Depressed || KiriBaku

Capítulo 41 - O Presente do Passado

Eai pessoal!

Ainda tem comentários para responder, mas bora lá!

Preparem os lencinhos, por que, a autora de drama que existe em mim esteve inspirada.

Boa leitura <3

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Acordo me sentindo extremamente quente e um pouco dolorido em algumas partes do meu corpo, abro os olhos para determinar de onde vem tanto calor e fico paralisado ao notar do que se trata. A sensação quente não vem do cobertor que cobria minhas pernas até a cintura, mas sim do corpo de Bakugou que deleitava-se quase completamente sobre o meu. O loiro está me abraçando com os braços e pernas, agarrando-se a mim com determinação, mesmo que esteja em um sono profundo, ao meu ver.

Respiro profundamente para controlar meu coração que despontou a acelerar de repente e, com a maior calma possível, deixo meus dedos adentrarem os fios loiros de Katsuki, acariciando seus cabelos com cuidado e me sentindo instantaneamente tranquilo com o toque. O loiro resmunga alguma coisa e me aperta ainda mais, o que me faz corar profusamente por seu instinto de se aproximar de mim.

Ele nunca foi o tipo de pessoa que gosta de manter contato físico com alguém, mas comigo, isso parece se tornar indiferente. Olho para a expressão calma de Bakugou enquanto ele dorme e sorrio para isso, ele está sempre com a face contraída, querendo insinuar que é mais forte que todo mundo, sempre mantendo uma máscara trabalhada na ira para afastar aqueles que interpelam o seu caminho, mas agora... deitado sobre o meu peito e puxando-me para perto de si, ele me deixa a vista de sua verdadeira essência, seus sentimentos, ainda que muitas vezes fiquem escondidos, sempre são extremamente visíveis para mim, isso é mais do que eu poderia esperar e as vezes... tenho medo de ser mais do que eu mereço.

Ouço ele chamar meu nome enquanto dorme, aconchegando seu rosto no meu peito e se esfregando como se fosse um gatinho. Fecho os olhos e inspiro profundamente, abraçando-o de volta e mordendo os lábios para controlar a gana que sinto com sua fofura nesse momento. Nós já havíamos dormido juntos em muitas ocasiões até então, mas depois da noite anterior, ficamos ainda mais próximos e carentes um do outro. Meu rosto queima ao me lembrar de cada detalhe do que fizemos e tento não me mover muito apesar da inquietude que me atinge.

Tudo foi tão perfeito, não somente o sexo, o dia inteiro comemorando meu aniversário foi incrível, meus amigos, minha sogra, meu namorado... Até mesmo meu pai. Tudo parece estar indo de vento em popa na minha vida, as coisas fluem naturalmente de forma tão surreal que penso ser possível que... em algum momento, tudo isso se mostre um monte de mentiras. Minha mente se mantinha calada, até o instante em que eu pensei em como as coisas vão desmoronar em breve. Eu me sinto alegre demais e isso me faz ser cauteloso, de fato, quanto tempo levará até que isso se mostre somente uma ilusão? A vida sempre tem altos e baixos, mas... depois de ficar tanto tempo passando pelos baixos, é errado querer ficar em cima e nunca mais descer novamente? O medo do sofrimento se faz presente e com ele, vem a ansiedade.

Fico tenso com a enxurrada de reflexões negativas que tomam espaço na minha consciência e Bakugou parece notar meu dilema, ele aperta sua mão na minha cintura e afunda seu rosto no meu pescoço, fazendo um arrepio percorrer meu corpo quando inspira profundamente na minha pele.

- O que aconteceu? -  Katsuki pergunta com a voz rouca, ainda sem olhar diretamente para o meu rosto, descansando sua face no meu pescoço enquanto aperta mais minha cintura. Eu fico vermelho por ter sido flagrado de alguma forma e tento achar algo que desvie sua atenção do meu problema.

- Bom dia, amor – declaro apertando seu corpo com meus braços e beijando seu cabelo com carinho, sem me importar com o fato dele repudiar essas demonstrações melosas de afeto. Ele grunhe insatisfeito, porém não se afasta como eu imaginava que faria.