capítulo-18

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KEYLA...

Não sei oque doe mais em mim. Os golpes que levei em meu corpo daquela maluca, ou ver ela levando o meu ruivo embora. No peito o coração se aperta de uma forma como nunca antes tinha feito e por um momento, movida pela raiva, repito o gesto obceno em direção aquele dois...

- Parece que hoje, você perdeu gata! Muito mais que dinheiro! - Julius veio até onde estava, apertou os meus ombros em consolo.

- Eu vou matar aquela vaca! - apertei forte as mãos em punho junto ao meu corpo.

- Talvez, seja melhor assim... O destino sabe o que faz...

O destino é um palhaço que gosta de fazer humor negro com conosco. Nesse momento deve estar sentado em seu trono dando risadas das travessuras que fez comigo. Tento conter as minhas lágrimas, mas elas rompem como uma represa. Me deixo cair ao chão de joelhos e sento nos meus calcanhares soltando um grito desesperado de ódio ao universo. Será que nada na minha vida nunca dá certo?

- Vamos embora... - Matias estende a mão ao meu lado. Mas, recuso aceitar. Prefiro socar o chão em fúria por ter sido burra. - Keyla, deixa de fazer drama! Ergue essa cabeça e vamos embora!

Bastou olhar a minha volta pra entender o que ele queria dizer. As pessoas que ainda estavam ali, se divertiam com a minha derrota. Principalmente, Japa. Tudo deu errado! Não consegui minha vingança. Somente fiz papel de idiota! O ruivo tinha razão. A minha impulsividade é que fazia as ciladas ao qual eu sempre caia. Enguli o choro que entalou na garganta e levantei devagar. Fui em direção ao carro e voltei para a oficina...

Duda despertava devagar no sofá quando cheguei. Estava zonzo, confuso e completamente desnorteado. Sentou no sofá segurando a cabeça e tentou esboçar um sorriso.

- Onde eu estou? - a voz era fraca. Peguei duas cervejas na geladeira e estendi uma para ele.

- Num inferno! - respondi me sentando em sua frente em outra poltrona.

- O Sam? Onde ele está? - ele bebeu a cerveja como se ela fosse água e eu fiquei preocupada se poderia mesmo ter entregado álcool para ele beber depois de todo o sedativo que Samuel aplicou nele.

- Na cama, com uma cobra que eu criei...

- Como assim?- ele olhava ao redor tentando se ambientar, até pousar os olhos em seu carro.- Meu carro! O que fizeram com ele!

- Calma garoto, Matias vai deixar ele novinho em folha!- pisquei maldosa o vendo pular do sofá e ir em direção a ele com as mãos na cabeça.

- Vocês destruíram ele! - apontava o lado que Samuel bateu no carro do Japa.

- Eu já disse... Matias vai dar um jeito nele!- olhei a oficina vazia. Ela até parecia uma casa de tão acolhedora. - O quanto você gosta dele?

- O que aconteceu com o meu carro?- Eduardo ficou na minha frente irritado apontando o dedo de forma furiosa no meu rosto.

- Eu já disse...

- Onde está o Samuel? - gritou e eu perdi a paciência.

- O Samuel? Ele bateu o seu carro num racha! - levantei de rompante e o empurrei o fazendo sentar no sofá onde estava antes. - E ganhou! Acredita nisso? - ele deu uma gargalhada. - Sério, garoto! Aquele seu namoradinho de merda, deu um show na pista!

- Por favor, moça... Eu já vi ele dirigir... O Sam? - as gargalhadas aumentaram tanto que ele segurou a barriga enquanto as soltava. - Sério? - seu semblante mudou diante minha cara de ódio. - E onde ele está?

- Comemorando com a vaca que perdeu...- peguei mais duas cervejas, entreguei uma e fiz um resumo da nossa noite infernal.

- Uau! - Eduardo se ajeitou no estofado. E agora poderia admirar o quanto aquele filho da puta era bonito.

No Limite Da AdrenalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora