XI

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Azriel estava feliz por Rhysand, seu irmão tinha conseguido uma parceira. Ele merecia depois de ter sacrificado 50 anos de sua vida para manter todos seguros. Ele sabia que Rhysand era forte suficiente para lidar com Amarantha, mas usou seu poder para esconder Velaris do mapa e apagar ela da mente de todos. Cassian estava apaixonado por uma Nestha relutante em aceitar sentimentos. Eles treinavam Nestha e as sacerdotisas de manhã. Era bom fazer o bem para alguém, além de só machucar as pessoas. Rhysand já estava com a mulher dos sonhos dele, e Cassian estava lutando pela própria felicidade. Azriel não tinha nada. Ele só queria alguém para amar. Sentia falta de uma companhia, alguém para se abrir, ter um lar.

Azriel se preparavam para sair em uma missão.  Iria fazer uma viagem de algumas semanas para a Corte Estival se encontrar com informantes que mantiveram os olhos em Hybern depois da Guerra. Ele levava alguns mantimentos, ervas, antídotos, e poucas peças de roupa e alguns couros illyrianos. Envolveu sua bolsa em sombras. Avisou Nuala e Cerridwen para que ficassem de olho na casa do rio enquanto ele estava fora. Já havia acertado os detalhes da missão com Rhysand, que estava mais interessado que o normal nas missões que envolviam Hybern. O Mestre-espião entendia o motivo. Há boatos que o rei de Hybern tinha um sobrinho, que herdeu seu trono e era ainda mais sanguinário que o tio. Como Grão Senhor ele seria imprudente se não se preocupasse com isso.

Azriel não atravessaria até a Estival. Ele iria atravessando aos poucos, investigando a situação de Corte por Corte até o sul. O pós Guerra era um período delicado, e muitas Cortes estavam se ajustando às outras depois de décadas sem contato.
Azriel não chegou a sair dos territórios da Noturna quando suas sombras detectaram uma presença. Ele não conseguia sentir mais do que isso. Suas sombras lhe avisaram de onde a presença vinha.

A pessoa era bem treinada, pois conseguir esconder todos os traços de que estava ali, e se não fosse por suas sombras, nem mesmo ele saberia da presença. Ele se envolveu de sombras e seguiu, na direção que elas mandaram.

Ele viu a fêmea, uma humana se espreitando em cima dos galhos de uma árvore. Mesmo humana, era a fêmea mais linda que Azriel já vira na vida. Seus cabelos castanhos acobreados presos em uma trança frouxa, fios rebeldes voando com o vento. A pele pálida e macia brilhava mesmo na sombra. O couro que usava marcava todas as curvas de seu corpo com perfeição. Ela olhava atenta a tudo ao seu redor. A respiração altamente controlada, a postura rígida. Mesmo para uma humana, seu método de espionagem era impecável. Mas estava em sua corte.
Tinha que descartar a possibilidade de ser uma enviada das Rainhas humanas, espionando a Corte Noturna.
Não sabia dizer há quanto tempo a fêmea passou pelas barreiras que ele organizou ou pelos feitiços de localização que não dispararam. Ela já descobriu algo? É a primeira vez que ela está aqui? Ela já conseguiu passar as informações que veio buscar? Ela já se reportou alguma vez para seu superior? Ele teria que interrogar a fêmea. Era uma pena ter que interrogar e matar uma fêmea tão linda. Mas era uma espiã na sua Corte. Não tinha escolha.

Ainda das sombras, Azriel lançou uma adaga em direção ao ombro da fêmea. Não iria matar, mas facilitaria sua captura. Ela percebeu o movimento e quase desviou a tempo, batendo sua própria adaga contra a de Azriel. O movimento não foi suficiente e atingiu a fêmea no braço. Um corte grande se abriu ali, rasgando o couro. Sangue escorria dela e ela não parecia se importar quando em um único movimento ela arremessou duas adagas em direção ao Mestre-espião, distraindo-o enquanto ela descia da árvore. Ele correu até ela com a Reveladora da Verdade firme à mão. A fêmea segurava mais duas adagas. De onde ela tira tanta adaga? O macho pensou.

 De onde ela tira tanta adaga? O macho pensou

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Corte de Adagas e Sombras - Fanfic AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora