Capítulo 40

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Ok

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Ok. Parei de judiar o Samuel...

Vamos a menina mimada então...

Não esqueçam de respirar meninas!

♥︎◆♥︎

KEYLA...

Apertei o botão da descarga vendo toda a imagem da indigestão da minha alma ir para o esgoto junto com as lágrimas que derramei no processo de regogitação. Limpei a boca com o dorso da mão e cuspi no vaso sanitário um tiquinho a mais do problema que pareço ter arranjado à infinita lista de problemas que já tenho. A respiração arfante, destaca o medo, a surpresa e principalmente a tristeza disso estar acontecendo nesse momento tão conturbado da minha vida.

Já passei por isso uma vez. Conheço os sintomas. E eles se fazem presentes já alguns dias. Ignorei por absoluto  pensando ser estafa do estresse que estou passando. Engoli a saliva com dificuldade pelo bolo de tristeza  que se formou na garganta. Precisava manter a calma. A lucidez era imprescindível nesse momento. Mas, eu gritei pra mim mesma...

— POR QUE, INFERNO?!?! SERÁ QUE NÃO CHEGA  DE ME TORTURAR UNIVERSO?!

Dei passos suficientes para me encostar na parede atrás de mim e deixar o corpo escorregar até o chão. Abracei as pernas assim que me sentei ao piso e as recolhi junto ao corpo escondendo o rosto nos joelhos tentando sufocar os soluços que pareciam fazer meu peito explodir. Chorar não adiantava. Não resolveria a situação. Mas, apaziguaguava  os hormônios bagunçados em tempestade dentro de mim.

Definitivamente, o universo me odiava. Poderia me perguntar o que fiz para tanto? Mas, sabia a resposta.  Tentei me recompor enxugando a camalhada de lágrimas incessantes do rosto. Era quase impossível contê-las. Dei uma fungada e senti aquela onda  nauseante me subir pela garganta novamente.

Quase em um pulo, Abracei a privada uma outra vez colocando talvez, literalmente,  os meus órgãos internos para fora. Agradeci um instante por meu cabelo estar tão curto. Pois do contrário, não conseguiria evitar que se misturassem a lambança que estava em minha frente. Escorei a testa na porcelana fria e ensaiei uma oração. As palavras eram embaralhadas, sem contexto, um suplício que só me fazia vomitar mais.

— Souza!— Dei a descarga mais uma vez e tentei pedir socorro. A situação tinha fugido do meu controle. — Souza! — gritei um pouco mais alto tentando ser ouvida.

Sabia que fechar a porta, não tinha sido uma boa ideia. Não queria testemunhas para minha vergonha, só que agora, a voz era abafada por ela e ele distraído na oficina, não pudesse me ouvir.

— Que droga! — soquei o vaso e tentei levantar.

As pernas estavam fracas. A tremedeira quase sem controle em meu corpo dificultava essa simples tarefa. Respirei fundo e obriguei meu corpo a obedecer o comando de se movimentar. Tive que me apoiar na pia para não cair de cara no chão novamente. Foi como correr uma maratona. E o cansaço excessivo me assustava.

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora