar naquele trajeto.

E para piorar a situação, agora ele tinha Lince em sua vida. E por mais louca que aquela garota fosse, ela mudaria seu comportamento completamente para ficar ao lado de um homem como Samuel.

Fui até o espelho do roupeiro e dei uma olhada na mulher hipócrita a minha frente. Ainda era bela, mesmo com os hematomas em evidência. Segundo Roger, meu sexo foi satisfatório. E talvez por ter agido como uma prostituta, conseguisse o seu perdão. Mas, o que seria de mim de agora em diante? Uma escrava? Um brinquedo? Ou só estava viva ainda porque ele queria castigar o ruivo? Que diabos Samuel tinha em mãos que tanto interessava ao pai dele? Não poderia ser só um casamento vantajoso. Existe um segredo maior escondido que desconheço. E qual seria?

- Você é a mulher mais burra que eu já conheci! - soquei o espelho várias vezes até que ele trincasse e mostrasse minha imagem distorcida. - Era só fugir....

As lágrimas escorriam molhando minha face. Era só isso que eu sabia fazer? Chorar? Tinha que tomar uma atitude! Em volta, haviam inúmeros objetos que poderiam se tornar armas letais contra aquele imbecil. Mas, sabia que não poderia revidar. Tem o ruivo enclausurado em algum lugar daquela fazenda. Tem uma vida em minhas mãos. E sei que assim que pôr os pés fora daquela porta sem Roger, ou mesmo com ele de refém, não vou longe. Não há razão para que me poupem. Não tenho utilidade nenhuma para o senador...

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora