é isso, quis despejar uma bad em cima de algo, escolhi Depressed pra isso.
Sinto muito que ainda não tenha finalizado, teremos uma parte 3.
Sinto muito duplamente por isso ser tão triste, porque eu mesma me acabei de chorar escrevendo e se não quiserem ficar tristes, sugiro lerem em outro momento ou nem lerem ainda.
Enfim, eu trouxe a continuação, mas ainda, não acabou.
PS: O final continuará prometido feliz, então apenas, paciência.
Atenção: Contém gatilhos fortes (automutilação "inconsciente", crise de ansiedade, pensamentos destrutivos, regressão de quadro depressivo).
[...]
Domingo, 5 de Agosto de 2046 — 27 anos da morte de Kirishima Emma.
Katsuki costumava sempre acordar cedo, não importando se tinha que trabalhar ou simplesmente aproveitar um dia de folga, mas mesmo com tal costume em sua rotina, desta vez não tinha o calor do marido ao seu lado quando abriu os olhos e fitou as cortinas entreabertas, estas que revelavam a claridade do sol nascendo através das janelas.
Era cedo, não tanto para o loiro madrugador, mas para um certo ruivo comumente preguiçoso que ficava babando no travesseiro até tarde nas manhãs de domingo. Katsuki sabia o motivo, sentia-se cada vez mais ansioso com o silêncio taciturno de Kirishima, pois da última vez que o viu se calar e sorrir tanto perto desta data, a recaída não tinha sido nada agradável.
Com a determinação imposta por sua preocupação com o homem, se levantou logo para vestir uma roupa, o dia frio prometia alguma chuva no final da tarde, mas por ora permanecia estoico, apagado, era como se o cenário se moldasse à tensão que rodeava a casa no aniversário de morte de Kirishima Emma, tornando Katsuki mal humorado pela peça que o destino gostava de pregar em quem não merecia.
Caminhou para fora do quarto, sentindo o cheiro de café vindo da cozinha, quase como se uma trilha do aroma o chamasse, levando-o a flutuar em direção à origem. Kirishima não gostava do líquido forte e amargo, portanto, sabia que o marido estava fazendo isso para ele.
— Caiu da cama, criatura? — Mesmo que a voz fosse severa, quase como uma acusação, Eijirou sorrira ao se virar para o loiro, capturando de bom grado o beijo que lhe era oferecido como cumprimento.
— Fiquei sem sono, decidi preparar o café da manhã, mas acabei fazendo só... o café. — Kirishima havia se distraído com seus pensamentos, tentando combater a parte ruim com pequenas tarefas que ocupassem sua cabeça, ainda que não fosse o bastante para se concentrar de verdade em mais de uma ao mesmo tempo.
Katsuki não disse nada antes de alcançar uma xícara no armário mais alto, servindo-se do líquido fumegante que havia sido feito há poucos instantes, sequer esperando para sorver alguns goles do mesmo. Estava exatamente como ele gostava — após muitas tentativas e erros por parte de Eijirou, que não consome a bebida —, então não demorou a se esticar na ponta dos pés para deixar mais um beijo nos lábios do marido.
— Está ótimo, Eiji, obrigado. — O sorriso do ruivo não chega aos olhos, mas Bakugou sabe que não há muito a se fazer além de compreender e apoiar, com calma acima de tudo — Deixa que eu preparo o restante, que tal?
— Eu gostaria de ajudar, por favor. — O pedido de Kirishima tinha mais por trás do que Katsuki podia detectar de primeira, mas como o loiro sabia que seu marido precisava de algo a que se apoiar naquele momento, suspira ao concordar com o auxílio que normalmente não seria tão necessário.
— Tudo bem, eu vou fazer omeletes. Sua filha é uma carnívora descontrolada, então ela vai querer bacon, você cuida dessa parte? — Bakugou tentava ao menos manter sua voz naquele tom ríspido de sempre, só para que o ruivo não pensasse que ele estava com dó por conta da situação. Tinha ciência de que não seria bom para Eijirou pensar que estava sendo alvo de piedade, pois só o faria se sentir mal consigo mesmo.
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Depressed || KiriBaku
FanfictionSeus cabelos estavam negros e escorridos, assim como a áurea que lhe acompanhava. Seu sorriso de dentes afiados há muito não surgia. O que houve com Ejirou? ______________ Kirishima sempre foi o amigo que iluminava o ambiente, contagiando a todos c...