Corte de Adagas e Sombras - Fanfic Azriel

VI

- Você reconheceria seu parceiro na sua forma humana? – perguntou Rhys para Arin.

- Não, humanos não tem magia suficiente para sentir a parceria. – respondeu Arin.

- Você acha que Logan poderia ser seu parceiro?

- Não sei, talvez. Mas não saberíamos agora, não comigo na forma humana. E não posso me transformar em feérica agora, então não saberemos tão cedo. -
Rhys estava calado hoje, pensativo. Seu semblante perturbado.

- Soube que a humana de Tamlim chegou e Amarantha realmente negociou a quebra da maldição com ela. Três tarefas, realmente parece que tem algo por trás disso, não serão apenas tarefas Rhys! Ela vai se divertir à custas do sofrimento da garota.

- Eu sei! – Rhys fechou os punhos com força e trincou o maxilar.

- Não sei se ela vai sobreviver. Amarantha vai ser cruel.

- Eu sei. – ele falou entredentes.

- O que vamos fazer? Eu posso tentar ajudar ela de alguma forma? Você pode me contar ou isso é contra o acordo que você fez? – Arin tentava achar uma alternativa.

- Não posso. Mas pedi para minhas espiãs de dentro da corte não tirarem os olhos dela. Estou sem ninguém agora trabalhando comigo. – ele sentou com o rosto entre as mãos.

- Como elas vão ficar com a humana? Imaginei que ninguém teria acesso à ela.

- E ninguém tem. Nuala e Cerridwen são meio espectros, conseguem ficar escondidas vigiando a fêmea e atravessam pelas paredes.

- Eu fico com os trabalhos delas. – disse a fêmea decidida. – O que eu tenho que fazer?

- Céus, isso está virando uma bola de neve.

- Sorte a nossa que existem guerras de bola de neve, aí a gente pode arremessar nossos problemas para os outros. - a garota o fez lembrar novamente de casa, da guerra de bolo de neve com os irmãos. Ele agradeceria à ela um dia por deixar momentos como esse mais leves.

- Não é muita coisa. Quando precisar de algo eu te aviso. Mas por enquanto passe despercebida por aí, e Princesa - ele assegurou que ela estava prestando atenção - Não chame atenção de ninguém, é mais seguro assim. – ele se importava com a segurança da fêmea que considerava uma irmã nesse lugar. Ele sabia que só sobreviveria se ficassem unidos. Ele, a garota e Logan viraram uma equipe em que um podia contar com o outro.

- Isso eu faço desde que cheguei aqui Grão Senhor. – Arin deu uma piscadela para o macho e ele revirou os olhos.

- Vinho? – ele perguntou, precisava distrair a mente da humana que agora estava presa na cela esperando sua primeira tarefa no palácio.

- Achei que não ia oferecer. Logan deve estar vindo já, espero não estar muito bêbada quando ele chegar. – disse a jovem pegando taças no armário.

Sentada no tapete de Rhys, em frente a lareira ela encheu a própria taça e do amigo, agora aquecidos e em um silêncio confortável.

- Acha que ela consegue? - Arin perguntava sobre a humana. - quebrar a maldição.

- Ela vai ter mais chances decifrando o enigma.

- Mas e sobre as tarefas?

- Eu espero que sobreviva. Não suporto outro inocente sofrendo para a diversão dela. E é nossa última chance.

.....

- O que é essa tatuagem na sua mão Rhys? – Logan perguntou.

- Fiz um acordo com a humana alguns dias atrás. Vocês viram a prova dela? – Rhys fechou a cara, o rosto emanando fúria, seu corpo todo estava tenso. – Foi brutal. Se eu não fizesse nada ela morreria. Deixaram-na numa cela suja Logan, ela não come e não bebe nada há dias, ela tá ferida porra! – Rhys elevou a voz e fechou os punhos.