XXXVII

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Rhys tinha recolhido um veneno novo na fronteira por onde os invasores entraram. Tinha dado para Madja identificar e tentar achar um antídoto para isso. Tinha enviado cartas avisando aos demais Grão Senhores sobre o veneno e recebeu duas cartas de volta que confirmaram resquícios da mesma substancia em suas fronteiras. Mas mais ninguém tinha sido invadido, e eles não foram atacados com quantidade suficiente para massacrar uma cidade. Era como se quisessem apenas espionar a realidade por trás do véu.

Ele tinha compartilhado suas desconfianças com seu círculo íntimo. Chegaram à conclusão que ninguém sairia mais sozinho da Corte Noturna.

Rhys e Feyre aprovaram a missão de Arin. Como Grão Senhores a última palavra sobre missões eram as deles. Azriel tinha um fundo de esperança que Rhys e Feyre negassem, mas todos confiavam nas habilidades de Arin. Ela mais que provou que merecia o título de Princesa dos Assassinos.

Ficou combinado que tentariam quebrar o acordo de Arin depois da missão, já que ela precisaria ser humana para não disparar os alarmes nos feitiços. Azriel não estava empolgado com nem um e nem outro, queria ver a parceira livre daquele doente, mas e se isso custasse a vida dela? Ela era metade humana, e se isso influenciasse sua força féerica? As dúvidas estavam tirando o sono do macho nas últimas noites. Com sorte Arin acordava e o ajudava com sua agitação.

Na noite antes de saírem em missão, Arin tinha dado um colar pra ele, com uma pequena câmara pendurada. Seria apenas um pingente negro para quem olhasse, mas Arin pediu que ele o aproximasse dos olhos e espiasse contra a luz. Lá estava uma lente que aumentava a imagem ao fundo, uma pintura dele, uma que não teria com Feyre desenhar, foi da manhã que firmaram a parceira, ele estava contra a luz observando-a quando ela acordou. Foi um dos momentos mais felizes da vida dele, quando percebeu que finalmente podia acordar ao lado da parceira para o resto da vida.

- Eu pedi para Feyre pintar para mim, mas ela disse que são memórias preciosas e que eu deveria fazê-lo. Então tive algumas aulas com ela. Não se engane, Feyre fez a maior parte do trabalho.

- Eu... – ele não tinha palavras para o presente, refletia todo o amor que sentiram um pelo outro. – é perfeito Arin.

- Tem mais.

Ela girou uma pequena alavanca na lateral e outra pintura apareceu. Ele tomado pelas sombras protegendo-a no dia da invasão. Ela conseguiu captar toda a tensão do macho em uma pintura. Era incrível.

A próxima imagem foi ele dormindo na cama seminu. Não sabia de quando tinha sido essa memória.

A outra era de um dos jantares na casa de vento. Algumas noites antes de firmarem o laço, estavam todos reunidos, bebendo e brincando. Cassian que não admitia a batalha de piscar. Nestha revirando os olhos para esse assunto de novo. Feyre e Rhys no mundinho deles. Mor bebendo vinho e mandando Cassian superar. Elain rindo discretamente no fundo e Amren bebendo seu vinho no canto da mesa.

A última foi de quando ele estava surtando no chão da cozinha e ela subiu em seu colo para acalmar ele. Eternizados nesse momento, foi quando ele soube que a amaria até que o mundo não passasse de poeira.

Eram memórias preciosas para ele, e ele as carregaria para sempre no peito agora.

- Agora você sabe que é meu mundo, e tudo o que eu preciso para ser feliz. - ela disse tímida e ele a envolveu em seus braços, amando cada segundo que tinha com a parceira.

- Vou te amar Arin, até quando não sobrar nada de mim nesse mundo.

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Corte de Adagas e Sombras - Fanfic AzrielOnde histórias criam vida. Descubra agora