Capítulo 38

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EDUARDO...

A cada passo silencioso que dava em direção aquela casa, me questionava internamente se estava fazendo a coisa certa. Tinha um receio corroendo a alma a cada metro que aquele portão se aproximava. E ele parecia dizer que desse a volta e deixasse tudo pra trás.

Deixar pra trás? Cuspi no chão enojado daquela loura que me fez trair Samuel e ainda tem o tupete de me ameaçar. Ela o sequestrou, roubou meu carro, fez o maldito noivo dela espancá-lo e ainda quer me culpar por tudo que está acontecendo? Me poupe!

Mesmo assim, sabia que a mágoa não seria apagada com aquela atitude insana que estava tendo movida pelo ódio e o sentimento de vingança. Nem a humilhação. Samuel não era mais meu. Isto já era visto. Por mais que isso fosse doido de assumir. Isso era um fato. Então...

Por que tomar essa atitude ridícula por qual optei? Meu coração agitado quase implorava que tivesse juízo, já que nada do que pretendia fazer apaziguaria a minha situação com o ruivo. Só complicaria mais as coisas entre nós.

Mas, a lembrança do sorriso de Leonardo cheio de deboche mostrando as marcas dos momentos de paixão dele e Samuel sobre seu corpo povoando constantemente minha mente, despertaram um instinto vingativo que não pensei ter. E ele clamava que fizesse algo por minha honra. Honra? Revirei os olhos pensando que eu só consegui um beijo! Porra meu! Um beijo! E aquele idiota do playboy todo tupetudo... Conseguiu uma transa...

A minha honra, já tinha deixado de preservá-la desde que conheci aquele ruivo. Ele era um tormento em minha vida. Povoava meus pensamentos, me deixava louco de desejo por aquela boca, me enlouquecia com aquele sorriso e o seu perfume... Me tirava a paz. No momento, tirou até meu emprego e a vida "normal" e chata que tinha. Mas precisava dele, precisava ver ele nem que fosse a última vez...

Sei que depois disso, nem a possibilidade de amizade sobrevivesse. Mas, ele tinha que saber, que não foi ideia sua entregá-lo ao irmão. Que não tinha ficado com o dinheiro e que nem cogitaram o proteger depois de tudo o que fez por eles. Simplesmente me esnobaram quando não tive mais serventia.

Respirei profundamente diante do interfone. Dei uma boa olhada em volta vendo se não tinha sido seguido. Foi quase uma missão impossível sair daquela casa sem ser visto. Levei o dedo sobre a tecla do número 34 e deixei em suspenso por alguns segundos. A incerteza me torturava de modo cruel. Depois de pressionar aquele botão, não teria mais volta. Era como puxar o gatilho de uma arma contra mim mesmo.

- Seja o que Deus quiser... - bufei e apertei. Aguardei a voz perguntar quem era e o que queria.

O que eu queria? Um ruivo de olhos azuis que me desse o mínimo de atenção. Queria um romance. De beijos na boca e cama quente. Queria aqueles chupões pelo corpo. Minha nossa, queria nem que fosse só dormir ao seu lado. Queria que ele não se machucasse com quem estava se envolvendo. Queria um socorro...

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora