capítulo 42

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SAMUEL

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SAMUEL...

A cada dois minutos Roger olhava impaciente o relógio no pulso entediado  com a explicação detalhada da tese que Leonardo iria apresentar na audiência de defesa. A sua cara demonstrava não ter muito entusiasmo em defender o cara que tinha dormido com a sua noiva e trazido tantos problemas para sua vida. Por ele, uma bala acabaria com esse problema de vez. Um simples desligar de aparelhos ou a visita de um de seus capangas a mãe daquele verme que achou que tinha forças suficientes para extorquir algo deles. Mesmo assim, fingia interesse diante das palavras.

Ver Leonardo de novo tão próximo, me deixou desconfortável. Apertar a mão dele fingindo indiferença foi difícil. Sentir a corrente elétrica que aquele gesto banal fez percorrer em meu corpo, quase impossível disfarçar. Aquilo era uma sessão de tortura. Quase tão dolorida como à surra que apanhei dias atrás. Manter máscaras era mais difícil que pensava. E a vontade louca de chutar o balde e o trazer para um beijo estava me enlouquecendo.

Vez ou outra ele me provocava, trocava olhares sedutores comigo perguntando se tinha dúvidas sobre sua defesa. Eu respondia em seco que não.  Não poderia negar que os olhares dele em minha direção, provocava sensações dentro de mim que queria apagar definitivamente. Leonardo, não serve pra mim. Repetia isso como um mantra tentando convencer meu coração que ficar com ele só iria me machucar. Além do mais... Aquilo era um jogo perigoso. E ficava feliz por Roger ser desligado ao ponto de não perceber isso.

A boca dele falando calmamente despertava desejos e atiçava meu corpo me fazendo se remexer  desconfortável na cadeira tentando disfarçar o fogo que me  consumia por dentro. Estava na cara que não iria ser tão fácil quanto pensei me livrar do sentia ainda por ele. Pois o meu desejo ali, era ouvir aquelas palavras bem próximas ao meu ouvido. Sentir a pele arrepiar de novo com o seu toque. A boca quente e macia dele na minha...

E a loura? Algo me perguntava interiormente. Sim. Eu queria a boca dela tecendo beijos no meu pescoço enquanto beijava a dele. Queria sentir as mãos de ambos passeando em meu corpo em sincronia arracando suspiros de tesão. O gosto deles mesclado nos meus beijos. E aquele calor que ambos  provocavam por igual me incendiando...

— Samuel?!— a voz de Roger me despertou para a dura realidade. — Você está bem?— o olhar  desconfiado dele me fez endireitar a postura e voltar a concentração na conversa.  Como se isso fosse possível.

— Sim. Eu estou bem. Só cansado.— Não era mentira. As pessoas levam tempo para recuperar-se de traumas como sofri nos últimos meses. Eu não tive esse tempo. As feridas literalmente estavam ainda abertas e espizanhadas volta e meia por alguém.

— Bom... Continuando...

Pelo oque Leonardo falava, estava bem encrencado. O vídeo que gravaram de mim chegando com Eduardo no hospital viralizou nas redes sociais.  Dividia opiniões e causava debates acalorados entres expectadores que me acusavam de bandido e outros de salvador.  Não houve como banir as imagens das mídias como foram feitas com  as do aeroporto. E elas foram um tsunami que deu armas poderosas à mãe do moreno.

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora