XVI

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Os dias se passaram. Eles seguiram os planos sem alteração. De noite voavam ou andavam e de dia descansavam escondidos em alguma caverna ou qualquer outro lugar que achassem seguro o suficiente. Passavam as noites conversando. Arin falava tanto que tinha contado quase tudo sobre a Ordem dos Assassinos e das noites com Rhysand. Sempre deixando de fora as piores partes do treinamento, como perdeu Logan e o bebê e seu tempo com Kylorn. Tudo o que era considerado leve em sua vida, Azriel sabia.

- Vamos não sei nada sobre você até agora. Você sabe tudo da minha vida. - Arin resmungou.

- Eu sei tudo porque você não parou de falar. Só aconteceu de eu estar por perto, porque você podia muito bem estar falando sozinha.

- Eu estava falando sozinha aparentemente. - Arin parou e revirou os olhos. Quando Azriel a empurrou para o lado rapidamente com mãos firmes em seus ombros.

- Obrigada por isso, mas vou fazer esses cretinos pagarem por tentar acertar uma flecha nas minhas costas.

- Se você falasse mais baixo, talvez não tivessem visto a gente. - ele sussurrou segurando os pulsos da fêmea que estava se virando para as árvores atrás deles.

- A culpa é sua que não me escuta, aí eu tenho que falar mais alto pra você me ouvir! - Arin estava sussurrando agressivamente.

- Estamos em uma missão, não aprendeu que tem que falar mais baixo?

- Não me manda falar mais baixo. - ela aumentou o sussurro.

Azriel esfregava o cenho com a ponta dos dedos.

- Filhos de uma... - Arin quis sair de trás da árvore decidida a bater em alguns machos folgados.

- Você não vai até lá antes da gente saber quantos são.

Arin bufou.
Azriel enviou suas sombras para vasculharem ao redor deles. Encontraram um rastro apenas, não deviam ser mais que dois e cheiravam levemente à galhos secos.

- Acho que já foram embora, minhas sombras não encontraram ninguém.

- Maricas. - Arin guardava a adaga que Konrath lhe dera no coldre.

Estavam saindo de trás da árvore quando sete machos atravessaram e os rodearam, cada um portando uma arma diferente.

- O que disse humana? - Azriel ia matar ela quando saíssem daqui.

- Ora, achei que iam fugir e perder uma noite divertida. - Arin provocou.
Estrategicamente era bom deixar seu oponente burro de raiva.

- E perder uma noite com você querida? Só precisamos nos livrar do macho antes, mas acho que não será nenhum problema para sete de nós.

- Toquem nela e eu esfolo cada um de vocês vivo. - Azriel rosnou.

- Se eu fosse você também ia querer manter um tesouro desses guardados, illyriano. Podemos guardar pra você depois que você morrer. - o líder do bando falava. Todos agora encaravam Arin com um olhar predador, como se a garota fosse a janta.

Eles avançaram. Quatro rodeavam Azriel e três cercavam Arin. Azriel sacou a Reveladora da Verdade do coldre com uma mão e uma adaga menor na outra. Ele viu de canto de olho que Arin também tinha duas adagas. Mandou as sombras protegerem a garota, e recrutou mais algumas para si mesmo.
Os machos não tinham disciplina ao atacar e foi relativamente fácil, notou que Arin lidou muito bem com os três machos agora caídos no chão. Ela pegou uma flecha para cada homem e enfiou no ombro de todos.

- Pronto? - ela perguntou para ele. Já se virando e andando em frente. Ele checou cada centímetro do corpo dela de costas e não parecia ter um arranhão. Eram todos feéricos e ela mesmo humana saiu sem um arranhão, impressionante.

Corte de Adagas e Sombras - Fanfic AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora