CAPÍTULO 13

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A FUGA

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A FUGA.

KEYLA

Pareceu uma eternidade abrirem-se aquelas portas. A lentidão congelava o meu sangue e roubava os resquícios  da coragem que havia sobrado em mim. O corpo dói em tantas parte que nem sei em qual doe mais. Era a primeira vez que encarava uma briga onde houvesse armas de fogo envolvidas e uma real intenção de morte. Tento manter a calma, a lucidez e presar por um pingo de sanidade que ainda me resta. Ver Samuel naquela posição me assustava. Ele não vai conseguir deter toda uma frota policial  e nós  vamos morrer! Tenho quase convicção disso.

Quase me jogo aos seus pés  implorando que baixe a arma, que desista dessa loucura e que nos entreguemos de bom grado. Porém, sei que vamos morrer de qualquer jeito! Ele de imediato pelo ato terrorista que cometeu no aeroporto e eu, logo que o senador colocar as mãos em mim. Então, volto a olhar o painel e ver os minutos finais que encerram a nossa aventura. Sinto o elevador parar junto com o meu coração. Prendo a respiração vendo as portas delicadamente se abrindo. Mas, quando finalmente elas mostraram o exterior do subsolo...

Somente um servente distraído com seu celular que se preparava para entrar no elevador nos foi mostrado. Nós respiramos aliviados, mesmo escutando a movimentação dos policiais vindo em em nossa direção. Saimos em disparada ao carro, praticamente atropelando o homem ali distraído que ainda proferiu um xingamento.

--- Desculpa aí, tio!--- Samuel ainda falou  sem se distrair do que estava por vir.

--- Parem! É uma ordem!-- um policial gritou se fazendo ouvir.--- Parem ou nós vamos atirar!

Samuel virou-se na direção deles e mesmo correndo de costas, deu alguns disparos na direção das vozes. Os policiais se esconderam atrás de pilastras e carros  promovendo o tempo necessário  para que pudéssemos entrar no carro. Samuel deve ter deduzido que comigo na direção, estava óbvio que teriam dificuldades em nos alcançar.

Coloquei a chave na ignição e a girei escutando o motro roncar. Esperava que ele estivesse certo quanto eu dar conta de fugir dali com nós dois a salvo.  Respirei fundo, engatei a marcha e repeti a façanha da marcha ré com o cavalo de pau do hospital. Logo fiz com que o carro rodopiasse em sua volta fazendo uma cortina com a fumaça dos pneus queimando borracha no piso de  asfalto. Assim ganhávamos tempo e os confundiamos em que carro estávamos ou mesmo conseguissem uma identificação pela placa.

Ouvi alguns tiros. Provavelmente para assustar. A polícia não tinha interesse em provocar danos materiais a terceiros com a impossibilidade absoluta de parar aquela caminhonete. Mas, eles fizeram que eu errasse a próxima marcha, meu coração congelasse por alguns segundos e que os nervos me deixassem a beira de um grito. Caralho! Pra quê atirar ali? Será que não percebem o perigo? Lógico que eu sou o perigo ali!

Não tive problemas nenhum com a cancela do estacionamento que voou em pedaços para todos os lados causando assombro aos que chegavam no momento. Confesso. Eu sempre quis fazer isso. Acelerei o que pude e assim que passamos por duas viaturas, Samuel posicionou-se com meio corpo fora da janela, mirou e atirou nos pneus de uma delas.

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora