Capítulo 43

9 3 0
                                    

Keyla

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Keyla...

  Eu acariciava lentamente o ventre diante ao espelho. A barriga ali exposta não denunciava a presença do feto. Mas,  já conseguia me imaginar dali a alguns meses com uma barriga enorme, os peito cheios de leite e a dor nas costas do peso do bebê. Lembro das borboletas revoando dentro do meu ventre como da outra vez. Os pezinhos chutando, as mãozinha socando, os enjoos...

Pensar essas coisas faz estômago revirar e querer colocar o que comi de volta pra fora. Pois elas trazem dor. Sofrimento e lembranças das quais vivo tentando apagar. Respirei fundo tentando evitar esse pensamento e voltar ao fruto da minha tempestuosidade que esta sendo gerado. Dessa vez vai ser diferente. Me ver ali, tão iluminada pela áurea que toda a grávida tem, era pôr um ponto final em vários pontos soltos da minha vida. Um filho, muda tudo. Sabia disso. Só não sabia se já estava pronta para toda essa mudança por esse ser tão pequenino.

Mudei a posição ficando de perfil ao espelho e continuava os carinhos sobre a barriga imaginando agora, o sexo do bebê. Uma menina tão travessa e sapeca como  fui? Ou um garoto tímido e todo nerd como o pai? Ruivo? Loura?

— Vai ficar com ele? — Lince se aproximou com uma garrafa de cerveja nas mãos. Ficar bêbada parecia ser uma boa ideia depois de tudo que andava acontecendo.

— É meu filho! Não um cachorrinho para que pergunte isso!— não me dei o trabalho de alterar a voz.

— Sabe que ele vai destruir esse corpo, não sabe?— a garota se apoiou no meu ombro e o seu hálito me deixou enojada.

— Eu faço dieta...— dei de ombros.

— Dieta não vai levantar os peito caídos, a você sabe "o quê" alargada para essa criaturinha passar, as estrias...

— Faço plástica!—  tirei o braço dela de cima do meu ombro e pedi que se afastasse com o olhar.

— Tem as noites mal dormidas, os cocôs, as vomitadas, o choro infernal...

— Quer morrer, Lince?— a voz rouca de Yuri a fez calar.— Filhos são uma benção! Ou pelo menos, no seu caso parece ser.— Ele entrou no quarto e  aproximou de mim   entregando uma nova garrafa com líquido cor de rosa dentro.

— O que é isso?— olhei aceitando desconfiada assim que escondi a barriga baixando a camiseta. Não é do perfil dele ajudar donzelas em perigo.

— Vitaminas, remédio para o enjoo, coisas que uma mamãe precisa para ter um bebê saudável.

— Não esqueça, Keyla! Saudáveis ele valem muito mais!

— Lince!—  tentei alertar  quem era o homem ali quarto.

— Mas, é verdade!— a embriaguez a fez sentar na cama, largar a garrafa ao seu lado  no móvel e se esparramar pela mesma .— Eles vendem bebês! Um ruivinho, então?!

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora